quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

MODELO COGNITIVO DAS ADICÇÕES E RECAÍDAS

Há um sistema repetitivo e automático exercendo força na Adicção e depois na Recaída, considerada quase uma das fases da doença. Essa afirmativa é perigosa uma vez que contém em seu cerne o permisso de recair. Pode gerar, inclusive, dependentes que as têm programadas.
O processo é um círculo vicioso ao qual o dependente deve estar atento, podemos chamá-lo de emboscada psíquica, pois vem carregado de injunções repetitivas com o agravante do estigma de que não podemos fugir delas.
Surge a SITUAÇÃO ESTÍMULO, pode ser tanto externo (um acontecimento fora do Si mesmo), quanto interno (comandos emocionais inconscientes que abrangem uma gama enorme de sentimentos). É vulgarmente conhecida como GATILHO.
O passo seguinte é a CRENÇA CENTRAL, o dependente crê não ter força contra o embate sério e profundo entre seu Eu verdadeiro e seu Eu adicto que, na ativa sobrepõem-se ao Eu real dominando-o assim como a erva-de-passarinho lentamente mata a árvore. Cede à crença enraizada de que é impotente diante da situação a ser ultrapassada e não arrisca a Transformação.
Diante desse impasse conflitado surge o PENSAMENTO AUNTOMÁTICO. Só existe uma maneira de suportar estes sentimentos robotizados: o uso do objeto adictivo seja ele qual for e isso admite a SUBSTITUIÇÃO, se estiver abstinente, qualquer outro que se vincule às suas respostas adictivas.
A aceitação do PENSAMENTO AUTOMÁTICO leva, inquestionavelmente, à FISSURA.
“ O craving ou “fissura” – como e designado, popularmente pelos dependentes químicos no Brasil – e um conceito um tanto controverso. Pode-se aceitar a definição mais comum e considerar que é um intenso desejo de utilizar uma especifica substancia1-4, ou, então, concordar com outros vários
conceitos descritos pelos pesquisadores deste tema: desejo de experimentar os efeitos da droga; forte e subjetiva energia; irresistível impulso para usar droga; pensamento obsessivo; alívio para os sintomas de abstinência; incentivo para auto-administrar a substancia; expectativa de resultado positivo; processo de avaliação cognitiva e processo cognitivo não-automático.
A definição do craving:
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reuniu um comitê de especialistas em dependência química que definiu o craving como um desejo de repetir a experiência dos efeitos de uma dada substancia.
Este desejo pode ocorrer tanto na fase de consumo quanto no início da abstinência, ou após um longo tempo sem utilizar a droga, costumando vir acompanhado de alterações no humor, no comportamento e no pensamento.
O conceito mais utilizado de craving, como já foi enfatizado, é o que se refere a um intenso desejo para consumir determinada substância, porém pode ser mais amplamente definido como o reflexo de um estado de motivação orientado para o consumo de drogas, conceito este que integra a idéia de desejo com utilização da substância.
O craving pode ser classificado em quatro tipos:
1. como resposta à síndrome de abstinência;
2. como resposta a falta de prazer;
3 . como resposta condicionada a estímulos relacionados às substâncias psicoativas; e como tentativa de intensificar o prazer de determinadas atividades. Obviamente, é fácil perceber, que uma mesma situação pode fazer parte de mais de um destes grupos, tendo múltiplos determinantes.
Segundo Marlatt e Gordon, o craving é um estado motivacional subjetivo influenciado pelas expectativas associadas a um resultado positivo, estado este que pode induzir uma resposta na qual o comportamento desejado esteja envolvido.
Outro caminho na evolução do entendimento deste construto define o craving como um termo que engloba não somente o desejo, como a intenção de realizar este desejo, a antecipação dos efeitos positivos associados a sua utilização e o alivio do afeto negativo e dos sintomas relacionados a abstinência.”
A FISSURA que é carregada de ansiedade e angústia, tem como única resposta a CRENÇA PERMISSIVA.Significa que para livrar-se do estado negativo e sofrido tudo é permitido, a dor não deve ser vivenciada.
Mesmo estando abstinente o dependente começará a engendrar um PLANO DE AÇÃO para atingir seus objetivos. Como é extremamente criativo e manipulador nesta hora, provavelmente atingirá, mais cedo ou mais tarde, o seu intento.
No primeiro uso estabelece-se a RECAÍDA.
O círculo vicioso começa seu curso que só será interrompido pela ajuda dos Grupos de Auto Ajuda, terapia ou internação.
Depois do USO INICIAL, o dependente voltará a uma SITUAÇÃO ESTÍMULO que é o próprio uso.
O conhecimento deste método distorcido pode despertar a consciência do dependente de modo que o rompa antes de se estabelecer.


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Recaida


A recaída é a sombra que acompanha todos os adictos em recuperação. Parece que espreita em cada curva de nosso caminho e temos razão em não menos prezá-la. Muitos companheiros já sofreram duramente seus golpes e alguns soçobraram acabrunhados pela sua força.Pensemos os aspectos que contribuem para que a Recaída aconteça. Este deve ser um sério e profundo mergulho dentro de nós mesmos, onde a honestidade é nossa maior arma.Assim como a Recuperação é individual a recaída também é. Existem generalizações, mas a individualidade é que será o ponto decisivo de funcionamento.Às vezes é um processo sutil e lento. Em outras, ela vem como uma tempestade que nos leva de roldão. Mas sempre, sempre começa dentro de nós. Os sinais que apresenta podemos listar da seguinte maneira:
OS 12 PASSOS PARA A RECAÍDA
CADA RECAÍDA TEM UMA ORIGEM, CONHEÇA OS SINTOMAS DE PERIGO.

01. COMECE A FALTAR AS REUNIÕES PORQUE QUALQUER MOTIVO: REAIS OU IMAGINÁRIOS.
Pense, com honestidade, se você deixaria de comparecer a algum programa descontraído porque estava com dor de cabeça ou seu time vai jogar. Pense se abandonaria uma reunião de trabalho ou estudo porque está cansado, ou está chovendo.


02. CRITIQUE OS MÉTODOS UTILIZADOS POR OUTRAS PESSOAS, POR NÃO ESTAR EM COMPLETO ACORDO COM OS QUE VOCÊ EMPREGA.
Neste momento, pense que você “esqueceu” que cada um tem sua Recuperação particular, portanto é natural que haja pequenas diferenças individuais e que seu “jeito” serve apenas para você. O máximo que pode fazer é trocar experiências e, assim como deseja que seu companheiro experimente seu método, tende a humildade de experimentar o dele se realmente está tendo resultados cosntrutivos e não apenas de “fechamento de garrafa”.


03. ALIMENTE A IDÉIA DE QUE, ALGUM DIA, VOCÊ PODERÁ SE DROGAR NOVAMENTE E CONVERTER-SE EM UM DROGADO  CONTROLADO.

Você realmente ainda alimenta essa prepotência? Revise sua Recuperação, algo não vai bem. Ainda  a droga  é tão necessária que você não pode, nem que controladamente, afastar-se dela?
A idéia de que o mundo inteiro está errado e apenas nós é que sabemos das coisas é extremamente infantil e o resultado será igualmente infantil, no caso da dependência quimica, fatalmente infantil.


04. DEIXE QUE OS OUTROS MEMBROS DE SEU GRUPO FAÇAM O TRABALHO DO DÉCIMO SEGUNDO PASSO POR VOCÊ.
Os passos são individuais e intransferíveis, são tão profundos que passaremos o resto de nossas vidas os repetindo e muitos, terão que repetir desde o primeiro, portanto ninguém pode caminhar por você. Você quer recuperar o domínio e a liberdade de sua vida, caminhar com suas pernas faz parte deste processo. Tendo aprendido isso através da dor e do desespero você se negaria a tirar poucos momentos de sua vida que estava perdida para estender a mão para um irmão de caminhada? O que teria acontecido a você se não tivesse havido alguém que se dispusesse de seu tempo para conversar e ajudar você? Seu irmão caído é você no passado, leve-o para o futuro luminoso que você vive hoje, dispondo-se a transmitir a mensagem.


05. ADQUIRA CONSCIÊNCIA DE SUA "ANTIGUIDADE" E OLHE CADA RECÉM CHEGADO
COM CETICISMO E IRONIA.
Existirá alguém tão pretensioso que se julgue conhecedor de todos os mistérios da vida? A Irmandade de N.A faz parte de um desses mistérios e os caminhos da alma humana são bifurcados e escondidos demais para nos alçarmos em conhecedores dela. Portanto, sua caminhada feita não justifica sua prepotência junto ao recém chegado, deve ser motivo de felicidade para você e para o recém chegado será Esperança. Não negue ao seu irmão a mão da Esperança, ela poderá fugir de você e não faça por este medo, faça por compaixão, a qual já lhe foi tão útil, talvez tenha sido sua bóia de salvação.


06. SINTA-SE SATISFEITO COM SEUS PONTOS DE VISTA A CERCA DO PROGRAMA E CONSIDERE-SE UM "VELHO MENTOR".
Nossos olhos estarão vivos e agudos enquanto estiverem abertos para novas possibilidades, novos enfoques porque o que enxergamos jamais será o Todo, assim como jamais enxergaremos a Deus, mas apenas seus movimentos dentro de nós. Sempre seremos um Caminhante na longa estrada do aprendizado, tanto mais que já escorregamos na bifurcação da dependência. Jamais saberemos tudo ou deixará de existir algo para aprender. Se você aceita que os 12 passos de N.A são perfeitos, significa que a extensão deles não pode caber numa só passagem, mas que temos aprender e voltar a aprender.


07. ORGANIZE DENTRO DE SEU GRUPO UM "CLÃ", UM "GRUPINHO" DE POUCOS MEMBROS QUE COMPORTEM ABSOLUTA E TOTALMENTE SUAS IDÉIAS.
Mas não esqueça que estará organizando sua “separação” do mundo, um deslocamento bem pouco saudável na medida em que aprendemos com os que concordam conosco, mas muito mais com os que não concordam porque funcionam como sinalizadores de nossas inacabáveis fragilidades. É o que não suportamos ou não queremos ver em nós mesmos e, se forem facetas já superadas por nós, podemos olha-las sem temor, quem sabe, com isso, ajudando nosso companheiro a aparar suas arestas.


