sábado, 27 de abril de 2013

Comportamento Destrutivo



Autodestrutivo


Fazemos coisas contra nós mesmos, nos destruímos sem perceber ou até mesmo por raiva auto-imposta. Comportamento autodestrutivo se refere a toda ação que provoca prejuízos para si mesmo. São comportamentos ilógicos, pois infelizmente o ser humano é mais irracional do que gostaríamos.

- Fumamos e bebemos, apesar dos danos.

- Comemos demais.

- Tomamos remédios em excesso.

- Nos corroemos de ciúmes, raiva.

- Em casos extremos algumas pessoas até usam objetos cortantes sobre a própria pele com a clara intenção de provocar dor em si mesmo.

Dica do psicólogo: Faça uma lista de seus comportamentos auto-destrutivos. Avalie o inicio destes comportamentos, quando começaram? Avalie o que você ganha com cada um deles. Por exemplo: ao beber você “esquece” de seus problemas? Faça uma lista detalhada e tome consciência de ganho secundário, pois sabemos que por trás de cada atitude auto destrutiva está uma necessidade e uma tentativa (mal sucedida) em superar alguma dificuldade. O que mais causa sofrimento no ser humano?Perdas. Perder emprego, perder bens materiais, perder pessoas queridas por morte, por mudança física ou afastamento emocional. Qualquer perda é dolorida, mas perder pessoas muitas vezes são sofrimento quase impossíveis de serem esquecidos. O sofrimento é próprio do ser humano, os problemas existenciais são dores naturais do ser humano. Sofrimento não tem a ver com depressãoDepressão é uma doença. Em alguns países é a primeira causa de incapacitação. Sofrimento faz parte da vida, e devemos aceitar a vida com todas suas vicissitudes mas não precisamos continuar a sofrer eternamente. Devemos aceitar cada obstáculo como uma oportunidade de crescimento. Se a cada problema que lhe aparecer você se volta para a comportamentos autodestrutivos é sinal de que não está aprendendo com a vida, está se entregando á ela da forma mais cruel que poderia faze consigo mesmo. As pessoas não sofrem só com o que acontecem com elas, sofrem pela forma como enxergam as coisas que acontecem com elas. A personalidade de cada um filtra o que aconteceu, conforme os recursos que cada um tem para enfrentar e superar os estresses da vida terá um final diferente. Os comportamentos autodestrutivos são tentativas mal sucedidas de conviver com problemas, traumas e estresses. É uma forma ansiosa de superação. Beber para esquecer, fumar para se distrair, utilizar da automedicação achando que cuidará facilmente e sua doença, deixar a raiva invadir sua mente por considerar que é impossível resolver os problemas. Saiba que quando não conseguimos sozinhos sempre podemos contar com um psicólogo para este apoio.



Adotamos alguns comportamentos que nos causam prejuízo. São coisas que fazemos que muitas vezes temos consciência que são nocivas, mas continuamos a fazer mesmo assim. Exemplos: dormir poucas horas; trabalhar em excesso; não praticar alguma atividade física; fumar; deixar de ir ao dentista; beber em excesso; manter-se em um relacionamento destrutivo; gastar dinheiro com algo completamente inútil; deixar tudo desorganizado; alimentar-se mal e etc..
São comportamentos que acabam prejudicando a saúde, a parte financeira, os relacionamentos e a nossa qualidade de vida em geral. Alguns julgam que agimos dessa forma por fraqueza, falta de disciplina e de força de vontade. Entretanto, cuidar de si mesmo e fazer coisas em benefício do próprio bem-estar deveria ser algo que acontece sem esforço algum, de forma natural e espontânea. Mas não é o que ocorre. Racionalmente, não faz sentido prejudicar a si mesmo.

Agimos dessa forma guiados por fatores inconscientes. São sentimentos negativos que acumulamos durante a vida que encobrem o nosso amor próprio, baixando nossa autoestima. Surgem processos de autopunição e autossabotagem.

Dentro de nós existe um Eu verdadeiro, mais profundo, que está sempre lá, em paz e feliz. Entretanto, esse Eu verdadeiro pode estar temporariamente encoberto com nuvens negras que nada mais são do que sentimentos negativos que acumulamos durante a vida e que nos impedem de sentir paz e alegria que é o que temos na nossa essência. As nuvens não fazem parte de nós e podem ser dissipadas. A essência continua sempre lá, pois ela é nossa única parte verdadeira.

As nuvens negativas criam uma entidade sofredora que tem vida própria e que toma conta dos nossos pensamentos e nos leva a fazer coisas que não são as melhores para a nossa vida. Sentimentos de medo, culpa, rejeição, traumas, mágoas, abandono, raiva, tristeza e outros fazem parte dessa entidade sofredora.

Essa negatividade é que nos faz ter preguiça de praticar exercício; leva-nos a comprar algo que não precisamos por impulso; convence-nos a começar a se alimentar melhor somente na segunda-feira que vem; faz-nos ficar na televisão até mais tarde e perder preciosas horas de sono que o nosso corpo precisa. 




Eckhart Tolle, no livro "O despertar de uma nova consciência", chama essa entidade sofredora de "corpo de dor". Outros chamam de "sombra". É ela que nos arrasta para os comportamentos destruidores, desde os mais leves aos mais pesados. Quanto mais sentimentos acumulados, maior será a força da sombra e mais destrutivos serão nossos comportamentos.

Pessoas que se envolvem com uso pesado de drogas estão sendo controladas pelas sombras que acumularam durante a vida que é composta por uma série de emoções negativas. E a maioria nem tem consciência que é essa infelicidade que elas não sabem lidar que as levam para a autodestruição. Não têm noção do quanto essa força tem poder sobre suas vidas. Aliás, a falta de autoconhecimento é tão grande que nem sabem que guardam tanta coisa emocional. Consequentemente, também não sabem que a única forma de melhorar ou acabar de uma vez com o comportamento destrutivo é através da eliminação dessa emoções em conflito. Enquanto essas emoções estiverem guardadas, será preciso uma luta constantemente para se manter longe da droga. Esse é o mesmo mecanismo que leva as pessoas ao vício do jogo; aos relacionamentos com pessoas agressivas; compulsão alimentar; compulsão por compras etc..

Sempre que atendo alguém com a *EFT (técnica para autolimpeza emocional, veja como receber um manual gratuito no final do artigo), o foco do trabalho é encontrar essas emoções negativas e utilizar a técnica para dissolvê-las. Assim, atuamos na causa fundamental que está por trás do comportamento. Depois que a emoção é resolvida, mudar o comportamento é uma consequência natural, não requer esforço. Você volta a ser quem você verdadeiramente é. Sai a nuvem negra que estava no comando.

Quanto mais equilibrados estamos, mais temos o desejo natural de cuidar de nós mesmos: comer coisas mais saudáveis, dormir mais cedo, exercitar-se. Quando tentamos mudar o comportamento sem mudar o que está dentro de nós, o resultado é que temos que gerar um grande esforço, que nem sempre conseguiremos manter por muito tempo.

Além dos comportamentos destruidores mais visíveis como os já citados, existem outros mais sutis. Nos relacionamentos, por exemplo, surgem dificuldades em impor limites; fazemos coisas que nos desagradam para agradar ao outro por medo da rejeição; brigamos por motivos bobos; geramos tensão ao sentir ciúmes e tentar controlar. Tudo consequência da atuação da nossa sombra.

Os 10 mais destrutivos comportamentos humanos


Os seres humanos se envolvem em uma série de comportamentos que são destrutivos . Mentir, enganar, roubar, matar a sí e matar aos outros. A ciência tem prestado muita atenção sobre por que uma espécie inteligente parece tão desagradável, rancorosa, auto-destrutiva e dolorosa. Confira os 10 mais destrutivos comportamentos humanos:


1. Mentir


Ninguém sabe ao certo por que os humanos mentem tanto, mas estudos apontam que é comum, e que é muitas vezes ligado a fatores psicológicos profundos. "É ligada com a auto-estima", diz o psicólogo Robert Feldman daUniversidade de Massachusetts. "Achamos que, assim que as pessoas sentem que sua auto-estima está ameaçada, eles imediatamente começam a mentir em níveis mais elevados."Um estudo realizado por Feldman revela que as pessoas mentem com freqüência, 60% das pessoas mentem pelo menos uma vez durante uma conversa de 10 minutos.
Os animais também são conhecidos por ser capazes de enganar, e mesmo os robôs aprenderam a mentir, em um experimento onde foram recompensados ​​ou punidos em função do desempenho em uma competição com outros robôs.