08. DIGA EM SEGREDO AO RECÉM CHEGADO, QUE VOCÊ NÃO TEM NECESSIDADE DE LEVAR ALGUM OU ALGUNS DOS DOZE PASSOS A SÉRIO.
Você recebeu tão pouco auxílio que é capaz de, na chegada, contaminar a caminhada de seu companheiro? O que está faltando dentro de você para se arvorar em mestre? Esta é uma caminhada para os fortes e honestos e não para os que tem medo de ver a si mesmos e reconhecer suas pontiagudas imperfeições. Forte não é aquele que grita ou impõe, forte é o que sabe ouvir para se melhorar e transmitir. O forte partilha e não retira ou tenta construir o outro á sua semelhança como se tivesse, em sua insanidade a pretensão de igualar-se a Deus.


09. PERMITA QUE SE APROFUNDE EM SUA MENTE A GRANDE AJUDA QUE VOCÊ PRESTA A OUTRAS PESSOAS, E NÃO LEMBRE QUE O PROGRAMA DE NARCOTICOS ANÔNIMOS ESTÁ AJUDANDO VOCÊ.
Se você está ajudando outras pessoas isso é maravilhoso, você estará ajudando a você mesmo porque, cada vez que fala sobre os benefícios e as transformações criadoras que aconteceram em sua vida, você estará reafirmando sua recuperação. E sua recuperação deve-se, em grande parte, à sua aceitação incondicional ao programa dos 12 Passos de N.A. E este programa continua, incessantemente, ajudando você na medida que lhe dá a oportunidade de auxiliar seus irmãos.



10. DESQUALIFIQUE DE IMEDIATO, O MEMBRO QUE TENHA SOFRIDO UMA RECAÍDA.
Apenas os insanos e os débeis têm a suprema ousadia de dizer: “Desta água não beberei”. Pobre deles que não conseguem enxergar sua dimensão falível e humana. Tão maravilhosa e tão perfeita, ao mesmo tempo, que as quedas estão à nossa frente para nos ensinar que somos todos irmãos e que poderemos, um dia, estar caídos esperando uma mão estendida. Seu companheiro recaiu? Puxe-o de volta para o firme e poderoso carro do N.A e não esqueça de limpar suas vestes para que se sinta digno de estar tentando novamente e todos os dias durante 24 horas.


11. CULTIVE O HÁBITO DE EMPRESTAR OU PEDIR DINHEIRO EMPRESTADO A SEUS COMPANHEIROS E COMECE A SE AFASTAR DAS REUNIÕES, PARA EVITAR ENCONTROS DESAGRADÁVEIS.
Seus companheiros não são Banco e grande parte deles ainda sofre a devastação deixada pela adicção ativa, refazendo sua vida econômica arduamente. Viva de acordo com suas posses, seja digno do nome de Homem. Respeite suas fraquezas e não se entregue à facilidade de estender a mão pedinte. Mesmo que seu companheiro tenha posses não é obrigado a servir você, seus bens são fruto da vida dele e não da sua. Caso um companheiro lhe veja em dificuldade e tenha a grandeza e a oportunidade de lhe ajudar, aceite com o objetivo honesto, ético e moral de devolver. Não entre em situações que o enfraqueceram enquanto em recuperação e enquanto ser humano.


12. CONVENÇA-SE DE QUE O PROGRAMA DE SÒ POR HOJE É VITAL PARA OS "NOVOS", E DE QUE VOCÊ JÁ "SUPEROU" ESSA ETAPA.
Todos somos sempre “novos” dentro de N.A se a Recuperação em nós estiver enraizada. Todos os dias temos algo aprender, mesmo com o companheiro que chega alquebrado, no mínimo para termos certeza do que não queremos mais vivenciar. Cada depoimento, cada idéia ou funcionamento é uma descoberta que devemos respeitar e a ela ser gratos. Quem, todos os dias, abre os olhos sabendo que milagres de revelação podem acontecer será para sempre um digno discípulo dos mandados de Jesus, o maior Mestre que já existiu, creiamos Nele enquanto divindade ou não.
Se você superou alguma etapa seja grato à sua força e coragem, mas sabendo que muitas mais, infinitas mais se descortinam à sua frente para que você tenha a deliciosa chance de crescer até que chegue sua hora de mencionar os resultados diante de uma outra vida que agora não nos pertence ainda.
Na leitura destes passos demarcados por análise, podemos encontrar qual, ou quais deles se movimentam dentro de nós antes que possam se manifestar e assim nos prevenindo contra o assustador monstro da Recaída que, com nossa atenção e humildade passará a um ratinho administrável.
Tenha a certeza: tanto a Recuperação quanto a recaída tem morada dentro de nós e a nós cabe alimentar ou uma ou outra.
As armas que temos são a consciência, a coragem de enxergarmo-nos, a confiança em Deus e a fé inabalável em Sua criatura: nós, seres humanos caminhando, não mais a esmo, mas com o caminho iluminado pela Luz de N.A. Seres humanos não mais paralisados pela negritude da dependência, mas livres, como livres fomos feitos para escolher entre o Bem o Mal, o Bom e o Ruim. Todos nós trazemos o livre arbítrio como escudo, a decisão como arma e o discernimento como sinalizador.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013



NOSSAS ESCOLHAS


Uma das bênçãos que Ele nos deu
foi o livre-arbítrio!
O dom de escolher o que queremos
e quem queremos na nossa vida.
Há momentos na vida em que parece
não termos saída, tendemos a culpar o
outro e a lamentar a situação em que
nos encontramos.
Se temos livre-arbítrio, que é o dom
da escolha, devemos tomar uma atitude
madura e analisar a situação em que
nos encontramos...e partir para uma
mudança, se caso a mesma não está
nos fazendo bem.
Lamentar e brigar contra a situação,
não vai nos levar a lugar nenhum,
apenas entraremos mais e mais fundo
na tristeza e no desânino.
Ser feliz é uma opção...uma escolha...
Só depende de nós.





Agradecimento


Caro colaboradores

Venho através deste blog agradecer ao meu poder superior e a vcs companheiros que tanto me inspiram e me dão a oportunidade de viver mais um dia limpo,pela graça de ter alcançado 1000 visualizações pois sozinho eu não conseguiria,e só por hoje o meu muito obrigado a todos

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Adicção sexual

Quando o sexo vira obsessão


O Tempo

Compulsões: Há pessoas que nunca ficam saciadas, independentemente do quanto repetem aquilo que lhes dá muito prazer. Limite entre o saudável e o doentio nem sempre é claro

O que é ser compulsivo ou ter compulsão por alguma coisa? Alcoólatras são compulsivos por bebida? Dependentes químicos são compulsivos por drogas? Existe compulsão por comida? E por sexo? Terão todas as compulsões a mesma origem? O jornal O TEMPO inicia, neste domingo, uma série de reportagens que abordam diferentes tipos de compulsões, para tentar entender o mecanismo que move cada uma, começando pela compulsão sexual.

Há pessoas para as quais a sexualidade está longe de ser saudável e a vontade de fazer sexo nunca é saciada, independentemente do número e da frequência das relações. Uma primeira constatação é que o distúrbio atinge mais os homens que as mulheres.

"Nos homens, o nome correto é donjuanismo, ou satiríase, enquanto as mulheres viciadas em sexo são chamadas de ninfomaníacas", explica o ginecologista, sexólogo e coordenador do setor de Sexologia do Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte, Gerson Lopes.

Não há números precisos nem explicação definitiva, mas a experiência médica indica que 90% dos casos acomete os homens por volta dos 35 anos.

"Atendi um grande empresário em São Paulo, cuja vida girava em torno de sexo. Ele chegou num ponto que não fazia mais questão de esconder da esposa que ele saía com garotas de programa e com colegas de trabalho. A pessoa vai ficando fora de controle", conta.

Lopes diz que em seu consultório recebe pacientes recomendados por ginecologistas e urologistas, já que as pessoas se recusam a admitir que são compulsivas em relação ao sexo.

"Geralmente as pessoas procuram o terapeuta porque a esposa ou o marido se queixa delas, aí elas não aguentam ser rejeitadas. Os compulsivos sexuais são pessoas com graves problemas emocionais e de relacionamento e nunca ficam satisfeitas com as relações sexuais, independente do número de vezes que façam", explica Lopes.

Origem

Assim como as outras compulsões, por droga ou bebida, o distúrbio pode ser tratado com medicamentos e terapia. "Para indicar o tratamento, temos que identificar as possíveis causas, que variam. Podem ser biológicas, genéticas ou vindas do histórico de vida da pessoa", explica o psiquiatra e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, Maurício Viotti Daker.

Para o Daker, a compulsão geralmente está associada a outros distúrbios, como transtorno bipolar, esquizofrenia, depressão, transtorno obsessivo compulsivo (TOC).

"Os tratamentos costumam ter resultados, mas é preciso conhecer a história da pessoa para buscarmos as causas", conclui.

Dasa

O empresário H., que mora em uma cidade do Sul de Minas Gerais e pede para não ser identificado, faz questão de contar sua história para ajudar as pessoas que ainda não encontraram uma saída. Ele já foi a vários programas de TV e de rádio para relatar o seu caso, sempre sem se deixar identificar, e trabalha como voluntário fazendo palestras em presídios.

Para alcançar esse equilíbrio, faz parte do grupo Dependentes de Amor e Sexo Anônimos (Dasa) - www.slaa.org.br -, entidade fundada à semelhança dos Alcoólatras Anônimos e que funciona a partir dos mesmos princípios (entre eles, admitir que se tem o problema e assumir a responsabilidade de se tratar). "Há 13 anos estou nessa luta. Estou em recuperação. Assim como qualquer viciado, seja em droga, seja em bebida, ou outras coisas, tenho que ficar em constante alerta para não ter uma recaída. Por isso, participo do Dasa, grupo que nos ajuda a lidar com o assunto. Porque uma coisa é ir ao terapeuta e ele ouvir sua história, mas ele mesmo não ter vivido o problema. Outra coisa é você conversar com quem passa os mesmos problemas", diz o empresário.

H. relata que quando percebeu que era viciado em sexo, já estava muito envolvido com várias pessoas. "Casei umas dez vezes. Eu me relacionava com várias mulheres ao mesmo tempo e, se pudesse, fazia sexo todos os dias, várias vezes, com todas elas. Cheguei a ir ao Rio de Janeiro no mesmo final de semana para rever duas ex-namoradas e chorei para as duas, pedindo que elas voltassem. Eu sabia que estava mentindo, mas não conseguia me controlar. Mas hoje estou bem, estou casado há sete anos, me mantenho fiel e tenho três filhos", diz.

O empresário explica que, mais difícil do que o tratamento é a pessoa admitir que está doente. "O primeiro passo é se assumir doente. Quando consegui isso, eu me internei em uma clínica no interior de São Paulo. Depois dessa fase, comecei a participar do Dasa".

Mulher

Também sem querer ser identificada, a administradora A. conta a sua história, com muita tristeza na voz. Aos 30 anos, ela faz tratamentos com remédios para controlar a libido, já esteve nove meses internada na mesma clínica aonde H. se tratou e também faz parte do Dasa.

Sua compulsão sexual tem origem na infância. Ela foi estuprada aos 5 e aos 7 anos por dois homens diferentes. Ela nunca contou sua história a ninguém porque teve vergonha, e só aos 17 anos foi revelar os abusos em uma sessão de terapia. "Era um namorado atrás do outro, não conseguia ficar sozinha, me masturbava, às vezes fazia muito sexo. Só quando terminei a última relação, há dois anos, e entrei em crise de abstinência, vi que estava doente".


Teste De Dependência Do Amor e Sexo

As 40 perguntas abaixo lhe ajudarão a identificar possíveis SINTOMAS de dependência de amor e sexo. Contudo, não são um diagnóstico infalível. As respostas negativas não indicam ausência da doença. Além do que, os dependentes possuem condutas diferentes entre si, o que resulta em diferentes formas de respondê-las:

Você já tentou controlar quanto sexo faria, ou com que freqüência encontraria alguém?

Você se acha incapaz de deixar de ver uma pessoa específica, mesmo sabendo que encontrá-la é destrutivo para você?

Você sente que não quer que ninguém saiba das suas atividades sexuais ou amorosas? Você sente que precisa esconder essas atividades dos outros - amigos, família, colegas de trabalho, orientadores, etc?

Você se sente "alto" ao fazer sexo e/ou se envolver em Relacionamentos?

Você já fez sexo em momentos ou lugares inadequados, e/ou com pessoas inadequadas?

Você faz promessas, ou estabelece regras para si mesmo em relação a seu comportamento sexual ou amoroso, e que percebe que não pode cumprir?

Você fez ou faz sexo com alguém que não queria fazer?

Você acha que o sexo e/ou um relacionamento vai tornar sua vida tolerável?

Você já sentiu que TINHA que fazer sexo?

Você acha que alguém pode "consertar" você?

Você tem uma lista, escrita ou não, dos parceiros que teve?

Você se sente desesperado ou ansioso quando está longe de seu companheiro, ou parceiro, sexual?

Você perdeu a conta dos parceiros sexuais que teve?

Você se sente arrebatado pela necessidade de um parceiro de sexo ou futuro companheiro?

Você faz, ou fez, sexo apesar das conseqüências (o risco de ser pego ou de contrair herpes, gonorréia, Aids, etc.)?

Você acha que tem um padrão de repetir relacionamentos ruins?

Você sente que seu único, ou "principal", valor num relacionamento é seu desempenho sexual, ou habilidade para dar apoio emocional?

Você se sente como fantoche inanimado se não houver alguém com quem possa flertar? Você se sente que não está "realmente vivo" se não estiver com seu parceiro amoroso/sexual?

Você se sente com o "direito" de fazer sexo?

Você se encontra num relacionamento que não consegue Deixar?

Você já ameaçou sua estabilidade financeira, ou posição na sociedade, ao manter um parceiro sexual?

Você acha que os problemas da sua "vida amorosa" vêm de não ter a quantidade suficiente ou tipo certo de sexo? Ou de continuar se relacionando com a pessoa errada?

Você já teve um relacionamento sério ameaçado, ou rompido, por causa de atividades extraconjugal?

Você acha que a vida não teria sentido sem um relacionamento amoroso, ou sem sexo? Você sente que não teria identidade se não fosse amante de alguém?

Você se flagra flertando, ou sendo sedutor, com alguém mesmo quando não tenha essa intenção?

O seu comportamento sexual, e/ou amoroso, afeta sua reputação?

Você faz sexo, e/ou tem "relacionamentos", para lidar ou escapar dos problemas da vida?

Você se sente desconfortável em relação a sua masturbação por causa da freqüência, das fantasias relacionadas, dos acessórios que usa e/ou dos lugares em que pratica?

Você se envolve em prática de voyerismo, exibicionismo, etc, de formas que lhe trazem desconforto ou dor?

Você se percebe precisando se dedicar e variar cada vez mais suas atividades amorosas, ou sexuais, apenas para alcançar um nível "aceitável" de alívio físico e emocional?

Você precisa fazer sexo, ou se "apaixonar", para sentir um "verdadeiro homem" ou "uma verdadeira mulher"?

Você sente que seu comportamento amoroso e sexual é tão gratificante quanto empurrar uma porta giratória? Você está exausto?

Você está com dificuldade de se concentrar em outras áreas de sua vida por causa de pensamentos, ou sentimentos, relacionados a alguém, ou a sexo?

Você se sente obsessivo com determinada pessoa, ou atividade sexual específica, mesmo que esse pensamento lhe cause dor, ansiedade ou desconforto?

Você já desejou poder parar, ou controlar, suas atividades amorosas e sexuais por um determinado período de tempo? Já desejou ser menos dependente emocionalmente?

Você acha que a dor na sua vida só aumenta, não importa o que você faça? Tem medo que no fundo você não tenha valor?

Você sente que lhe falta dignidade e inteireza?

Você sente que sua vida amorosa/sexual afeta sua espiritualidade de forma negativa?

Você sente que sua vida está ingovernável por causa de seu comportamento sexual, e/ou amoroso, ou das suas excessivas necessidades dependentes?

Você já pensou que poderia fazer outras coisas na sua vida, se não fosse tão guiado pela busca sexual/amorosa?

Só por hoje

Diz para ti:


SÓ POR HOJE, vou concentrar‐me na minha recuperação, vivendo e gozando a vida sem ter de
usar drogas.

SÓ POR HOJE, terei confiança em alguém de NA que acredite em mim e queira ajudar‐me na
minha recuperação.

SÓ POR HOJE, terei um programa. Tentarei segui‐lo o melhor que puder.

SÓ POR HOJE, tentarei compreender melhor a minha vida através de NA.

SÓ POR HOJE, não terei medo. Pensarei nos meus novos amigos, pessoas que não estão a usar
drogas e que encontraram um novo modo de vida. Se eu seguir este caminho, não terei nada
a recear.

Quando viemos para o Programa de Narcóticos Anónimos, tomámos a decisão de entregar a
nossa vida aos cuidados de um Poder Superior. Esta entrega alivia o peso do passado e o medo
do futuro. Encontramos a dádiva do dia de hoje.

Aceitamos e gozamos a vida como ela é agora.

Quando recusamos aceitar a realidade do dia de hoje, estamos a negar a nossa fé no nosso Poder
Superior. Isso só nos trará mais sofrimento.

Aprendemos que o dia de hoje é uma dádiva sem quaisquer garantias. Tendo isto em mente, a
insignificância do passado e do futuro, bem como a importância dos nossos actos no dia de hoje,
tornam‐se reais para nós. Isso simplifica as nossas vidas.

Quando focamos os nossos pensamentos no dia de hoje, o pesadelo das drogas desaparece
atrás do nascer de uma nova realidade. Descobrimos que quando estamos preocupados
podemos confiar os nossos sentimentos a outro adicto em recuperação.

Ao partilharmos o nosso passado com outros adictos, descobrimos que não somos diferentes e que temos coisas em comum.

Falar com outros membros de NA, seja ao partilharmos com eles os acontecimentos e os
problemas do nosso dia, seja ao deixarmos que eles partilhem os deles conosco, é uma maneira
de o nosso Poder Superior actuar através de nós.

Não haverá nada a recear se durante o dia de hoje nos mantivermos limpos de drogas, perto
do nosso Poder Superior e dos nossos amigos de NA.

Deus perdoou‐nos os erros do passado, e o dia de amanhã ainda não chegou.

A meditação e um inventário pessoal irão ajudar‐nos a ganhar
serenidade e a percorrer o caminho do dia.

Guardamos alguns momentos da nossa rotina diária para agradecer a Deus, na forma em que O concebemos, por nos dar a capacidade para lidar com o dia.

“Só por hoje” aplica‐se a todas as áreas da nossa vida, não só à abstinência de drogas. Temos
de lidar diariamente com a realidade.

Muitos de nós sentimos que Deus não espera mais de nós senão que façamos hoje aquilo que pudermos fazer.

Praticar o programa, os Doze Passos de NA, deu‐nos uma nova perspectiva das nossas vidas.
Hoje já não precisamos de arranjar desculpas para aquilo que somos.

O nosso contato diário com um Poder Superior preenche aqueles espaços vazios dentro de nós que antes não conseguíamos preencher.

Sentimo‐nos bem ao viver o dia de hoje.

Com o nosso Poder Superior a guiar‐‐nos, perdemos o desejo de usar drogas.

A perfeição deixa de ser hoje um objetivo, pois sabemos que basta sentirmo‐nos bem com nós mesmos.

É bom lembrarmo‐nos de que qualquer adicto que consegue manter‐se limpo de drogas por
um dia é um milagre.

Ir a reuniões, praticar os Passos, meditar diariamente, falar com pessoas
que estejam no programa, são coisas que fazemos para nos mantermos espiritualmente
saudáveis.

Torna‐se possível viver uma vida responsável.

Podemos substituir a solidão e o medo pela confiança em NA e pela segurança de um novo
modo de vida.

Não mais precisamos de estar sós.

Em NA fizemos mais amizades verdadeiras do que alguma vez julgávamos possível.

A autopiedade e os ressentimentos são substituídos pela
tolerância e pela fé.

São‐nos dadas a liberdade, a serenidade e a felicidade que tão desesperadamente procurávamos.

Num só dia acontecem muitas coisas, coisas positivas e coisas negativas.

Se não dermos a nós mesmos a oportunidade de viver ambas, perderemos decerto algo que nos ajudará a crescer.

Os nossos princípios de vida irão guiar‐nos na recuperação sempre que os pusermos em prática.

Sabemos que é necessário continuar a fazê‐lo diariamente.

Egocentrismo

Durante minha adicção ativa era completamente egocêntrico, nada de anormal já que o ser mais importante era eu mesmo e para evidenciar isto fazia aquilo que fosse necessário. Hoje, em busca de recuperação, vivendo o só por hoje, ainda me pego muitas vezes caindo na armadilha do egocentrismo, muitas vezes esqueço que o mais importante é o recém chegado, esqueço da necessidade de servir, me deixo ser tomado pela minha preguiça e por vários outros defeitos de caráter.
Mas hoje, com a prática do 2º passo, e com minha sanidade gradativamente sendo devolvida, consigo perceber quando estou novamente caindo nesta armadilha.
Este programa é de natureza espiritual portanto meu Poder Superior me envia alertas de quando estou indo por um caminho errado e que pode ser sem volta. Só por hoje necessito estar atento aos alertas que meu Poder Superior me envia e me perceber sempre para não cair nas velhas armadilhas que minha doença espera pacientemente para me colocar.
Só por hoje ,,,,

Faxina D´alma ...