2. Violência

A violência é encontrada em toda história humana, levando alguns pesquisadores a concluir que ela está em nossos genes e afeta o cérebro. E vidências sugerem que nossos ancestrais humanos eram mais amantes da paz do que nós, homens do século XXI. Embora haja sinais de canibalismo entre os primeiros seres humanos da pré-história eles não ganham de nós.Um estudo de 2008 concluiu que os seres humanos parecem almejar a violência como desejam sexo, comida ou drogas. O estudo, publicado na revista Psychopharmacology, realizado em ratos, concluiu que aglomerados de células do cérebro que estão envolvidas na recompensa de atitudes também estão envolvidas com o desejo para a violência. Os pesquisadores acreditam que a conclusão se aplica aos cérebros humanos também.
"A agressão ocorre entre praticamente todos os vertebrados e é necessária para obter e manter recursos importantes, como companheiros de território e comida", disse Craig Kennedy, professor de educação especial e daUniversidade de Vanderbilt, no Tennessee. "Nós descobrimos que o caminho da recompensa no cérebro torna-se envolvido em resposta a um evento agressivo e que a dopamina está envolvida".
Muitos pesquisadores acreditam que a violência nos seres humanos é uma tendência evoluída que ajudou na sobrevivência. "O comportamento agressivo tem evoluído em espécies em que aumenta a sobrevida de um indivíduo ou reprodução, e isso depende das circunstâncias específicas ambientais, sociais, reprodutivas e históricas de uma espécie. Os seres humanos certamente estão entre uma das mais violentas espécies", diz o biólogo David Carrier, da Universidade de Utah.



3. Roubar

O roubo pode ser motivado pela necessidade. Mas para cleptomaníacos, roubar pode ser motivado por emoção. Em um estudo que entrevistou 43.000 pessoas 11% admitiu ter roubado pelo menos uma vez. "Estas são pessoas que roubam, embora possa facilmente ter recursos para comprar", diz Jon E. Grant, da Universidade de Minnesota.Num estudo realizado em 2009, os participantes tomaram um placebo ou naltrexona - remédio para tratar dependentes de álcool, drogas e jogos de azar. A naltrexona bloqueia os efeitos de substâncias chamadas opióides endógenos, provocando a sensação de prazer no cérebro. O resultado foi que a droga reduziu os impulsos para furtar e roubar. O roubo pode estar em nossos genes.

4. Enganar os outros( traição)

Enquanto a maioria das pessoas diria que a honestidade é uma virtude, quase um em cada cinco americanos acham que a fraude de impostos é moralmente aceitável ou não é uma questão moral. Os dados são de uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center. Cerca de 10 % concordam com a opinião quando o assunto é trair a esposa.Os que adotam altos padrões morais e fazem questão de mostrar sua retidão estão entre os piores da lista, de acordo com estudos. Os piores a fazer trapaça são aqueles com a moral elevada, que de alguma forma distorcida, consideram que a trapaça é justificável em algumas situações.
O comportamento tem uma explicação simples, dizem os especialistas: Rapazes são ligados a querer sexo, e são influenciados por celebridades e políticos a enganar. "As pessoas não necessariamente praticam o que pregam", diz Lawrence Josephs, um psicólogo clínico na Adelphi University, em Nova Iork. "Não está claro até que ponto as pessoas de valores éticos estão fazendo o que dizem ou deixam de dizer."

5. Apegar-se a maus hábitos



Talvez tudo nesta lista seria bem menos problemático se fôssemos diferentes. Estudos descobriram que, mesmo quando os riscos de um mau hábito são conhecidos, as pessoas acham difícil parar."Não é porque eles não tenham obtido a informação de que estes são grandes riscos", diz Cindy Jardine, da Universidade de Alberta. "Nós tendemos a viver o presente e um futuro limitado, não pensamos a longo prazo".
As pessoas tendem a justificar os maus hábitos, diz ela, observando as exceções para as estatísticas conhecidas, tais como: "Não me magoou ainda", ou "Minha avó fumava toda a sua vida e viveu até os 90."

6. Ser valentão





Estudos descobriram que metade ou mais das crianças que frequentaram a escola já tiveram a experiência do bullying. Um estudo europeu em 2009, descobriu que crianças que são valentões na escola, é provável que também intimide seus irmãos em casa. Isso levou um pesquisador envolvido no estudo a especular que o comportamento de bullying geralmente começa em casa.
"Não é possível dizer a partir de nosso estudo que o comportamento vem em primeiro lugar, mas é provável que se as crianças se comportam de determinada maneira em casa, intimidam um irmão por exemplo, se esse comportamento não for controlado, pode ter se repetir na escola", disse Ercília Menesini da Universita degli o 'Studi di Firenze, Itália.Mas o bullying não é brincadeira de criança só. Um estudo revelou que quase 30% dos trabalhadores de escritório nos EUA sofre intimidação por parte de chefes ou colegas de trabalho, com insultos e humilhações propositais. E uma vez que inicia, ele tende a piorar.
Especialistas dizem que para combater os provocadores, deve-se responder de forma racional e dura.
Por que fazemos isso? Simples, para ganhar status e poder, dizem os psicólogos. E, para alguns, pode ser difícil resistir ao comportamento. Os pesquisadores viram o comportamento de bullying em macacos e especulam que o comportamento pode ter relação com os animais.



7. Dar uma recauchutada

Em 2015, 17% dos residentes nos EUA passará por cirurgias estéticas, a indústria prevê. Alguns poderiam chamar de progresso da arte, ou uma maneira de voltar no tempo. Mas, em geral, é certo que muitos morreram de procedimentos da cirurgia cosmética, o que faz tantas pessoas querer refazer-se artificialmente?Primeiramente, é importante notar que a prática é antiga, muitas vezes ligada a cultos e religiões, ou poder e status, e de fato a maior parte das alfinetadas modernas, como colocação de botox, são procedimentos benignos em relação a algumas práticas antigas. As pessoas têm reformulado suas cabeças, os pescoços alongados, esticou-se as orelhas e os lábios, pintaram seus corpos com jóias feitas para durar milhares de anos.
O fascínio da beleza não pode ser negada como principal motivador para tanto sofrimento. Estudos têm mostrado que os consumidores compram mais de vendedores atraentes; pessoas atraentes captam a nossa atenção mais rapidamente do que outros, e as pessoas magras têm mais facilidade de serem contratadas e promovidas.
"Há essa idéia de que se você olhar melhor você será mais feliz. Você vai se sentir melhor sobre si mesmo", diz a psicóloga Diana Zuckerman, presidente do Centro Nacional de Pesquisa de Mulheres e Famílias. "E, logicamente, que faz muito sentido, porque vivemos em uma sociedade onde as pessoas se importam com o que você olha e não com o que é."
Um sinal dos tempos para a geração Baby Boomer: Embora as vendas de cirurgia estética cedeu durante a recessão, tratamentos a laser para rugas dispararam.


8. Estresse



Sim, o estresse pode ser mortal, elevando o risco de problemas cardíacos e até câncer. O estresse pode levar à depressão, que pode levar ao suicídio - outro comportamento destrutivo que é exclusivamente humano (e flagrantemente não estão nesta lista).Mas exatamente por isso que o estresse é difícil de definir. Essas verdades se identificarão com muitos, porém: O local de trabalho moderno é uma fonte significativa de estresse para muitas pessoas.
Mais de 600 milhões de pessoas em todo o mundo tem semanas de trabalho de 48 horas, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho. E os avanços na tecnologia - smartphones e internet de banda larga – tem mudado as fronteiras entre trabalho e tempo livre. Cerca de metade dos norte-americanos levam trabalho para casa, de acordo com um estudo recente.
O estresse de ser um pai ao mesmo tempo que trabalha é confirmado por um estudo de 2007 que concluiu que os idosos se sentem menos estressados.
Para Gwenith Fisher, psicólogo organizacional da Universidade de Michigan os trabalhadores idosos são mais tranquilos. "Eles não têm os mesmos conflitos de trabalho e pessoal que mais jovens e de meia-idade lidam, fazendo malabarismos com responsabilidades para atender os filhos juntamente com seus empregos e suas necessidades pessoais."
Especialistas sugerem exercício e sono adequado, são duas das melhores maneiras para combater o estresse.

9. Jogar



Azar, também, parece estar nos nossos genes e em nossos cérebros, o que pode explicar por que tal comportamento potencialmente ruim é tão comum.Um estudo publicado na revista Neuron no ano passado descobriu que quase ganhar aciona os circuitos relacionados com vitória no cérebro e aumenta a motivação para jogar. "Os jogadores muitas vezes interpretam quase-vitórias como eventos especiais, que incentiva a continuar a jogar", afirma Luke Clark, da Universidade de Cambridge. "Nossos resultados mostram que o cérebro responde a quase-vitória, como se ela realmente tenha acontecido, embora o resultado seja tecnicamente uma perda."
Outros estudos também têm demonstrado que a perda faz os jogadores se empolgarem. Quando as pessoas se planejam com antecedência o quanto jogar, eles são friamente racional, um estudo no ano passado descobriu. Mas se perdem a racionalidade mudam o plano de jogo e apostar ainda mais.


10. Fofoca



Nós seres humanos costumamos julgar e falar sobre os outros em grande escala, não importa o quão doloroso pode ser, dizem os pesquisadores.Fofoca estabelece limites de grupo e aumenta a auto-estima. Em muitos casos, o objetivo da fofoca não é verdade ou precisão. O que importa é o vínculo que fofoca pode forjar, muitas vezes à custa de um terceiro.
"Quando duas pessoas partilham uma aversão por outra pessoa, [a fofoca] aproxima-os", diz Jennifer Bosson, professor de psicologia na University of South Florida.
O problema é quando essa não-verdade chega aos ouvidos do caluniado, as conseqüências são terríveis.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Sempre haverá Sol.