 



Vamos jogar fora tudo o que nos prende ao passado, ao mundo das coisas tristes: fotos, cartas, peças de roupas, papéis velhos, quadros...

Vamos jogar tudo fora, mas principalmente esvaziar nosso coração para recomeçarmos uma vida nova!

Recomeçar é dar uma nova chance a si mesma!

É renovar as esperanças na vida; é acreditar de novo!

Se sofremos muito neste período...foi aprendizado!

Se choramos muito...foi limpeza da alma!

Se sentirmos raiva das pessoas...foi para perdoá-las um dia!

Se acreditamos que tudo estava perdido...foi quando teve início nossa melhora!

Foi quando pedimos ajuda, admitimos nossa impotência, fizemos as pazes com DEUS e entregamos nossa vida aos Seus cuidados!

Chegou a hora de descobrirmos nossas deformidades emocionais através do 4º Passo. "Limpar a casa", fazer uma "FAXINA MENTAL".

Quantos anos vividos, simplesmente por viver?

Quantos erros cometidos tantas vezes e muitas vezes repetidos?

Quantas lágrimas sentidas e choradas quase sempre às escondidas para ninguém ver ou saber?

Quantas dúvidas deixadas no tempo para se resolver depois ou nunca resolver?

Quantas vezes fingimos alegria, sem o coração estar feliz?

Quantas noites embriagados, drogados...varamos na solidão?

Quantas frases foram ditas com palavras desgastadas pelo tempo?

Quantas vezes vivemos apenas para sobreviver?

É tempo de promovermos uma verdadeira faxina em nosso interior.

Procurar tirar de dentro de nós tudo o que nos causa incônodo: tristeza, mágoa, raiva, ciúme, inveja, é o mínimo que podemos fazer por nós mesmos.

Com esta limpeza, estaremos dando lugar para ali se alojar a alegria, a paz, a coragem, a vontade e o desejo de sermos felizes, pois sendo felizes, poderemos colaborar para a felicidade daqueles que amamos.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O mundo é do jeito que é ...

Interessante, por muito tempo me preocupei apenas comigo mesmo.

Sentia pelo outro, ficava triste mas passava, bastava eu tomar a primeira dose e imediatamente eu voltava para dentro de mim e a realidade cruel que eu vivia.

Hoje em busca de frustração, ainda me pego sim no meu egocentrismo, mas já consigo me preocupar com o próximo.

Muitas vezes me preocupo até demais e me frustro por não poder fazer nada.

Em alguns momentos me frustro por que não posso mudar o mundo, mas vamos lá né, já não tenho mais 18 anos e aquele furor de ir as ruas em prol de mudar seja lá o que for.

Tenho que me conformar que este tempo passou, hoje eu necessito apenas mudar a mim mesmo.

Mudanças estas que se não forem feitas, me levarão de volta para o inferno de onde vim e isto eu não posso permitir.

Só por hoje não vou me permitir ficar frustrado com o mundo.

O mundo é do jeito que é, e eu apenas posso mudar a mim mesmo.

Pensar indica ação?


Reflexão sobre o 1º Passo .

Na busca pela recuperação devo sempre me lembrar de que primeiro vêem as primeiras coisas.

Nesta linha de pensamento devo começar imediatamente a praticar e agir em cima do primeiro passo.

Não basta só admitir minha impotência perante minha adicção é necessário também que eu me renda, aceite que as coisas são como elas são e eu não tenho o poder de mudá-las.

Porém ainda nesta linha de pensamento preciso tomar algumas medidas diárias para me manter em recuperação, o primeiro passo deve ser praticado diariamente, não é sugerido que eu continue andando com as mesmas pessoas as quais eu usava drogas.

Por que manter dentro da minha casa coisas relacionadas como meu uso, só me trará sentimentos que talvez eu não esteja preparado para lidar.

Em recuperação começo a readquirir habilidade de lidar com meus próprios sentimentos, já que quando estava na ativa só conseguia anestesia-los.

Agora é hora de administrar a situação,

As crises irão surgir e eu necessito ter habilidades para lidar com elas.

Não é uma tarefa fácil mas com a prática diária, com treinamento conseguimos.

Afinal não estamos mais sozinhos, podemos contar com companheiros e devemos lembrar sempre que o poder superior se manisfesta nos meus iguais, portanto, nada mais óbvio que consultar meu padrinho, meus companheiros antes de tomar decisões em minha vida.

Ora se sou impotente, preciso de ajuda, se não peço ajuda é por que meu orgulho ainda fala mais alto, e orgulho é o pai de todos os outros defeitos de caráter.

Então a todo momento devo me lembrar que praticando o primeiro passo eu me rendo, se me rendo não preciso mais sofrer.

A dor é inevitável, mas o sofrimento hoje é opcional.

Para finalizar, o programa começa pelo pedido de ajuda, será que venho praticando este pedido em minha vida diária ??

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Desenvolva uma consciencia curativa

DESENVOLVA UMA CONSCIENCIA CURATIVA.

· Existe um único poder curativo. Ele recebe muitos nomes, como Deus, infinita presença curadora, amor divino, providencia divina, natureza, principio vital etc.

· Somos todos curadores por direito de nascença pela simples razão de que a presença curadora de Deus habita no interior de cada ser vivo e todos podemos entrar em contato com ele por meio de nossos pensamentos. A todos ele responde.

· Há três etapas no processo e cura. A primeira é não ter medo da condição que o aflige. A segunda é tomar ciência de que a condição é apenas o produto de um modo antigo de pensar, que não terá mais poder para continuar existindo. A terceira é exaltar mentalmente o milagroso poder curador de mais que está em nosso interior.

· Não adianta orar a mais pedindo para ser curado. Mais não responde petições, suplicas nem promessas. Ele reage à sua crença, sua convicção e seu entendimento.

· A cura espiritual é algo muito real, porque vem do poder milagroso que nos criou e que sabe como nos curar. Colocando em nossa mente as verdades de mais, perdoando a nós mesmos e a todos os outros com quem mantivemos contato, obteremos uma cura maravilhosa.

· Volte sua mente para Deus e seu amor. Saiba e sinta que existe um único poder, uma única presença curadora. Perceba que a harmonia, a beleza e o amor de Deus se manifestam em você como força, resistência, paz e vitalidade. Focalize sua atenção no amor de Deus e o órgão doente será curado pela luz desse amor. Deus, que vive no seu interior, o está curando aqui e agora.

· A crença é um pensamento de sua mente que faz com que o poder do subconsciente seja distribuído em todas as fases sem de sua vida. Não importa se sua crença é falsa ou verdadeira. Ela sempre produzirá resultados.

A família contra as Drogas

A MISSÃO DA FAMÍLIA CONTRA O USO DE DROGAS.