Me disseram que eu não ganharia casa ou objetos de valor, eu pensei que eles eram anjos e eles me disseram que não tinha asas, eu olhei pra eles e me assustei quando a gente voou. Na caminhada longa e sofrida eu busquei a paz com todo o meu instinto, toda aquela droga me levou uns kilos eu não reclamei, eu fiz um buraco a mais no meu cinto.Eu vi que a policia me fez correr, mas toda maldade deles me fizeram vivo pra que hoje eu possa perceber que por baixo da carcaça cinza tem um monstro vivo. Hoje estou pronto pra correr bem mais porque um passo a mais me levará a conquista, algumas pessoas vão ter de sofrer pra parar de se comportar como masoquista. E nesse lugar tem português, tem francês e espanhol e quando estamos juntos a nossa língua se traduz pois sempre buscamos a luz do Sol, lutarei por nós, tenho esse vício, na terra cruel, dolorida e hostil, te chamam de louco e mandam pro hospício, te chamam de mais louco e você sente o vazio.
Eu não tinha salário, não tinha condição, eu não tinha dinheiro e muitas vezes faltou o do pão e hoje meu sonho é salvar mais vidas pra que eu retribua o amor que alguém me doou, muitos me chamaram de vagabundo mas só por hoje sou vencedor.
Chorei por alguns dias toda minha mágoa, senti minha vida sendo esmagada e quase todas as manhãs eu sentia que a minha esperança era assassinada, eu perdi a luta, até perdi a guerra mas não perdi a chance de tentar de novo. Então me lembro dos meus 16, várias viradas depois de 2000 eu não consigo lembrar, os anos se passaram rápido demais desde 2000 que o mundo tá pra acabar, todo ano uma ficha pra trocar, todo ano um filme começa a passar e mais um ano eu tento ser melhor que fui e a muitos anos eu preciso de um ano a mais. Eu sou mais um louco em busca de paz, meu remédio é abraçar você, sei que uns vivem pra usar mas hoje eu vivo pra viver, eu sou mais um louco em busca de paz, eu mesmo corro pra resolver meus problemas, problema pra mim é não saber se vou chegar a tempo de escutar você. Eu sigo ligeiro, sem aliados pois o inimigo nunca me avisa, eu só vejo o uso de longe porque esse uso mancha minha camisa, um dedo queimado vai se curar, um peito sangrando não cicatriza, mas eu vou orar pra que um dia sua mão você venha a levantar e que me veja aqui sempre pronto pra te receber e abraçar. Acreditei e esse lugar veio a minha vida salvar. Só por hoje, preciso e vou continuar.

Eu sou mais um adicto que quer se recuperar, sonhar em viver e viver o sonho que faço merecer, eu sou mais um adicto que está dentro da sala pronto pra te receber. Vamos viver e sonhar.


terça-feira, 23 de abril de 2013

Esta cansativa recuperação


Chato.
Chato e fedido.
Chato, fedido e religioso.
Como é essa chatice?
Foi assim que o meu adicto interno desfez da ajuda do meu amigo, quando ele me
apontou a igreja onde um grupo de NA se reunia. Se pedir ajuda significava passar a vida
enfiado no subsolo de uma igreja, cheio de fumaça de cigarro, com gente se entupindo
de café e falando de Deus e de como ser um “membro produtivo da sociedade”, eu
preferia continuar usando, muito obrigado!
Naquela mesma época, vendi meu aparelho de televisão para comprar um novo, com
controle remoto. Minha adicção havia chegado a tal ponto, que eu não queria mais deixar
minhas drogas para me levantar e trocar o canal da TV. Por isso, ficava dia e noite colado
na cadeira, me entorpecendo e assistindo ao mesmo canal. Na minha visão, o problema
não era minha relação com as drogas. O problema era minha TV não ter controle remoto.
O tempo todo eu me dizia que ficar em recuperação seria muito chato, e minha
adicção não permitia que eu fizesse a mais óbvia das perguntas: “O que poderia ser mais
entediante do que ficar sentado na mesma cadeira, usando as mesmas drogas, assistindo TV até desmaiar?”
Por fim, apesar dos meus medos em relação àqueles cafeinômanos fumantes e praticantes dos doze passos, encontrei o caminho dos degraus daquela igreja. Aos poucos
fui despertando para o fato de que a recuperação entediante é opcional. Pessoas chatas
têm uma recuperação chata. Se minha recuperação estava aborrecida, o problema era
comigo, não com a recuperação. Foi assim que decidi, na mesma hora, mudar as coisas
de figura; prometi a mim mesmo que teria uma recuperação estimulante.
Quando fiz um ano limpo, larguei meu emprego na mineração de ferro, e mudei para
um trabalho com maior futuro. Com quatro anos de recuperação, atendendo a um sonho
antigo, realizei minha primeira viagem à Europa.
Com cinco anos limpo eu estava de volta à faculdade, e com oito anos de recuperação
estava colando grau no mestrado. Com nove anos, juntei-me ao Programa de Desenvolvimento das Forças de Paz dos Estados Unidos, e mudei-me para Cracóvia, onde aprendi
polonês.
Surpreendeu-me o paradoxo de que, através de muito trabalho para alcançar determinado nível educacional, após tornar-me um membro produtivo da sociedade, fazendo a
minha parte para ajudar os poloneses a passarem para uma economia de mercado, eu
estava desfrutando da melhor oportunidade da minha vida, com mais aventuras do que
eu jamais imaginara.
Desde então, já visitei trinta países. Esgueirei-me para dentro da câmara funerária da
Grande Pirâmide de Giza, espreitei para a Mongólia do alto da Grande Muralha da China
e viajei como mochileiro pela Rússia. Velejei pelo Mar China do Sul, marchei pela savana
congelada da Finlândia e andei de camelo no Deserto do Saara. Desfrutei das vistas,
gostos e odores de cidades tão distantes como Reykjavik, Cairo, Veneza, Moscou, Pequim, Istambul, Estocolmo, Casablanca, Macau, Budapeste, Manhattam, Viena, Hong
Kong, Talem, Singapura, Riga, Berlim, Charlotte Amalie, Praga e diversas outras.4
Há alguns meses cedi aos apelos dos
meus amigos. Decidiram que, na qualidade de gerente de uma grande companhia
de seguros, estava na hora de comprar
minha primeira casa. Colocando meus
medos de lado, apoiei-me no Poder Superior e mergulhei de cabeça. Com a colaboração de um amigo limpo há vinte anos e
a inestimável ajuda de um afilhado, fiz
todo o projeto de paisagismo da frente do
meu terreno.
Da entregadora do jornal ao estudante
que mora em frente, o carteiro, e até o lixeiro, todos vieram me dizer que apreciam muito a beleza do meu novo jardim, e
que ele revigorou a vizinhança.
Pois é, o cara que não se levantava da
cadeira para trocar a TV de canal agora
está planejando sua próxima viagem: Índia e Nepal. Serei sempre grato às pessoas daquele subsolo de igreja, que não se
importaram por eu ser tão chato, e me receberam no seu círculo.

segunda-feira, 22 de abril de 2013



Chá com biscoitos


No início da recuperação, tinha muita dificuldade para me alimentar. Engolir uma

colher de sopa, um pedaço de comida, tomar um gole de refrigerante eram tarefas

difíceis para mim nos primeiros dias da minha nova maneira de viver. Eu nunca tinha

bebido uma xícara de chá, e encarava os biscoitos como um sonho distante e inalcan-

çável. Hoje, sou um adicto que faz o melhor possível para salvar a própria vida. Faço

alguns sacrifícios para doar o que tenho recebido na vida.

Quando me lembro de onde vim, fico feliz e reconheço a importância de todos os

aspectos da nossa irmandade: nosso propósito primordial, o único requisito para se

ficar limpo, e o sabor do chá com biscoitos que é servido nas reuniões, satisfazendo

o adicto faminto. São fatores interligados, que nos ajudam a trabalhar o crescimento

pessoal, aceitação e liberdade.


Quanto tempo você consegue nadar na superfície?


Tem um cara no meu trabalho que

tem problema com drogas. Tentei falar

com ele, pois todos da equipe (inclusive

ele) sabem que estou em recuperação.

Ele me assegurou, no entanto, que não

precisava me preocupar; ele só necessitava de um pouco de força de vontade.

Após diversas chamadas do chefe pelos

seus atrasos e seu estado, ele acabou

sendo suspenso por alguns dias.

Quando voltou da suspensão, conseguiu chegar no horário apenas nas

primeiras duas semanas. Ao final desse

período, entrava apressado, em cima da

hora. Até que um dia apareceu com duas

horas de atraso, e passou o intervalo do

lanche e do almoço isolado. Tentei me

aproximar de forma amistosa, mas ele

me cortou.