No início dos anos 90, o crack chegava com virulência atacando nossa juventude e matando-os sem dó.
A nova droga que parece ter vindo para ficar, colecionava, como ocorre ainda hoje, centenas de adolescentes, os quais sem conhecerem o altíssimo poder das “pedras”, de gerar rápida e grave dependência, caiam vitimados, pela promessa do falso prazer. Caiam em um submundo repleto de mortes, prisões, suicídios, prostituição. Se tonavam jovens castigados por uma ansiedade fora de controle, com movimentos corporais agitados, olhos assustadiços e expressivamente magros, em alguns casos, ficavam com os ossos da face em evidência. Negavam-se a receber ajuda, quer de centros de tratamento, profissionais da área ou grupos de ajuda mútua. Seu fim invariavelmente era o único caminho a que leva as drogas: a morte. A sociedade simplesmente o tratava de marginal, drogado, maconheiro etc. e não se importava nem um pouco com o destino do adicto.
Hoje, o usuário de drogas é visto como um enfêrmo, portanto, necessitado de tratamento médico, psicológico e espiritual especializados, por pior que seja seu comportamento sócio-familiar.
A nova lei penal, a partir do ano passado, não mais impõe pena de prisão ao dependente químico, e sim o obriga ao tratamento, além de prestar serviços sociais à comunidade.
Os avanços da neurociência permitem identificar problemas bioquímicos que contribuem e muito, para levar o indivíduo portador de imperceptíveis transtornos neurológicos à severa dependência do álcool (droga lícita) sem terem esses dependentes, nenhuma doença mental. No máximo, são portadores de “desconforto mental” que os leva ao uso, para “acalmar” ou “se sentirem bem.”
Alguns psicanalistas chegam a afirmar que “vivemos uma cultura tóxica”, porque nos inclinamos à dependência de alguma coisa para atenuar nossas ansiedades, que poderá ser a comida, álcool, tabaco, sexo, medicamentos e agora a internet etc.
Outro ponto relevante é a educação, no sentido de transmitir valores éticos-morais. Tradicionalmente, a família e as religiões cuidavam de educar as crianças e adolescentes. Hoje os pais têm transferido essa tarefa para a escola, que na verdade, tem o papel de intelectualizar o aluno. Esquecendo assim, de que o lar é o melhor educandário, porque sua lições são vivas e impressionáveis, carregadas de emoção e força. Os modelos devem ser silenciosos, falando mais pelos exemplos, pelas alegrias de viver, pelos valores comprovados, ao invés das palavras sonoras, cujas práticas demonstram o contrário.
Segundo o último relatório anual da ONU, o consumo de drogas ilícitas no Brasil estabilizou, com ligeira redução da maconha. Todavia, o consumo de bebidas alcoólicas registra crescimento. As pesquisas da UFESP apontam que 12,5% dos adolescentes matriculados nas escolas públicas bebem com freqüência, o que significa “um em cada cinco alunos” faz uso do álcool. Esses indicadores revelam ainda que, em relação ao álcool e ao tabaco, as meninas superam os meninos no seu uso.
Quanto à mudança dessa cultura suicida, o processo histórico nos indica que as alterações sócio-culturais costumam ocorrer somente depois de espalhar dores cruéis no organismo social.
O toxicômano não se importa em se livrar do desejo de usar drogas, ele deseja apenas “fazer calar a sua dor.”
Tanto o usuário eventual, como o dependente químico, sente na própria carne, o quanto as drogas são perigosas, mas está enredado num processo psicótico e obsessivo.
O dependente químico desenvolve uma relação psicótica com os entorpecentes, ao deixar que as drogas se transformem no centro de suas preocupações. Por outro lado, o “tempo” do usuário é diferente do nosso, pois está “contaminado de velocidade” e porque perdeu a capacidade de esperar. Paradoxalmente, não tem capacidade de agir e apenas é levado pelas circunstâncias interiores e exteriores comparando-se a um zumbi. Os níveis de ansiedade são tão altos que vive a cada dia, como se fosse o último. Movidos pela “hipnose” das drogas, o dependente químico fica furioso quando os pais se negam a lhe dar dinheiro para a compra das drogas. Quando, então, é capaz de “removê-los” da frente, como se fossem meros obstáculos ao seu insano prazer, podendo feri-los ou mesmo matá-los.
A vontade de ajudar um adicto a sair da situação degradante na qual se encontra, é enorme por parte de algumas pessoas, bem-intencionadas. Porém, é necessário algumas cautelas. Posto que é alguém que está sempre buscando comover as pessoas, para tentar facilitar o uso de drogas. Na maioria dos casos, o dependente químico procura ajuda, para se aperfeiçoar em sua droga adição e muitos acreditam que podem descobrir um jeitinho de usar drogas sem pagar o preço das seqüelas físicas, psicológicas, mentais, morais e sociais.
Desse modo, em razão da complexidade do problema, o seu enfrentamento não admite amadorismos. Exige um somatório de paciência e amor, estudos sobre a personalidade humana e estrutura psicológica do adicto, sobretudo cautela e energia, para não se deixar fazer parte do jogo manipulador, tão próprio dessa enfermidade.
Uma das maiores causa do uso de drogas atualmente é o egoísmo. Ele se traduz numa conduta humana, capaz de lançar a maior onda de indiferença sobre as pessoas e por isso se isolam, nos campos da competitividade, gerando medo uns dos outros. Esse isolamento impõe severa solidão, às vezes, começa dentro do próprio lar, onde vivemos acossados para atender às necessidades que nós criamos. Demoramos a perceber que nossos filhos têm sentimentos próprios e que não são projeções de nós mesmos. O silêncio prolongado, sem longas horas de internet, aporta do quarto fechada, a ciranda de festas ruidosas, “falam” dessa solidão, não de pessoas, mas de afeto e diálogo. Por isso, cabe aos pais adentrar no mundo interno do filho, para sentar no chão de sua intimidade e ali conversar com ele, para tentar descobrir as dores da sua alma.
O egoísmo também está presente no adicto ao eleger o caminho das drogas. Para busca de um prazer, ignora os afetos mais caros, rompendo seus vínculos familiares e destroi-se tudo pela tentativa de fazer calar seus conflitos. Somente mais tarde vem a descobrir que perdeu a liberdade. Por certo não podemos perder de vista que se a dependência tem por base os conflitos emocionais, outros fatores não menos relevantes devem ser considerados como os defeitos de caráter (abordados nas literaturas de Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos).
A importância da família na formação do ser é indiscutível. Não se vence a dependência de drogas sem sua efetiva e afetiva participação. Quando um de seus membros cai na dependência química, é sinal que o grupo familiar está enfêrmo. Pelo que, a família precisa participar da terapia, pela descoberta de que alguém está usando drogas. Sendo comum a instalação de um “tribunal familiar” para a apuração dos culpados e a condenação de quem caiu. O que o usuário menos precisa é de reprovação, posto que é portador de baixa-estima. A compreensão dos pais e outros familiares, lhe surgirá como grande alívio e estímulo para “aceitar” o tratamento. Tendo em vista que a primeira reação do dependente químico é a de não reconhecer o seu problema, valendo-se dos chavões “não sou viciado, paro quando quero.” A melhor atitude da família é não se escandalizar e adotar a postura de quem vai efetivamente ajudá-lo. Somente estabelecendo um clima de confiança se poderá saber até onde e com quem o dependente químico está envolvido. Esta é a maneira mais adequada de se saber qual droga está sendo consumida, o grau de sua dependência e outros riscos.
A espiritualidade, de forma ecumênica e voltada ao evangelho, é capaz de desenvolver um elo emocional com as lições e seu conteúdo ético-moral. Pouco a pouco, o dependente químico sente o despertar de uma nova consciência, que o leva para uma realidade até então desconhecida. As drogas fazem uma “blindagem emocional” do ser, como se congelassem seus sentimentos e a mensagem do Evangelho pulveriza esse bloqueio, abrindo novas e ricas possibilidades para proporcionar uma vida sem drogas, de onde poderá emergir o homem integral.
Abandonar o consumo de drogas implica na “transformação cultural”, significa também uma ”reforma íntima”. O processo de reabilitação não é simples e nem breve. Na verdade, é marcado por muitas fases, escritas com dolorosas lágrimas e rudes sofrimentos. Razão pela qual, a prevenção é o melhor caminho.
A prevenção na família equivaleria a preencher os seus vazios emocionais, que muitas vezes não são detectados a tempo. Evitar o consumo, ainda que eventual, de bebidas alcoólicas em casa, porque não sabemos se um membro de nossa família traz as tendências para esse vício. “Faça o que eu digo e não o que faço” é o pior dos exemplos. Acompanhar de perto os pensamentos e atitudes de um membro da família, pode ajudar a detectar a adicção antes mesmo que ele venha a ocorrer. A ONU recomenda em seu programa antidrogas, que devemos garantir um ambiente saudável à família, onde os filhos têm a liberdade de expressarem o que sentem, para que sejam melhor compreendidos.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Análise Científica da Adicção

Análise Científica da Adicção

A Organização mundial de saúde descreve o vicio de entorpecentes como um estado de intoxicação periódica ou crônica, detrimental para o indivíduo e a sociedade, produzido pelo consumo repetido de uma droga e caracterizado por um desejo ou necessidade indomável de tomar a droga, por uma tendência a aumentar a dose e por dependência psíquica, e algumas vezes física, dos efeitos da droga. A legislação dos Estados Unidos especifica as drogas viciantes como o ópio e seus derivados (como morfina, codeína, heroína e demerol), cocaína e marijuana. O ópio e seus derivados são narcóticos. A lista oficial é naturalmente arbitrária. Pois muitas outras substâncias podem ser viciantes, inclusive os barbitúricos, anfetaminas, extase, crack e o lícito álcool além, de uma série de outras desenvolvidas dia a dia, inclusive alcalóides (cafeína).
Um viciado que tenha desenvolvido a tolerância a determinado tipo de droga, pode tomar doses muito mais elevadas que uma pessoa que nunca tenha experimentado aquele determinado tipo.
Fisiologicamente, entretanto, não é normal. O indivíduo apesar dessa tolerância, passa a depender fisicamente da substância. Uma vez que isso estabelece, o viciado precisa receber continuamente a droga para que seu corpo funcione “normalmente”. Privado da substância, o viciado desenvolve uma “síndrome de abstinência”: Boceja, seu olhos e nariz gotejam continuamente, sua pele fica arrepiada, ele tem tremores, repuxões musculares, agitação, arrepios de frio e calor, febre, náuseas, vômitos, diarréia. Está gravemente enfêrmo, e tudo por falta da droga, pela qual ele suplica intensamente. Uma ingestão da droga alivia imediatamente seus sintomas”.
- O vício humano deve ser encarado como uma doença tanto física como mental e uma compreensão de seu mecanismo e tratamento só poderá surgir de pesquisas não só de farmacologistas, mas também de médicos, psiquiatras e cientistas sociais.
Os sêres humanos têm duas poderosas necessidades que são mutuamente antagônicas: manter as coisas constantes e Ter coisas novas acontecendo. Queremos sentir-nos seguros, mas ao mesmo tempo gostamos de ser surpreendidos. O excesso de previsão pode levar à ansiedade. Estabelecer um equilíbrio entre a continuidade e as modificações é tarefa que todos os organismos, individuais e sociais, humanos e não humanos, devem enfrentar.
Manter as coisas previsíveis e consideradas é geralmente uma das funções do ego. Quando uma pessoa percebe com acuidade, pensa com clareza, planeja com sabedoria e age com propriedade – e reprime os pensamentos e as emoções mal-adaptativos, dizemos que seu ego é forte. Mas o ego forte é também inventivo, aberto às muitas percepções que, de início, podem ser desorganizadores. Pesquisas sobre traços de personalidade de indivíduos altamente criativos revelaram que eles são particularmente alertas ao desafio do contraditório e do imprevisível e que podem mesmo admirar o irracional em sua própria composição, como uma fonte de novas e inesperadas compreensões. De fato, através de toda história conhecida e em todas as partes do mundo, os homens têm percorrido longas distâncias para procurar pelo imprevisível, rompendo o funcionamento do ego. Uma mudança de cena, uma mudança de coração, uma mudança de mente: eis as prescrições populares para se sair da rotina.
Entre os meios comuns de mudar de “mente”, é preciso considerar o uso de substâncias intoxicantes.
O álcool está entre as preferidas, para esse propósito, tanto nas grandes potências quanto em boa parte do mundo. Consumido com moderação e em quantidades razoáveis, ele pode servir simultaneamente como agente de euforia e de tranqüilidade, antes de finalmente embotar as faculdades e fazer dormir. Em certos indivíduos, ele pode dissipar inibições sexuais, dissolver o medo e a ansiedade, ou estimular a meditação sobre o significado da vida. A despeito de seu alto custo para a saúde do indivíduo e da sociedade, quando usado sem moderação, o álcool mantém seu posto de primeiro lugar entre as substâncias usadas pela humanidade para modificar a experiência mental. Seus rivais, mais próximos, na popularidade são o ópio e derivados, alucinógenos e várias preparações vegetais, como o haxixe, maconha e marijuana.
Podemos dizer que tanto no caso do álcool ou de qualquer outra droga, os efeitos variam muito, dependendo de quando é tomada, onde, na presença de quem, em que dose, e – talvez mais importante de tudo – por quem.
“O álcool, além de sua propriedade viciante, possui também um efeito psicológico que modifica o pensamento e o raciocínio o que ocorro também como outras drogas. Uma só dose pode mudar o processo mental de um viciado, de modo que ele acha que pode agüentar outra, outra e outra...
O viciado pode aprender a controlar inteiramente a sua doença, mas a enfermidade não pode ser curada de modo que ele possa voltar as drogas sem conseqüências adversas.”
Cientificamente, só pode falar em vício em relação a uma substância quando ela causa dependência física, coisa muito diferente de um mero hábito ou de satisfazer-se uma necessidade emocional. O viciado depende da droga, da mesma maneira que um homem normal depende de alimentos. Se alguém deixar de alimentar-se, adoece. Se um viciado deixar de receber a droga, fica igualmente doente, e não se trata de uma doença imaginária ou psicológica, mas de uma realidade físico-química. Depois que uma certa quantidade de drogas tiver circulado no corpo por algum tempo, ela realmente modifica a química do organismo de tal forma que o funcionamento normal torna-se impossível, a menos que a droga esteja presente.
Os motivos que levam ao uso de drogas são tão diversos quanto as contingências e personalidades humanas, e vão desde o caso dos índios dos Andes, que mascam folhas de coca para aliviar a fome e o cansaço, até o de pessoas de nível social alto, que buscam, com a droga, fugir de seus problemas pessoais.
Estudos recentes têm procurado relacionar o vício em diferentes drogas com certas características culturais. Nos Estados Unidos, os viciados que vivem em cortiços constituem a maioria dos que recorrem ao crack, enquanto os marginais, estudantes ou artistas, usam mais a maconha e a cocaína. Os veteranos de guerra do Vietnã são, com freqüência, viciados nos vários entorpecentes. Nas grandes cidades é comum o uso de calmantes e estimulantes. Na Suécia, está difundindo-se, entre os jovens, o vício de tomar injeções intravenosas de anfetaminas; mas, como todas as outras modas, a popularidade de uma droga é efêmera.
Uma vez estabelecida a dependência física de uma droga, o indivíduo continuará a ingeri-la, para evitar os terríveis sofrimentos físicos decorrentes da falta da droga no organismo, ou seja, a síndrome de abstinência.
O poder viciante das drogas é, entretanto, tão grande que, embora o uso em medicina justifique sua fabricação, é imprescindível que sua venda seja rigorosamente controlada. Ainda assim, a propagação do vício não se extingue porque, dada a dificuldade de obtenção das drogas (a exceção do álcool), seu tráfico ilegal é sustentado por altos lucros, fáceis de obter e que chegam fáceis aos mil e quinhentos por cento.
Isto dá bem uma idéia dos interesses financeiros em jogo e das dificuldades que cercam a batalha contra o vício.
O viciado em qualquer droga (lícita ou não) é considerado como um doente, que deve ser tratado.
O vício é considerado como doença física, psíquica e mental de caráter progressivo e fatal. Porém, a prática de encerrar o viciado numa cela e deixá-lo sem assistência, sofrendo os terríveis efeitos da síndrome de abstinência e o padecimento psicológico resultante da impossibilidade de satisfazer o desejo incontrolável de obter a droga, é tão cruel quanto ineficaz. Existem, hoje, medicamentes que aliviam os sintomas decorrentes da ausência da droga e dão oportunidade a que se faça, concomitantemente, um tratamento psicológico que leva o indivíduo a reintegrar-se na sociedade.
Entretanto, freqüentemente, o viciado comete atos criminosos, na ânsia de obter recursos para adquirir a droga. É por causa deste aspecto que o problema cai também no âmbito policial. O vício é propagado principalmente pelos próprios traficante, que procuram ganhar a confiança de pessoas imaturas ou desajustadas para induzi-las ao uso da droga. O passo seguinte é usar o novo viciado para, por sua vez, conquistar novos adeptos, sob pena de não receber sua quota de droga. Com a arma da chantagem, estende-se assim a rede de distribuidores.

O problema, portanto, tem de ser abordado de dois ângulos: tratamento dos que são viciados e esforços para impedir a propagação do vício.

QUE TIPOS DE DROGA EXISTEM ?


I – Entorpecentes
(tranqüilizadores, anestésicos, soníferos)

A – Naturais (opiáceos e álcool)
B – Artificiais (barbitúricos e sedativos)

II – Estimulantes

A – Naturais (cocaína – cafeína)
B – Artificiais (anfetaminas)

III – Alucinógenos

A – Naturais (maconha, haxixe)
B – Artificiais (LSD)

IV – Fumo

Obs.: Os tipos estão bastante reduzidos e servem apenas para dar uma idéia.


A SEGUIR OS EFEITOS DE ALGUNS DELES:

CAFÉ:

O café contém, em pequena dose, um alcalóide bem conhecido: a cafeína, substância amplamente usada como estimulante.
Em doses muito elevadas, a cafeína pode produzir intoxicação que se caracteriza por palpitações, taquicardia, insônia, náusea, vômitos, cefaléia e, até mesmo, delírio. Entretanto, nunca foram relatados casos fatais por excesso de café ou cafeína em sêres humanos, embora tenham-se verificado doses letais em animais de laboratório.
Em pessoas especialmente sensíveis, o café pode provocar acidez gástrica excessiva, irritabilidade e aumento da atividade cardíaca.
Quando, no século XVI, o café começou a popularizar-se no leste, suscitou reações contrárias a seu uso; chegou-se mesmo a proibir a venda e a queimar estoques de café. No Egito, nessa época, a pena para quem tinha bebido café era ser exibido pela cidade, montado num burrico; seu uso foi declarado contrário ao espírito do Alcorão. Minha com tudo isso, o hábito de tomar café espalhou-se rapidamente e, por fim, as leis contra ele foram abolidas. De fato, pouco mais tarde, a situação chegou ao extremo oposto: na Turquia, um dos motivos legalmente aceitos justificar um divórcio era o fato de o marido recusar-se a dar café à mulher.
Atualmente, o café é consumido por cerca de um terço da população do mundo. Na quantidade em que é normalmente tomado, funciona como diurético suave e estimulante o sistema nervoso central e o coração.
Café ou cafeína costumam ser receitados para tratamento de doenças cardíacas, retenção de líqüidos, asma crônica e envenenamento por barbitúricos.


MORFINA:

A morfina é o principal alcalóide do ópio. É um narcótico, nome dado a qualquer substâncias que produz sono e, ao mesmo tempo, alivia a dor. Os narcóticos são derivados do ópio (como a mofina, heroína, codeína) ou sintetizadas no laboratório (dilaudid, demerol, dolophine). Como todos eles têm efeitos bastantes semelhantes, a intoxicação e vício que produzem podem ser exemplificados pela morfina.
O próprio ópio, que contém 10% de morfina e é preparado a partir da seiva da cápsula (fruto) da papoula, é geralmente fumado ou ingerido. A morfina e certos derivados, como a codeína, a heroína e alguns analgésicos sintéticos, geralmente são injetados, minha podem também ser tomados oralmente. A heroína é freqüentemente aspirada ou fuma.
O poder analgésico da morfina é muito superior ao das outras drogas, minha, em medicina, ela só é usada em caso de dores de extrema intensidade, como as do câncer ou das cólicas renais, porque induz muito facilmente ao vício.
Além de sua atividade analgésica e da euforia que provoca, a morfina produz efeitos indesejáveis, nos sistemas respiratório, circulatório e digestivo. Com repetições da dose, tão os efeitos agradáveis como os desagradáveis diminuem em duração e intensidade. Quando se estabelece a tolerância, diminui a produção de certos hormônios, e com isto o viciado tende a perder o interesse sexual; desenvolve-se impotência no homem e ausência de menstruação nas mulheres. Procurando reencontrar a euforia, o viciado faz tudo para aumentar a dose cada vez mais, com sucesso apenas parcial e transitório.
Como resultado da dependência criada, surgem os sintomas decorrentes da abstinência de morfina, que começam de doze a dezesseis horas depois da última dose: agitação, ansiedade, bocejos, secreção dos olhos e nariz, dilatação das pupilas, sudorese e arrepios. Durante os dois ou três dias seguintes, agravam-se os sintomas: insônia, agitação, perda de peso, cãimbras abdominais, extremamente dolorosas, vômitos, diarréia, aumento da pressão sangüínea.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE MORFINA E HEROÍNA ?

A heroína não entra na composição do ópio, mas é produzida a partir de uma transformação química da morfina. É ainda mais viciante que a morfina, e por este motivo é a droga preferida pelos traficantes: para conseguir o dinheiro e comprá-la, o viciado submete-se a qualquer exigência.
A heroína consegue seus adeptos pela sensação de fuga e euforia que provoca. Mas, após curto período de uso, o viciado mergulha em uma situação desesperadora, porque a heroína, ao contrário de outras drogas, parece atual especificamente sobre certas células nervosas, que deixam de funcionar bem a menos que a droga esteja presente no organismo. A supressão da droga provoca um desequilíbrio bioquímico no cérebro, cujos efeitos são semelhantes aos das psicoses (loucuras) mais graves.

OS PERIGOS DA COCAÍNA:

Em decorrência da dependência física, qualquer viciado pode tornar-se violento para conseguir uma dose de droga e livrar-se dos sofrimentos da síndrome de abstinência. Assim, na maioria dos caos, o sujeito torna-se violento, por uma influência indireta da droga.
Este quadro, porém, não é o caso da cocaína, que induz diretamente o indivíduo à violência. A ela se deve a imagem do viciado como sujeito agressivo, pronto acometer um crime a qualquer provocação. Embora não produza dependência física, a cocaína condiciona rapidamente intensa dependência psíquica, pois a euforia que provoca é imediatamente seguida por profunda depressão, que só é aliviada por nova dose. A cocaína provoca dilatação das pupilas, aceleração do pulso, redução do cansaço, euforia, insônia, alucinações. Tomada por boca produz anestesia local da mucosa do estômago, de modo que não atenua a fome e a sede.
Geralmente o viciado inala a cocaína como rapé, para que ela seja absorvida pela mucosa que reveste as fossas nasais. Sob sua influência, o sujeito fica agitado e excitado, com uma sensação eufórica de grande poder físico e mental. Os viciados em cocaína são medrosos e, freqüentemente, acreditam que estão sendo perseguidos. Para se defender, andam muitas vezes armados e, sob a influência de suas alucinações, freqüentemente se tornam assassinos.