Alguém da equipe comentou que ele

tinha começado tão bem, e que depois

havia perdido os modos. De repente, do

nada, eu disse que ele não tinha come-

çado bem, que estava apenas tentando

nadar na superfície. Comparei a força

de vontade à natação sobre a superfí-

cie, que funciona por um tempo até a

energia do nadador acabar. Comparei o

programa de recuperação a um mergulho

profundo, que é uma forma relaxada de

sobrevivência, em que se fica boiando

e voltando à superfície a cada cinco ou

dez segundos para respirar, para então

submergir com tranqüilidade. Existe até

um tubo para se respirar e seguir de

forma suave e constante.

Algumas pessoas aprendem essa

técnica com rapidez, enquanto outras

(como eu) somente encontram seu caminho após muita luta. Para quem nunca

vivenciou nem compreende a adicção

ativa, pode ser difícil compreender essa

imagem, porém, aprendi com a ajuda de

outros companheiros de NA que posso

alcançar esse tipo de progresso contínuo

em meu programa de recuperação.

Esta é uma forma de explicar por que

a força de vontade falha tantas vezes, e por que nós, adictos, precisamos encontrar uma nova maneira de viver. Apesar

da comparação ser fraca, muitas vezes

ajuda as pessoas não adictas a compreender a recuperação.

Como nosso chefe viu o meu crescimento nos últimos anos, desde que me

contrataram com desconfiança, saindo

das ruas, até me transformar em um funcionário dedicado, ele resolveu incentivar nosso colega a procurar ajuda.

Balão


Um homem, viajando em um balão a gás, percebeu que
estava perdido. Assim, diminuiu um pouco a altitude e
gritou para um homem lá embaixo: “Com licença, você pode
me ajudar? Prometi a um amigo que iria encontrá-lo há uma
hora atrás, mas não sei onde estou”.
O homem respondeu: “Você está em um balão a gás, uns
dez metros acima do solo. Encontra-se entre 40 e 41 graus de
latitude norte e entre 59 e 60 graus de longitude oeste”.
“Você deve ser um padrinho”, gritou o balonista.
“Sou”, respondeu o homem em terra. “Como você
sabe?”
“Bem”, prosseguiu o balonista, “Tudo que você me disse
é tecnicamente correto, mas não sei o que fazer com a sua
informação e continuo perdido. Francamente, você não foi de
grande ajuda, e provavelmente atrasou a minha viagem”.
O homem respondeu, lá de baixo: “E você deve ser um
afilhado.”
“Sou”, disse o balonista, “como você sabe?”
“Ora”, respondeu o outro, “você não sabe onde está nem
para onde está indo. Marcou um compromisso, que não tem
a menor idéia de como irá cumprir, e espera que os outros
resolvam o seu problema. E está no mesmo lugar em que o
encontrei – mas agora, de alguma forma, conseguiu colocar
a culpa em mim!”


Nossas melhores idéias…

Ouvi dizer que entrar na nossa cabeça é como
visitar a trincheira do inimigo.
Você só se perde em pensamentos porque é um
território desconhecido.
Não deixe sua mente vagando; ela é muito
pequena para sair sozinha.
Sua mente é um local perigoso.
Não vá até lá sozinho.
Por que um adicto sozinho está em má
companhia? Porque está com a última pessoa
com quem ele usou.
O padrinho disse para o afilhado que estava em
casa sozinho, pensando na vida:
“Saia o mais rápido possível. Você está em casa
com um assassino!”
Com relação a pensamento versus obsessão:
Não tenho culpa se um passarinho pousar na
minha cabeça, mas não preciso deixar que ele
faça um ninho. 

Rendição



A rendição é o meu princípio espiritual favorito. Quando o coloco em prática, geralmente percebo que, se tivesse me rendido há mais tempo, no início da situação,

teria me poupado de muito sofrimento.

Uma forma de me render é fazer a “entrega” ao meu Poder Superior. É impressionante – quando peço, recebo uma resposta; nem sempre a que eu quero, mas aquela

que funciona se eu me entregar a ela.

Há sete anos, quando comecei a trabalhar o programa através do Guia dos Passos,

juntamente com a minha madrinha, a orientação que recebia em resposta às minhas

preces costumava ser: render-me à situação e escrever o passo que estivesse trabalhando naquele momento. De alguma forma, o passo – qualquer que fosse – me oferecia

uma perspectiva adequada à situação, que eu podia compreender e aceitar.

Em uma dessas ocasiões, surgiu um conflito entre mim e uma pessoa que amo. Escrevi ininterruptamente sobre o passo que estava trabalhando na época. Concluí que o

que desejava era uma resolução pacífica para o conflito, para que aquele aperto no meu

estômago passasse. Por fim, rendi-me à situação. Não podia modificar as percepções

da outra pessoa, então aceitei o fato e abri mão de “ter razão”. Aprendi que era preciso

agir de forma diferente com relação àquela pessoa. Para mim, é mais importante ter

serenidade do que o reconhecimento da pessoa de que eu estou certa.

Além disso, a rendição me mantém no “agora”. Minha doença adora quando

estou presa ao arrependimento do passado e à preocupação quanto ao

futuro. O medo egocêntrico está no cerne da minha doença. Já

tive a minha cota de remoer o passado e antecipar desastres

futuros. Portanto, quando consigo viver o momento e

admitir minha impotência perante o passado e

o futuro, posso ficar serena e satisfeita.

Um dia, quando estava fazendo desintoxicação, saí para fumar um cigarro com

outro paciente. Ele me pediu uma definição

de sucesso. Depois de pensar um pouco,

respondi que sucesso, para mim, era

poder deitar a cabeça no travesseiro, à

noite, e ficar em paz. Quando me rendo

à minha impotência, consigo fazer isso.

Talvez por esse motivo a rendição seja o

meu princípio espiritual favorito – porque

me permite sentir que a minha vida é um

sucesso.

Evolução das Drogas


Vc começa usando até não aguentar mais, ai vem a primeira saida!



Ai vc sai da clinica e volta a vida, mas a vida ativa!




Vai se afundando um pouco mais até encontrar um fundo de fossa!




Ai vc não aguentando mais implora pela propria morte!



Mas usei mais e mais até chegar ao fim de tudo.....





A guerra da Amazônia



As causas do conflito


Essa história toda de guerra começou muito tempo atrás, mas grandes e importantes movimentos desse jogo de xadrez foram realizados em 2000. Os principais jogadores eram os governos brasileiro, americano e colombiano, e os narcotraficantes. A Colômbia estava perdendo a luta para os traficantes de droga. Os grupos de traficantes-terroristas dominavam a maior parte do território colombiano e boa parte dos escalões governamentais. O governo tinha menos dinheiro, menos gente e menos território que os traficantes. A Colômbia estava se tornando um peque no país feudal, onde cada feudo era controlado por um grupo de traficantes, que era vassalo de algum grupo maior que por sua vez, era vassalo não se sabe de quem. Mas eles efetivamente controlavam o país e as exportações.

O problema é que essas exportações eram de cocaína, e a principal via de escoamento era a Amazônia brasileira.

O grande compra dor todo mundo sabe: Estados Unidos da América. Aí é que começa o problema.

Os Estados Unidos resolveram apoiar o governo colombiano em sua guerra contra os traficantes, e isso foi ótimo. O que não foi nada bom foi a declaração do governo americano avisando ao mundo (e especialmente ao Brasil) que eles iriam tomar todas a medidas para o controle do tráfico de drogas em toda a Amazônia, fosse com o apoio dos países envolvidos ou não. Isso obviamente gerou um grande mal-estar nas comunidades latino-americanas, e algumas respostas diplomáticas foram dadas.

O governo americano pareceu recuar em sua política do vale tudo quando eles foram mundialmente avacalhados por sua completa incompetência em conduzir o próprio processo eleitoral que escolheria seu novo presidente. Assim, as coisas pareceram esfriar, mas ape nas pareceram, pois sob a névoa da eleição conturbada estavam acontecendo os preparativos para a grande operação na Amazônia. Aí é que eles mexeram conosco, pois a maior parte da floresta amazônica está em território brasileiro.

Outro movimento importante desse jogo aconteceu também em 2000. O mapeamento do código genético humano estava prestes a ser concluído, e havia muita discussão sobre doenças e tratamentos. Nesse ínterim, algumas empresas farmacêuticas iniciaram pesquisas na Amazônia sobre tratamentos baseados em substâncias produzidas por espécies nativas. A Amazônia é o maior celeiro de biodiversidade do planeta e contém inúmeras espécies que jamais foram catalogadas, e agora talvez jamais sejam. Tais espécies podem fornecer a cura para muitas doenças conhecidas e ainda por surgir. Naquela época falava-se muito sobre a criação de doenças em laboratório e sobre o surgimento de doenças a partir do desmatamento das florestas.