BARBITÚRICOS; SEDATIVOS E ANFETAMINAS:

Até há pouco tempo atrás, o único tratamento que se fazia com os doentes mente era a base de choques (elétricos ou de insulina) que, por um mecanismo que nunca foi completamente esclarecido, são capazes de debelar uma crise de loucura, fazendo o doente voltar a um estado relativamente normal. Recentemente, porém, foram descobertos vários medicamentos que. Agindo sobre o sistema nervoso, não só interrompem as crises, como também são capazes de manter o comportamento do sujeito sob controle, de modo a evitar futuras crises. Como é sabido, alguns deles têm efeitos tranqüilizantes (barbitúricos e sedativos) e outros, estimulantes (anfetaminas). Os barbitúricos são compostos sintéticos extremamente valiosos por sua ação sobre os centros superiores do cérebro. Induzem um sono muito semelhante ao natural, pelo que são usados como anestésicos e são também empregados numa técnica de psicanálise denominada narcoanálise.
O uso de barbitúricos geralmente se inicia sob prescrição médica, para combater ansiedade e insônia. O indivíduo pode desenvolver tolerância e passa a necessitar de doses crescentes da droga. Aparecem, então, sintomas como embotamento mental, descoordenação motora, dificuldades de fala e irritabilidade. A privação abrupta dessas drogas é seguida, de vinte e quatro horas, de agitação, insônia, sudorese, tremores e até de convulsões e delírios. A eliminação segura da dependência só se consegue com uma diminuição gradativa da dose.
As anfetaminas são compostos sintéticos, receitados principalmente para antagonizar a sonolência provocada pelos barbitúricos, pois ela têm, sobre o sistema nervoso central, um efeito exatamente oposto ao dos barbitúricos: é um estimulante cerebral que provoca uma sensação de euforia, além de diminuir o cansaço físico ou intelectual.
O poder de aumentar a resistência física tornou a droga popular entre os que, pela natureza de seu trabalho, estão continuamente sujeitos à estafa, como choferes de caminhão, jogadores de futebol e estudantes em época de provas. As anfetaminas também provocam insônia, descoordenação motora, ansiedade, tremores, impotência sexual e perda do apetite. Esta última característica tem levado a uma ampla prescrição das anfetaminas nos regimes para emagrecimento, mas este efeito perde-se após algumas semanas de uso, de modo que não são indicadas para tratamentos por mais de doze semanas.
Passado o efeito de uma dose de anfetamina, surgem sensações desagradáveis de torpor, decorrentes da dependência, que induzem o viciado a tomas nova dose.

LSD =

Em 1943, um químico alemão, trabalhando num laboratório Suíço, estava empenhado em sintetizar os derivados de uma substância, o ácido lisérgico (LSD), que tinha a propriedade de impedir sangramento excessivo após o parto. Um dia, teve de interromper o trabalho por causa de estranhos sintomas de tipo alucinatório. Associou, logo, esses sintomas ao ácido lisérgico e descobriu que doses mínimas dessa droga eram suficientes para modificar a percepção visual e provocar os mais curiosos cruzamentos entre dois sentidos: as imagens são ouvidas, sons adquirem forma e cor. O sentido do tempo também pode alterar-se. O tipo de alucinação depende da personalidade do sujeito que toma a droga, do seu estado de espírito no momento e da motivação que levou a tomá-la.
Embora não forme dependência fisiológica, o LSD pode desenvolver a necessidade psicológica de experimentar novamente aquelas estranhas sensações. Os que constantemente usam a droga, acabam em estado de confusão mental.

MACONHA:

A maconha é obtida da canabis sativa, planta cujos ramos superiores produzem uma resina que contém o principio ativo da droga. Quando se utiliza apenas a resina, raspada do topo das plantas, obtém-se o haxixe, que é muito mais potente do que a maconha propriamente dita, a qual é feita usando-se, de mistura com a resina, as partes superiores da planta.
A maconha pode ser fumada ou ingerida. Age sobre o sistema nervoso central e seus efeitos duram de duas a quatro horas, quando fumada, e cinco a doze horas, se ingerida. Existem muitas indicações de que a maconha não é viciante: a interrupção do uso não produz síndrome de abstinência nem o sujeito precisa ir aumentando a dosagem para obter o mesmo efeito. Entretanto, em algumas pessoas, a experiência acaba por induzir uma dependência psicológica.
A intoxicação produz ligeiras alucinações, aumenta a sensibilidade aos estímulos externos e distorce o sentido do tempo, embora se mantenha certo grau de objetividade, de modo que fumantes experientes podem comportar-se em público de maneira sóbria, mesmo quando intoxicados. Em grandes doses, altera-se a firmeza da mão, o equilíbrio do corpo e o tempo de reação a estímulos complexos.
A maconha tem, por outro lado, a capacidade de acentuar o estado de espírito em que o sujeito se encontra; assim, a experiência pode tornar-se desagradável ou, mesmo, perigosa, se o indivíduo estiver deprimido ou ansioso. Essas reações de pânico podem surgir após um único cigarro e levam várias horas para dissipar-se.
Em alguns raros casos, um único cigarro foi também suficiente para desenvolver intoxicação aguda, caracterizada por excitação, confusão mental. Desorientação, alucinações visuais, que podia permanecer por vários dias, acompanhada por ansiedade, reações histéricas, pânico e depressão.
De um modo geral, o efeito de um cigarro de maconha é equivalente ao de duas ou três doses de uísque.

O ÁLCOOL:

Dentre as drogas que afetam a mente e as emoções, o álcool é a mais antiga: o homem do período neolítico certamente o conhecia, e há indicações de que ele já era conhecido no paleolítico. O suco de qualquer fruta ou de caules que contenha açúcar, se deixado ao ar, sofre um processo conhecido como fermentação. Isso deve-se a ação de certos fermentos que transformam as moléculas de açúcar em álcool. Algumas bebidas são preparadas, ainda hoje, por esse processo (vinho, cerveja, por exemplo), enquanto outras, como o uísque ou a pinga, exigem uma elaboração posterior à fermentação, que consiste na destilação. Essas últimas bebidas são, geralmente de teor alcoólico mais elevado.
O álcool é um depressor do sistema nervoso central amortece o cérebro, agindo principalmente sobre o córtex; afeta, em primeiro lugar, o juízo, a autocrítica e diminui as inibições. por este motivo, é erroneamente considerado como estimulante. O sujeito torna-se gradualmente menos alerta, mais confuso e a coordenação motora fica muito prejudicada, donde o grande perigo de dirigir embriagado.
Só podem ser considerados como alcoólatras os indivíduos que desenvolvem um alto grau de dependência e tolerância. A maioria dos bebedores é capaz de controlar-se e desistir do álcool quando o desejar, e não pode ser classificada como alcoólatra.
Beber, com moderação, é um hábito socialmente aceito e encorajado. Na nossa sociedade, o indivíduo totalmente abstêmio chega a ficar um pouco marginalizado. A propaganda encarrega-se de difundir a idéia de que beber é um hábito elegante, adulto e inofensivo.
Na maioria dos casos, o alcoolismo é um distúrbio de conduta, na qual o indivíduo que aprendeu a beber socialmente passa a depender do álcool. Em função de certos fatores biológicos ainda mal esclarecidos, alguns sentem mais depressa os efeitos nocivos do álcool e reduzem seu uso. Em outros casos, a embriagues é bem tolerada, de modo que o indivíduo não vê motivos para evitar a bebida. Mais tarde, manifesta-se um estado de irresponsabilidade que caracteriza o embotamento do sistema nervoso central por intoxicação. Esse estado de espírito torna-se desejável como uma fuga ante problemas que o indivíduo não pode resolver, inclusive os decorrentes do próprio alcoolismo. Na última fase, a necessidade do álcool passa a ser um fenômeno orgânico.
A digestão do álcool produz a liberação de uma certa quantidade de calorias, o que levou a afirmativa de que o álcool é um alimento. Na verdade, o que se procura no alimento não são apenas calorias; são também as vitaminas e as proteínas, matéria-prima para a reconstrução e manutenção dos tecidos. O alcoólatra, entretanto, passa a dispensar a comida, pois o álcool lhe dá a impressão de suprir todas as suas necessidades nutricionais. Em conseqüência, ao lado do alcoolismo, encontramos quadros carenciais gravíssimos, como a falta de vitamina “B”, que pode levar a uma degeneração irreversível dos nervos. A condição mais conhecida é o delirium tremens, em que o paciente tem alucinações terríveis.
Como o metabolismo do álcool se faz principalmente no fígado, este órgão pode sofrer lesões permanentes. Uma das principais causas de morte dos alcoólatras é a cirrose hepática, em que o fígado fica seriamente danificado.
Há relatos constantes de amnésia alcoólica (apagamento) e não raras, convulsões.
Sem dúvida, o alcoólatra precisa de ajuda. Organizações como a dos Alcoólatras Anônimos têm conseguido bons resultados no tratamento e reintegração de viciados, principalmente por considerar o alcoolismo como uma manifestação secundária de uma personalidade doente, procurando eliminar as causas do desequilíbrio sem atacar diretamente a dependência ao álcool.
Atualmente existem medicamentos que, tomados em associação com o álcool, interferem nos processos de combustão deste e produzem reações violentas e desagradáveis, como náusea, vômitos e cólicas intensas. A linha terapêutica que tem dado os melhores resultados associa a administração desses remédios a 1tipo de psicoterapia em que os sintomas violentos são suavizados pela ação de calmantes, ao mesmo tempo em que se estabelece um condicionamento entre a ingestão do álcool e a manifestação de sintomas desagradáveis.
Muitos psiquiatras e psicólogos, que administram alucinógenos como terapia, garantem benefícios no tratamento de psiconeuroses, alcoolismo e delinqüência social. Os estudos publicados são difíceis de avaliar porque quase nenhum empregou grupos de controle.
Um resumo da estatística disponível sobre o tratamento do alcoolismo realmente indica que cêrca de 50% dos pacientes tratados com uma combinação de psicoterapia e LSD abstiveram-se do álcool pelo menos um ano, em comparação com 30% dos pacientes tratados apenas pela psicoterapia.

( LEGISLAÇÃO SOBRE O USO DE DROGAS)

Nos aspectos legais (salvo atualizações recentes), foi sancionada, em alguns tópicos, da seguinte maneira:

Capítulo I
DA PREVENÇÃO:

Artigo I – É dever de toda pessoa física ou jurídica colaborar no combate ao tráfico e uso de substâncias entorpecentes ou que determinem dependências física ou psíquica.
Par. Único – As pessoas jurídicas que não prestarem, quando solicitadas, a colaboração nos planos e programas do Governo Federal de combate ao tráfico e uso de drogas perderão, a juízo do Poder Executivo, auxílios e subvenções que venham recebendo da União, dos Estados, do Distrito Federal, Territórios e Municípios, bem como de suas autarquias, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e Fundações.

Artigo II – A União poderá celebrar convênio com os Estados e os Municípios, visando à prevenção e repressão do tráfico e uso de substâncias entorpecentes que determinem dependência física ou psíquica.

Artigo III – Considera-se serviço desinteressado à coletividade, para efeito de utilidade pública, as colaborações das sociedades civis, associações e fundações no combate ao tráfico e uso de substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou psíquica.

Artigo IV – No combate ao tráfico e uso de substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou psíquica serão aplicadas, entre outras, as seguintes medidas preventivas:
I – A proibição de plantio, cultura, colheita e exploração por particulares da dormideira, da coca, do cânhamo, de todas as variedades dessas plantas, e de outras de que possam ser extraídas substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou psíquica;

II – A destruição das plantas dessa natureza existentes em todo o Território Nacional, ressalvando o disposto no inciso III;

III – A licença e a fiscalização, pelas autoridades competentes, para cultura dessas plantas com fins terapêuticos e científicos.