Uma forte corrente científica acreditava que com a decodificação completa do código genético humano e a dos códigos genéticos de vírus e bactérias causadores de doenças não seria mais necessária ou útil a pesquisa farmacêutica na Amazônia, uma vez que todas as experiências poderiam ser simuladas por computadores e os resultados seriam alcançados de forma mais eficiente, barata e rápida. No entanto, havia uma outra corrente que dizia exatamente o contrário. A partir do código genético humano seria possível chegar a muita coisa, mas haviam substâncias produzidas na selva que sequer eram conhecidas, então não se poderia simular sua ação enquanto elas não fossem completamente conhecidas e de codificadas, daí a necessidade de realizar uma vasta pesquisa e catalogação dos organismos da selva amazônica.

Sabia-se que muitos microorganismos viviam em harmonia no seu ambiente dentro da floresta e que, ao entrarem em contato com os seres humanos, provocavam epidemias arrasadoras. Isso era muito interessante para as grandes corporações farmacêuticas. Quem dominasse a biotecnologia amazônica seria capaz de curar muitas doenças e também obviamente causar muitas outras. Em um mundo onde se busca a longevidade, isso era o toque de Midas contemporâneo, além do potencial gigantesco para uma guerra biológica, tão combatida e ao mesmo tempo tão pesquisada.

A Amazônia contém mais de um décimo de toda a biodiversidade do planeta. Das espécies que vivem na floresta, sabe-se que pouco mais de dois por cento foram exaustivamente estudadas. Isso quer dizer que há inúmeras espécies que sequer foram catalogadas e, ainda, inúmeras outras que já são conhecidas, mas que nunca foram suficientemente estudadas até se ter todas as suas propriedades conhecidas. É aí que entram as indústrias farmacêuticas.

Enquanto algumas poucas indústrias farmacêuticas realizavam pesquisas autorizadas pelo governo brasileiro, muitas outras mantinham laboratórios clandestinos e espiões em nosso território. Eles obviamente usavam alta tecnologia e tinham recursos financeiros enormes para conduzir suas pesquisas e distrair autoridades locais. Assim, o tráfico de drogas e o tráfico de recursos biológicos estavam infiltrados na floresta amazônica. A questão é que o governo americano combatia com todas as suas forças o narcotráfico, porque isto estava destruindo sua sociedade de maneira mais rápida e avassaladora que qualquer mal conhecido, mas na outra mão o governo deles estava muito interessado na pesquisa de recursos biológicos, porque era altamente rentável e iria ajudar a consolidar sua supremacia mundial, tanto financeira quanto bélica.

Também ligada à supremacia financeira e bélica estava a grande reserva mineral do subsolo da floresta. Já era sabido que haviam grandes reservas de ouro, manganês, ferro, nióbio, alumínio, chumbo, cobre, diamante, e até mesmo urânio. Era o maior tesouro enterrado do mundo. Quem dominasse a floresta poderia iniciar pela exploração biotecnológica e, terminada esta, poderia explorar o potencial madeireiro, que é gigantesco. Quando a floresta finalmente fosse um deserto, haveria ainda o subsolo para enriquecer seu dono. Depois disso aquela vasta área seria um grande deserto esburacado, só isso.

Por enquanto, pelo menos, os interesses ainda estavam no combate ao narcotráfico e na dominação da biotecnologia. Esses dois movimentos, um aberto e outro sigiloso, levaram os governos locais a também movimentarem-se. A Colômbia estava com seu território coberto de plantações de coca e precisava desesperadamente acabar com isso. Essa era a realidade deles. O Brasil estava -- com a sua floresta salpicada de laboratórios farmacêuticos e servia como rota para o tráfico. Essa era a nossa realidade. As coisas se tornaram um pouco mais complicadas com a atitude tomada pelo governo americano em 2001.



O povo americano estava pressionando o governo para que tomasse alguma atitude em relação à Amazônia. O povo só sabia da questão do tráfico de drogas, pois a espionagem biotecnológica era apenas uma suspeita e tema de algumas fantasiosas revistas de ficção científica. A outra preocupação deles era com a destruição da floresta. A imprensa americana dava notícias freqüentes da ação de grupos de exploradores na floresta que estavam destruindo os recursos naturais, que eram e são, de fato, recursos da humanidade e não somente do Brasil, pois uma vez que a floresta esteja destruída, todo o mundo sofrerá. As opiniões divergiam quando falava-se em exploração financeira desses recursos. Nós nunca aceitamos dividir o bolo com ninguém porque a floresta está no nosso solo e disso nós não iríamos abrir mão.

A Colômbia fez o seu movimento nesse jogo, que foi aceitar a ajuda americana. Quando as pressões aumentaram, o governo americano voltou a tocar no assunto da ajuda e houve um grande desembarque de tropas, tropas estas que supostamente estariam ali para entrar em guerra contra o tráfico de drogas. Isso foi em julho de 2001, época que eu descobri mais tarde como sendo o verdadeiro início do planejamento estratégico brasileiro, um ano antes do que eu imaginei no dia em que voltei ao exército. Nossos generais não são bobos, e viram o perigo do leão passeando no pasto do vizinho.

O movimento do Brasil foi aumentar as ações militares de treinamento e patrulhamento na floresta. A idéia era tanto coibir o tráfico de drogas e de biotecnologia quanto aumentar as habilidades de combate das tropas amazônicas. As três forças realizaram esse movimento conjuntamente, e agora tínhamos patrulhas aéreas, terrestres e fluviais cruzando toda a região, ainda que isso fosse nitidamente insuficiente. O espaço que era deixado entre a área vistoriada por uma patrulha e a área vistoriada pelas demais era imenso. Isso era resultado de uma política contínua de corte de verbas e sucateamento das forças armadas, especialmente na Amazônia. Durante anos nosso governo equivocadamente pensou que a integração da região seria alcançada com a construção de estradas e povoados. O único resultado alcançado foi a destruição ambiental. A região continuava aberta às investidas estrangeiras, tal como acontecia desde o descobrimento destas terras a leste de Portugal. Tivemos várias invasões desde os tempos da coroa portuguesa, mas o governo nunca aprendeu a lição.

Enquanto rodovias eram construídas e povoados erguidos, as forças de defesa eram obrigadas a diminuir sua ação na região por falta de dinheiro. Agora tentava-se reverter o quadro, mas os efeitos já eram visíveis. Se já dispuséssemos de uma efetiva presença militar na Amazônia, talvez essa coisa toda nem mesmo começasse. Agora era hora de se organizar, porque os americanos já estavam no quintal do vizinho.

O primeiro resultado do desembarque de tropas na Colômbia foi o conflito com os grupos do narcotráfico, que resultou numa tentativa de migração de alguns desses grupos para o nosso lado da fronteira. Com a atuação das tropas brasileiras na região, eles ficaram em apuros e resolveram lutar pelo território que já haviam conquistado no lado de lá da fronteira. Dessa forma o conflito dentro da Colômbia se acalorou e o governo brasileiro percebeu que estava no caminho certo; era essencial a presença das tropas amazônicas para evitar a invasão dos traficantes. Ao menos era o que parecia.

No interior do nosso território o resultado da ação brasileira foi a destruição de três grandes laboratórios clandestinos, todos realizando pesquisa biotecnológica ilegal. A destruição dessas unidades de pesquisa gerou descontentamentos em alguns grupos poderosos fora do Brasil. Esses acontecimentos foram no final de 2001 e inicio de 2002. As notícias sobre os laboratórios clandestinos tomaram as manchetes dos jornais e as atenções do Congresso Nacional que, numa ação conjunta com o Executivo, aprovou a criação de muitas novas vagas na Polícia Federal para a região amazônica junto com um aumento da verba de manutenção das forças armadas e a aprovação da aquisição de novos equipamentos e armamentos. Essa parte foi feita sem muito estardalhaço. O objetivo era manter o foco na ação de desbaratamento dos laboratórios, que já estava em curso, e não na preparação para um possível futuro conflito de maiores proporções. Mas os homens do alto escalão do governo já sabiam o que viria pela frente.

Nesse meio tempo, a opinião popular nos Estados Unidos começava a ficar dividida, pois já estava bem claro para o mundo todo que os laboratórios que estavam realizando a exploração na Amazônia eram em sua maioria americanos. Estava claro que não eram os brasileiros os únicos culpados pelo desequilíbrio na floresta, uma vez que esses laboratórios tinham vasta quantidade de animais servindo de cobaias para testes. Foram encontrados registros de que muitos animais haviam sido soltos no seu hábitat depois de contaminados para que fosse estudada a propagação de doenças em caráter epidêmico e suas formas de combate. Agora tínhamos outros vilões nessa história. As notícias eram alarmantes e havia a real possibilidade de termos que lidar com epidemias em humanos causadas por esses testes.

Ao mesmo tempo que isso se passava por aqui surgia na mídia americana uma rede de protestos contra as autoridades brasileiras, alegando que as pesquisas só trariam benefícios à humanidade, e que a intervenção do governo e a destruição dos laboratórios foram um prejuízo para toda a raça humana. Muitos alegavam que a existência de laboratórios farmacêuticos clandestinos era o fruto de uma política de portas fechadas que o governo brasileiro vinha mantendo. Se o Brasil permitisse a cooperação internacional, nada daquilo teria acontecido. O debate obviamente acalorou-se e surgiu um forte grupo no Congresso americano que era a favor da internacionalização da Amazônia sob a tutela americana. Outro grupo forte era o da não-intervenção, que obviamente se opôs ao primeiro. Pelo menos tínhamos alguém do nosso lado na terra do Tio Sam.

A guerra na Colômbia estava em pleno curso e o governo americano solicitou que o Brasil permitisse a construção de uma base temporária para os soldados deles na nossa Amazônia e que fosse aberto o nosso espaço aéreo para patrulhas militares americanas. Como já era esperado, nosso governo recusou o pedido e avisou que qualquer incursão não autorizada seria tratada como invasão militar.

Dois dias depois dessa declaração brasileira um caça americano foi abatido em nosso espaço aéreo, e isso fez o clima começar a esquentar. Os Estados Unidos exigiram um pedido de desculpas do nosso governo e alegavam que o incidente aconteceu em razão da insistente recusa do Brasil em permitir o efetivo combate ao narcotráfico. Parecia estarmos revivendo o incidente com o avião U2 americano que foi pego pelos soviéticos no auge da guerra fria. A diferença é que não havíamos tomado nenhum avião espião, mas derrubado um caça armado para destruição de alvos em terra sobrevoando território brasileiro. Mesmo sendo avisado da invasão, o caça continuou em seu curso sobre a nossa selva. Eles simplesmente desprezavam nosso potencial militar. Provavelmente, caso mandássemos alguns aviões para escoltá-lo, ele se mandaria rapidamente para o lado de lá da fronteira. Assim, o piloto ignorou os avisos e continuou sua patrulha, para azar dele, porque já estavam operantes várias baterias antiaéreas instaladas sob a cobertura vegetal amazônica.

A imprensa do mundo todo, inclusive a americana, rodava a gravação das conversas entre a torre brasileira e o piloto americano e também as conversas entre o piloto e seu comando na Colômbia. Esse foi um golpe de sorte. Nosso pessoal conseguiu interceptar e gravar a conversa toda. Como era um vôo de patrulha e eles já haviam feito vários desses sobre nosso território, não havia preocupações adicionais com interceptações nas comunicações, mas eles não esperavam por esse incidente.

As conversas gravadas demonstravam claramente que o piloto foi várias vezes advertido e que o seu comando ordenou que ele ignorasse a ordem brasileira e continuasse invadindo o nosso espaço aéreo e concluísse sua missão. Após a frase de último aviso da torre brasileira não havia mais nenhuma comunicação. O avião fora abatido. O uso da imprensa nesse caso nos foi muito útil e evitou uma ação de represália do governo americano, que agora estava envergonhado e pedia desculpas pelo ato de "insubordinação" daquele comando aéreo na Colômbia. Como sempre, a culpa era jogada nas costas dos mais fracos.

Durante o primeiro semestre de 2002 não houve nenhum outro incidente com tropas americanas, mas muitos soldados brasileiros estavam morrendo na guerra contra os narcotraficantes que fugiam para o nosso lado da fronteira com seus pequenos exércitos. Os americanos insistiam para que o Brasil permitisse a entrada de suas tropas em nosso território para ajudar no combate, enquanto nosso governo formalmente recusava todas as ofertas de ajuda, pois sabia-se muito bem que o interesse era dominar militarmente a região e depois proclamá-la área internacional sob a tutela americana. Os interesses econômicos em jogo eram enormes, não só os interesses dos grupos farmacêuticos, mas os interesses de diversos outros poderosos grupos econômicos.

Nesses assuntos, é sempre sábio lembrar Maquiavel que, em sua famosa obra O Príncipe, escreveu sobre o uso de tropas estrangeiras em problemas nacionais. "Essas tropas, se podem ser úteis e boas por si mesmas, quase sempre dão prejuízos àquele que lhes reclama a presença, uma vez que, caso percam, ver-se-á aniquilado e, caso vençam, ver-se-á delas prisioneiro". Era esse o medo do nosso governo. Caso os americanos entrassem na Amazônia e perdessem a luta para o narcotráfico, quem poderia vencer? Ou pior, caso eles vencessem e dominassem o território, quem garantiria a sua devolução para o nosso governo em vez da sua permanente dominação? O mais provável era a dominação estrangeira.

Os estudiosos das relações internacionais sabem muito bem que as posições assumidas pelos Estados não estão de forma alguma vinculadas à cooperação incondicional, ao bem comum e aos interesses superiores da humanidade. As relações internacionais são construídas sobre bases instáveis e os interesses são condicionados aos benefícios auferidos. Essas verdades foram infelizmente descobertas de forma demasiado tardia pelos governantes da Colômbia.

Em julho de 2002 a história da América Latina teve seu curso alterado. É verdade que já tivemos que conviver com muitos golpes de estado e ditaduras militares, mas nunca algo como isso. O governo americano tomou o poder na Colômbia, sob a alegação de que a máquina estatal colombiana estava corrompida pelo dinheiro do narcotráfico e que somente com uma intervenção total seria possível destruir as forças armadas do tráfico. Os americanos começavam sua investida por tomar o território amazônico. Peru, Bolívia e Venezuela viram-se na mira da máquina de guerra americana, mas todos sabiam que o próximo alvo éramos nós.

O Brasil formalmente repudiou o golpe, pois um dos pilares de nossas relações internacionais é a não-intervenção. Os Estados Unidos lançaram nota oficial relatando que o Brasil estava se sujeitando à mesma intervenção por não cooperar com os esforços americanos e que também havia fortes indícios de corrupção na máquina estatal brasileira em favor do narcotráfico. Nosso recente histórico acabou corroborando esta tese e o Brasil se viu acuado pelo gigante americano e sem ajuda internacional, uma vez que os Estados Unidos vetavam qualquer ação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas que fosse contra seus interesses. Era o poderio americano mostrando todas as suas garras, e o recado estava dado.

A ONU era o organização internacional responsável por manter a paz dos poderosos e ricos. Sua própria estrutura já previa isso, uma vez que há membros permanentes no conselho de segurança e há a possibilidade de um único país poderoso vetar qualquer ação desse conselho, apesar do desejo de todos os outros em que algo fosse feito. Era o esperado. Estávamos sozinhos e os colombianos também. Sequer podíamos nos ajudar mutuamente naquele momento.

Apesar do repúdio oficial de diversos países, militarmente ninguém movia um dedo contra os Estados Unidos. A situação agora estava quase fervendo e o assunto na imprensa brasileira era a possibilidade de uma invasão americana. A imprensa americana também não falava de outro assunto, mas como é de praxe, eles tinham um grande grupo contrário à invasão. O governo americano estava ficando com pouca base no Congresso, pois muitos congressistas estavam se colocando contra a política oficial. O argumento deles era que seu país estava passando por uma crise econômica com desemprego e recessão, e não era hora para aumentar a dívida pública com gastos militares desnecessários.

Mesmo com o problema do narcotráfico, estava ficando claro que o interesse americano na Amazônia brasileira era outro e já haviam denúncias de manipulação de setores do governo por parte de grandes laboratórios farmacêuticos e companhias de mineração. O povo americano já fazia passeatas e protestos pedindo que o governo trouxesse de volta para casa os seus soldados. Muitos já haviam voltado em caixões, pois a guerra na Colômbia não estava nada fácil. A semelhança da floresta tropical brasileira com a floresta tropical asiática fazia os americanos pensarem no Vietnã. Eles não queriam começar o século XXI com um novo Vietnã na floresta tropical amazônica.

A imprensa americana incessantemente mostrava imagens do combate na selva colombiana. Os soldados americanos tinham superioridade tecnológica e maior preparo, mas os exércitos do narcotráfico detinham o controle da região e conheciam bem a selva. Mesmo com armamento inferior estavam dando muito trabalho às tropas americanas. As baixas nos dois lados aumentavam, mas para piorar as coisas as tropas do narcotráfico e as tropas da resistência colombiana se uniram contra as tropas americanas no grande esforço de libertação nacional. Ninguém conseguia imaginar as tropas do governo colombiano e os traficantes se unindo, mas agora eles não tinham mais um país seu e suas diferenças foram colocadas de lado para alcançar novamente a liberdade.

Para os americanos isso foi um terrível golpe, pois ao debandar para o lado dos traficantes as tropas regulares colombianas levavam armamentos e munição, além de promoverem atos de sabotagem durante sua fuga. Muitos soldados americanos perderam suas vidas nesse movimento e suas famílias pressionavam o governo, pois havia a tese de que se o governo americano não tivesse tomado o poder, as tropas não se teriam unido e os traficantes não estariam agora com tanta força. A tese fazia sentido e as coisas esquentavam ainda mais em Washington e em Bogotá.

Agora, em pleno território colombiano, estava formada a mais perigosa quadrilha da história da humanidade: o Exército Narco-Nacionalista Colombiano, que atendia pela sigla ENACO. Eles eram declaradamente favoráveis à destruição dos Estados Unidos da América por meio do descarregamento de toneladas e toneladas de drogas em solo americano até fazer desmoronar a sociedade inteira e tudo ficar reduzido a pó. PÓ de cocaína, obviamente. Nunca se teve notícia de algo assim, uma grande frente militar e criminosa ao mesmo tempo, pelo menos não com esse tipo de crime. A arma química deles chamava-se cocaína e eles queriam ao mesmo tempo contrabandear drogas, lucrar e vencer a guerra, tendo tudo isso montado sobre as bases do narcotráfico internacional. Seus planos incluíam a formação do primeiro Narco-Estado do mundo. Parecia loucura, mas como toda guerra é uma loucura, essa era apenas mais uma entre tantas.

O Brasil agora tinha dois inimigos reais, ainda que não declarados: o ENACO e o exército americano. Ambos em guerra do outro lado da fronteira e querendo montar bases do lado de cá da fronteira, tanto para atacar seu inimigo declarado quanto para expandir suas lucrativas atividades. Os americanos querendo dominar a Amazônia e os colombianos querendo dominar o mercado americano através da Amazônia. O conflito seguia.

Em agosto de 2002 houve um confronto entre tropas brasileiras e americanas na floresta, numa região próxima à fronteira. Houve algumas baixas nos dois lados e o governo americano expediu nota oficial alegando que tudo não passou de um grande e trágico engano. A tropa americana estava se deslocando para atacar uma posição dos narcotraficantes próxima à fronteira e entrou em território brasileiro por engano. Uma vez que a fronteira não é demarcada e que tudo está sob a copada das árvores, isso é fácil de acontecer. Se eles não estivessem cheios de aparelhinhos do Sistema de Posicionamento Global, chamados GPS, nós até acreditaríamos.

Na mesma nota eles alegavam que, ao se deparar com as tropas brasileiras, identificaram-nas como tropas dos traficantes e iniciaram o ataque. Os brasileiros responderam ao fogo e o combate estava travado. Nessa parte nós acreditamos porque eles são reconhecidos internacionalmente como péssimos reconhecedores de tropas. Duas semanas antes eles haviam feito quase a mesma coisa contra uma tropa deles, só que o ataque foi aéreo. O governo brasileiro não aceitou a desculpa do "engano" ao cruzar a fronteira, e em nota oficial informou que as tropas brasileiras haviam tido sucesso em repelir a incursão de tropas invasoras americanas em território nacional.

Essa noticia causou mais impacto do que o próprio confronto.

Ao classificar o ocorrido como tentativa de invasão, o Brasil colocou toda a comunidade sul-americana oficialmente em sobreaviso. A tensão aumentou o medo e a movimentação militar se tornou intensa da Venezuela ao Chile. De uma hora para outra todo mundo estava realizando exercícios militares e diversos tipos de manobras táticas. Todos negavam a preparação militar e cada governo atribuía à movimentação simples rotina militar de treinamento.

A imprensa brasileira promovia acalorados debates sobre o tema e a opinião pública estava do lado do governo. Por mais que o povo estivesse descontente com seus governantes, a grande massa preferia um mau governo brasileiro a qualquer governo estrangeiro, especialmente agora que estávamos todos acompanhando o que acontecia na Colômbia, a nova colônia dos Estados Unidos.

Estava chegando o dia 7 de setembro, a comemoração da Proclamação da Independência. Grandes desfiles foram preparados, passeatas foram organizadas, comícios foram montados. O Brasil estava apavorado com a perspectiva de um confronto, especialmente com os Estados Unidos, mas estava se preparando. Grandes lideranças se erguiam contra o imperialismo americano, e agora a nova moda das ruas das grandes capitais era usar roupas camufladas.

Os adolescentes sonhavam com as glórias da guerra e com os filmes que viam na televisão. Era uma grande besteira. Logo ficaria claro que não há glória nenhuma, há apenas morte e tristeza. O que muitos chamam de glória é a minimização do nosso sofrimento pelo aumento do sofrimento alheio, porque a guerra sempre traz sofrimento e o vencedor é apenas o que perde menos, porque todos perdem.

Quanto ao inimigo externo, a opinião pública brasileira não estava dividida, e a consciência de que era necessário defender nosso território tomava conta de todos. O assunto do momento era esse. Ninguém além de alguns adolescentes e alguns bandos de vagabundos queria o confronto, mas ninguém queria servir de saco de pancadas para as tropas americanas. Cada brasileiro já pensava em como seria a sua vida dali a um ano. Tudo estava prestes a mudar. Desde a guerra do Paraguai que o Brasil não entrava em confrontos militares por estas bandas sul-americanas, mas agora isso já estava começando. Devagar, mas estava.

Durante o mês de setembro não houve nenhum incidente grave na floresta, mas em outubro um destacamento inteiro de infantaria foi exterminado. Nenhum sobrevivente, mais de quarenta mortos. Eles foram encontrados por uma patrulha que saiu em sua busca depois que o grupo parou de se comunicar com a base. No local a patrulha encontrou as marcas do combate, mas nenhuma evidência de quem havia feito aquilo. Havia muitos sinais de que o inimigo tinha sofrido baixas também, mas todos os corpos deles foram removidos antes de o nosso pessoal chegar. Tudo o que foi encontrado foram cartuchos deflagrados de munição de fuzis usados tanto pelo ENACO quanto pelo exército americano. O governo americano atribuiu o ato aos narcotraficantes e o ENACO atribuiu a autoria aos americanos, e ainda convidou o Brasil a se juntar a eles na guerra.

O governo brasileiro suspeitava da autoria americana, mas, como não havia provas, teve que engolir a história assim mesmo. A suspeita era de que eles provavelmente haviam atacado outra vez o que não foram capazes de identificar, e acabaram com o nosso pessoal. Talvez eles houvessem tentado alguma outra ação na região e nossa tropa procurou impedir. Eram muitas as possibilidades, mas a única certeza que tínhamos era que nossos rapazes estavam mortos. A comoção foi intensa em todo o país e pela televisão eu via as imagens do acampamento destruído, dos corpos sendo transportados e das famílias chorando nos enterros cheios de homenagens militares. Em São Paulo, Brasilia, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Recife, Manaus, Belém e Santarém houve passeatas organizadas pela Frente de Defesa do Brasil, uma recém-criada entidade não-governamental que organizava a população civil contra a atuação estrangeira em nosso território, numa espécie de xenofobia disfarçada que disparava para todos os lados.

Nosso governo viu que era chegada a hora e iniciou uma campanha nacional de mobilização de reservistas das forças armadas. Os voluntários foram convidados a se apresentar, ninguém foi obrigado. Ninguém no governo confirmava os preparativos para o confronto, mas também ninguém desmentia. Os reservistas foram convidados a se apresentar nas organizações militares mais próximas de suas residências. O governo providenciaria o transporte para outras unidades, caso fosse necessário. Foi assim que cheguei ao meu primeiro dia de volta ao quartel, foi assim que nós chegamos às portas do conflito, Agora posso falar novamente sobre a volta às armas.


Agora vejam porque o solo da Amazônia é tão importante para Estados Unidos e Europa, vejam onde eles TINHAM minérios:





domingo, 21 de abril de 2013


Educação sexual e prevenção de drogas




Introdução

Agora nos encontramos no modelo permissivo no qual tudo é permitido. Há uma postura de oposição mas não de conscientização da sexualidade. Mudam-se as atitudes e comportamentos mas ninguém sabe o porquê. As palavras chaves são Erótico, Corpo e Orgasmo.

Educação sexual tem sido tema recorrente em conversas familiares rodas de amigo, reuniões escolares atendimentos psicológicos e psicopedagógico artigos publicados em jornais e revistas, seminários e programas de televisão. Uma das intensões de tantos encontros e desencontros é buscar a responsabilidade pela assustadora, educação sexual.

Nós pais, educadores e encarregados de educação temos de entender que estamos vivendo numa época de excesso de estímulo sexual e em que a midia promove um certo incentivo para o acto sexual sem dar a mínima noção de segurança. Vivemos num tempo de confusão, estamos misturando a palavra liberdade sexual com libertinagem sexual.

Não adiante esconder não informar fingir que o sexo não existe. Ele está ali para quem quiser experimenta-lo.

Não cabe a nós nem a ninguém proibi-lo. Não adiantaria nada proibir pós os adolescentes fariam sexo a escondida. Não foi assim com quase todos nós?

O uso ilícito de drogas nos últimos dias tem aumentando num ritmo alarmante, e tem ultrapassado todas as fronteiras sócias, económicas, política e nacional. Esse aumento pode ser atribuído a vários factores entre os quais figuram a falta de informação sobre os perigos a longo e curto prazo de consumo de drogas. O carácter limitado das actividades preventivas e a falta de consciência sobre a magnitude do problema dos estupefacientes.
Conceitos

Educação é a formação de conceitos e de valores através da transmissão de conhecimentos. Tendo como objectivos a formação do individuo, devendo sempre gerar conscientização, liberdade equilíbrio pessoal, proporcionando qualidade de vida.

No processo educacional o ensinante permite a busca de conhecimento do aprendente e entrega os seus conhecimentos, permitindo a este simbolizar, guardar, mostrar e resignificar seus conhecimentos junto a eles constroem a aprendizagem. E para que essa aprendizagem ocorra o professor que deve ter algumas características tais como: Ser bem informado, Respeitar o aprendente, Transmitir confiança, Ser aberto ao diálogo entre outros.

Educação sexual é um nome dado ao processo que visa educar esclarecer jovens e adolescente a respeito da responsabilidade particular de cada um quando esses decidem entregar seu corpo a alguém. O tema ainda envolve mitos, tabus e constrangimentos para pais e professores.

A educação sexual aborda temas como o sexo a gravides, o aborto, métodos contraceptivos, a importância de camisinha e doenças sexualmente transmissíveis. Alguns defendem que tal termo já caiu em desuso cedendo lugar para o termo orientação sexual mas esse ainda confunde algumas pessoas, também é empregado para designar a opção sexual de cada individuo, sua preferência por individuo de género igual diferente ou por ambos.

Objectivo da educação sexual

- Fazer entender a importância da educação sexual na escola.

- Buscar uma prática mas reflexível para que os tabus sejam quebrados.

-Complementar o que é iniciado no lar, suprir lacunas combater preconceitos e rever conceitos destorcidos.

Diferença entre sexo e sexualidade

Sexos são características estruturais e funcionais que permitem distinguir o organismo masculino e o feminino.

Sexualidade é uma manifestação lindíssima na natureza humana, no homem como na mulher são emoções acompanhantes de atitudes fisiológicas correspondentese fazem do acto sexual normal e correcto o que há de mas belo e expressivo.
Doenças sexualmente transmissíveis (DST)

É a designação pela qual é conhecida uma categoria de patologias antigamente conhecidas como doenças venéreas. São doenças infecciosas que se transmitem essencialmente pelo contacto sexual. O uso de preservativo (camisinha) tem sido considerado como a medida mas eficiente para prevenir a contaminação e impedir sua disseminação.

Vários tipos de agentes infecciosos como viros, fungos, bactérias e parasitas estão envolvidos na contaminação por DST, gerando diferentes manifestações, como: feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.

Algumas DTS, são de fácil tratamento e de rápida solução quando tratada correctamente. Outras são de tratamento difícil ou permanecem latentes, a pesar da fácil sensação de melhoria. As mulheres apresentam um grupo que deve receber especial atenção, uma vez que em diferentes casos de DST os sintomas levam tempo para tornarem-se perceptíveis ou confunde-se com as reacções orgânicas comum de seu organismo. Isso exige da mulher, em especial aquelas com a vida sexual activa, independente da idade, consultas periódicas ao serviço de saúde.



Certas DTS, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves como infertilidade, infecções neonatais mal formação congénita, e aborto no caso das gestantes, câncer e até a morte.

As DTS são doenças transmitidas entre pessoas de sexo diferentes ou do mesmo sexo através de relações sexuais.

Existem vários tipos de DTS como: Sifles, cancro mole, linfo granuloma venéreo, herpes genital, gonorreia, uretrite não gonocócica, tricomoníase, candidíase, condiloma acuminada e a sida.

Prevenção das DTS

A forma mas segura de evitar uma DTS é abstinência sexual;

-o uso de preservativo;

-fidelidade.
Importância da educação sexual

A importância consiste em esclarecer aos jovens e adolescente, o perigo que existe na sexualidade como: doenças, gravides indesejadas, abordos e as formas de evitar as doenças, e como usar o preservativo.

Droga é qualquer substância natural ou sintética que modifica o funcionamento do organismo. Na droga interferem três factores que são: o individuo, a substância, e o meio. As drogas classificam-se em lícitas e ilícitas.

Drogas lícitas são aquelas que não são proibidas socialmente como o álcool e o tabaco.

Drogas ilícitas são aquelas que as autoridades de quase todos os países consideram muito perigosas para serem usadas.

Elas actuam no sistema nervoso central e classificam-se em três categorias: depressoras, estimulantes e perturbadoras.

Dependente é aquele que orienta a sua vida ao redor de determinada droga, se sente que não pode viver sem ela e sofre sintomas físicos quando a droga lhe é retirada.

Existe dois tipos de dependência que são: dependência física e psicológica.

A dependência física manifesta-se através de um conjunto de sintomas tais como: transpiração abundante ataque cardíaca, queda de atenção arterial etc. que ocorre se um individuo interrompe o consumo de determinada substância.

Dependência psicológica traduz-se por um sentimento de falta e desconforto. Grande parte das drogas ou substância psicoactiva começa por ter uma aplicação curativa ou medica. Nesse sentido a sua descoberta e a utilização pode se enquadrar no progresso científico em termo geral e da medicina em particular.

Muitas pessoas utilizam abusivamente com fins não médicos. A utilização das drogas e dependente na relação médica com o paciente, pode ter um efeito curativo benéfico e construtivo. Na auto medicação repetitiva e compassiva torna-se numa dependência cujo os efeitos são destrutivos por exemplo: para o estrese utiliza-se chá de folhas de laranjeira com efeito de calmante.
Tipos de drogas

Existem vários tipos de drogas como medicamentos (analgésicos, ansiolitos, hipnolicos, neurolépticos e ante- histamínico) bebidas alcoólicas, cocaína, cafeína, mescalina e cigarros de maconha.

Consequência do abuso das drogas

As mas variadas e dependendo sempre de individuo para individuo podemos dizer que a maior partes das drogas provocam ou perturbam o controlo-motor, torna-se menos eficaz no emprego, provocam impulsos agressivos, prejudica o feto no caso de mulheres gestante, provoca asfixia, paragens respiratórias ou cardíacas (inalação prolongada e excessiva de solventes), prejudica a saúde e a economia do lar, ataca o cérebro e provoca perturbações mentais e físicas graves, trás discórdia no seio da família e da sociedade, tem a possibilidade de contrair doenças tas como: a hepatite B e a sida.

Prevenção das drogas

Prevenção é o conjunto de meios destinados a evitar o mal ou conjunto de medidas para prevenir uma doença. A prevenção do uso indevido de drogas mediante a sensibilização e a acção é fundamental para lograr, detectar o uso indevido de droga e sua criminalidade. A família a escola e pessoal de saúde devem alertar as crianças jovens e adolescente os perigos causados pelas drogas.

Motivos que levam os jovens a consumir drogas

São vários os motivos que levam os jovens a consumir drogas tais como:

-pressão do grupo;

-curiosidade;

-ansiedade;

-vontade de auto afirmação;

-revolta contra os pais;

-fulga a realidade
Sugestões

-A família, a escola e o pessoal de saúde deve ensinar as crianças e os adolescentes os perigos causados pelas drogas (álcool e fumo);

-membros da comunidade que foram dependentes e recuperaram podem formar um grupo de apoio para ajudar aqueles que querem abandonar as drogas;

-criar mecanismo para orientar equipas de trabalho e fazer com que as informações pertinentes a sexualidade sejam discutidas para que falar de sexo torna-se algo natural e o adolescente não tenha vergonha de sanar as suas duvidas ou de procurar os seus pais, professores, e educadores afim de receber ajuda nessa fase tão complexa de sua vida e em que a descoberta de valores que vão determinar para todo o sempre uma vida de prazer ou de desprazer.

-para reduzir o risco de transmissão sexual é necessário ter cuidado com as pessoas com quem você tem relações sexuais, uma pessoa que tem vários parceiros sexuais tem mas possibilidade de contrair essas doenças. O uso de preservativos (camisinhas) ajuda mas nem sempre evita doenças sexualmente transmissíveis a melhor maneira de evitar essas doenças é a abstinência e a fidelidade.
Conclusão

Possoassim concluir que a educação sexual é um desafio, e que para isso deve haver envolvimento, conhecimentos ético e responsabilidade. E que o educador deve ter claro os valores fundamentais de respeito, amor e saúde. Deve ser acolhedor, saber ouvir, ambientar os questionamentos para não subestimar nem superestimar a criança ou o adolescente, ser neutro quanto aos seus próprios valores, para não desconsiderar nem desrespeitar o outro e trabalhar a própria sexualidade.

É difícil o adulto aceitar que ele tem de rever a sua própria sexualidade para poder ensina-lá, pois ser educador não é repreender.

Os pais do dependente de drogo não devem sentir culpa, não devem pensar que argumentos convencem, não devem facilitar a obtenção da droga, não devem esconder a mágoa e nem querer resolver os problemas sozinhos.

A prevenção do uso de drogas mediante a sensibilização, a educação e a acção é fundamental para lograr, deter o uso indevido de drogas e a criminalidade associada a mesma. Para aquelas pessoas que se iniciaram no uso indevido de drogas, a educação brinda um caminho para uma intervenção e um tratamento com êxito, para sensibilizar os riscos e perigos do uso indevido e continuados de drogas e lhes ajudar a deixar seu uso.