IV – A licença, a fiscalização e a limitação, pelas autoridades competentes, da extração, produção, transformação, preparo, posse, importação, exportação, reexportação, expedição, transporte, exposição, oferta, venda, compra, troca, cessão ou detenção de substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou psíquica, para fins terapêuticos e científicos;

V – O estudo e a fixação de normas gerais de fiscalização e a verificação de sua observância pela Comissão Nacional de Fiscalização de Entorpecentes, pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia e órgãos congêneres dos Estados e Territórios;

VI – A coordenação, pela Comissão Nacional de Fiscalização de Entorpecentes e pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, de todos os dados estatísticos e informativos colhidos no País, relativos às operações mercantis e as infrações aos dispositivos da legislação específica;

VII – A observância pelos estabelecimentos farmacêuticos e hospitalares, pelos estabelecimentos de ensino e pesquisas, pelas autoridades sanitárias, policiais ou alfandegários, dos dispositivos legais referentes a balanços, relações de venda, mapas e estatísticas sobre substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou psíquica.

VIII – A observância por médicos e veterinários dos preceitos legais e regulamentares, relativos à prescrição de substâncias que determinem dependência física ou psíquica.

IX – A colaboração governamental com organismos internacionais reconhecidos e cos demais Estados na execução das disposições das convenções que o Brasil se comprometeu a respeitar;

X – A execução de planos e programas nacionais e regionais de esclarecimento popular, especialmente junto à juventude, a respeito dos malefícios ocasionados pelo uso indevido de substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou psíquica, bem como da eliminação das suas causas.

Artigo V – Os Estados, o Distrito Federal e os Territórios organizarão, no início de cada ano letivo, cursos para educadores de estabelecimentos de ensino neles sediados, com o objetivo de prepará-los para o combate, no âmbito escolar, ao tráfico e uso indevido de substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou psíquica.
Par. I – Os Governos dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios relacionarão, com antecedência mínima de 60 dias; os estabelecimentos de ensino que deverão designar representantes, no máximo 2, para participarem dos cursos mencionados neste artigo.
Par. II – O período durante o qual o educador participar de curso de prepara[ será computado como de efetivo exercício no estabelecimento oficial ou particular que o tiver designado.
Par. III – somente poderão ministrar os cursos a que se refere o artigo pessoas devidamente qualificadas e credenciadas pelos Ministérios da Educação e Cultura e da Saúde.
Par. IV – nos cursos de que trata este artigo poderão ainda inscrever-se, dentro do número de vagas que for fixado, outras pessoas de atividades relacionadas com o seu objetivo.

Artigo VI - Os estabelecimentos de ensino de primeiro e segundo graus ou superior, promoverão, durante o ano letivo, conferências de freqüência obrigatória para os alunos e facultativa para os pais, sobre os malefícios causados pelas substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou psíquica.
Par. Único – Sob pena de perda de cargo, seus diretores ficam obrigados a comunicar às autoridades sanitárias os casos de uso e tráfico dessas substâncias no âmbito escolar.

Artigo VIII – Sem prejuízo das demais sanções legais, o aluno de qualquer estabelecimento de ensino que for encontrado trazendo consigo substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, ou induzindo alguém ao seu uso, terá sua matrícula trancada no ano letivo.


CAPÍTULO II
DA RECUPERAÇÃO


Artigo IX – Os viciados em substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou psíquica, que praticarem os crimes, previstos no art. 281 e seus parágrafos do Código Penal, com suas posteriores modificações até o presente ano (2007), ficarão sujeitos a medidas de recuperação estabelecidas por esta Lei.

Artigo X – Quando o juiz absolver agente reconhecido que, em razão do vício, não possui capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, ordenará sua internação em estabelecimento hospitalar para tratamento psiquiátrico, pelo tempo necessário à sua recuperação.

Artigo XI – Se o vício não suprimir, mas diminuir consideravelmente a capacidade de entendimento da ilicitude do fato ou de autodeterminação do agente, a pena poderá ser atenuada, ou substituída por internação em estabelecimento hospitalar, pelo tempo necessário à sua recuperação.

Par. Primeiro – Se, cumprido pena, o condenado semi-imputável vier a recuperar-se do vício por meio de tratamento médico, o juiz poderá, a qualquer tempo, declarar extinta a punibilidade.

Par. Segundo – Se o agente for maior de l8 anos e menor de 21 anos, será obrigatória a substituição da pena por internação em estabelecimento hospitalar.

Artigo XII – Os menores de 18 anos, infratores viciados, poderão ser internados em estabelecimento hospitalar, pelo tempo necessário à sua recuperação.

Artigo XIII – Observadas as demais condições estabelecidas no Código Penal e no Código de Processo Penal, a reabilitação criminal do viciado a que tiver sido aplicada pena ou medida de segurança pela prática de crime previsto no art. 281 do Código Penal, com a redação do art. Primeiro do Decreto Lei 385, de 26 de Dezembro de 1968, e as modificações constantes da presente Lei, poderá ser requerida decorridos dois anos do dia em que terminar a execução desta ou da medida de segurança aplicada em substituição, e do dia em que terminar o prazo da suspensão condicional da pena ou do livramento condicional, desde que o condenado comprove estar recuperado do vício.

Viver o programa

Antes de ficarmos entusiasmados demais com a perspectiva de concluir os doze passos, devemos nos conscientizar do contrário – ainda não terminamos. Não apenas continuaremos praticando os princípios espirituais de todos os doe passos, o que muitos de nós chamam de “viver o programa”, como revistaremos, formalmente, cada um deles, provavelmente muitas vezes durante nossas vidas. Alguns de nós começam imediatamente a trabalhar os passos de novo, com a perspectiva adquirida em nossa jornada até então. Outros esperam algum tempo ou se concentram em certos aspectos dos passos seja como for, o que importa é que, toda vez que nos sentirmos impotentes perante nossa adicção, sempre que mais for revelado sobre nossas falhas ou pessoas a quem prejudicamos, os passos estão disponíveis como nosso caminho para a recuperação.
Devemos nos sentir bem com relação ao que fizemos. Percorremos, em muitos casos pela primeira vez, um caminho até o fim. Isto é uma grande conquista, algo de que devemos nos orgulhar. De fato, uma das recompensas de trabalhar o programa de Alcoólicos Anônimos é descobrir o quanto nossa auto-estima tem crescido.
Descobrimo-nos participando da sociedade. Podemos realizar ações que nos pareciam impossíveis antes: cumprimentar o vizinho o balconista do mercado local, assumir posições de liderança em nossas comunidades, participar de eventos sociais c pessoas que não sabem que somos adictos, e não nos sentirmos “menores”. De fato, provavelmente olhávamos com desprezo para estas iniciativas no passado, porque não nos sentíamos capazes de nos adequar; mas, agora sabemos que isso é possível, tornamo-nos acessíveis. As pessoas podem até procurar nossas opiniões e conselhos profissionais.
Quando pensamos no nosso passado e no quanto a recuperação trouxe para nossas vidas, só podemos ficar repletos de gratidão. A gratidão se transforma na força que sustenta tudo o que fazemos. Nossa própria vida pode ser a expressão da nossa gratidão. Tudo depende da maneira como escolhemos viver. Com gratidão, cada um de nós tem algo muito especial e único a oferecer.

Rendição


1º passo e a bíblia


O primeiro passo é a admissão da nossa derrota perante nós mesmos. Temos uma doença progressiva, incurável e de determinação fatal e, se continuarmos orgulhosos, poderemos ficar completamente insanos ou perder nossas próprias vidas.
Se analisarmos tudo o que perdemos, as pessoas que magoamos, as justificativas e as racionalizações que demos a nós mesmos e os absurdos que racionalizamos, veremos que, se não tomarmos alguma decisão em relação a nossas vidas, elas tomarão uma decisão em relação a nós. Todos ou quase todos que queremos bem estão profundamente magoados com nossas atitudes e manipulações. Muitos de nós chegamos a um estado de desespero, em que não conseguem mais usar drogas e ao mesmo tempo não co seguem viver sem elas. O fundo do poço é diferente para cada um mas, se não perdermos o emprego, a namorada, os estudos, ou não formos para a cadeia não significa que temos qualidade de vida ou que podemos nos controlar. Aceitação social, não significa recuperação. Tudo na nossa vida se relaciona com as drogas e ainda assim insistimos em negar os fatos. Não somos impotentes perante as drogas apenas, mas também nos tornamos impotentes, perante nossos defeitos de caráter. Coisas horríveis no ser humano como soberba, avareza, luxúria, inveja, ira, gula (compulsão), preguiça, manipulação emocional, negação, justificativas, autopiedade e racionalizações tornaram-se para nós como o ar que respiramos.
A doença da adicção é composta por três partes distintas, porém unidas entre si: Física – uma vez ingerida a primeira dose, a compulsão se desencadeia e não paramos mais de consumir drogas. Mental – é a obsessão de consumir drogas. Só conseguimos pensar nisso e na forma de obtê-la não importando se tivermos que roubar ou matar. O que vale é conseguí-la. Espiritual – é o total egocentrismo, passamos por cima de amigos, responsabilidades, pai, mãe, esposa, enfim qualquer um que tente impedir nosso desejo incontrolável de usar mais drogas.
Desenvolvemos tanto nossos defeitos de caráter que nos tornamos pessoas super egocêntricas. Se não trabalharmos nossos defeitos de caráter por meio dos princípios contidos nos doze passos, voltaremos a usar drogas. A recaída é sempre pior, não importa quanto tempo demore, sempre voltamos ao fundo do poço. Alguns, depois de terem experimentado uma recaída, ainda conseguem voltar para o programa, outros, a maioria, acabam presos ou morrem.
Muitas vezes fazemos o que não queremos, o que sugere que algo em nós possui um poder que nos desvia de nossas melhores intenções. São os defeitos de caráter.
Após admitirmos nossa impotência perante as drogas, nossos defeitos de caráter e o descontrole de nossas vidas, nos é apresentado o princípio espiritual do primeiro passo, a rendição.
Render-nos não significa ser covarde, pelo contrário é preciso muita coragem, humildade e mente aberta para aceitar que nossas melhores idéias e atitudes quase nos mataram.
Ao render-nos, a liberdade de podermos honestamente reavaliar nossos conceitos nos proporciona a sensação de que pela primeira vez na vida somos livres de verdade. Quando chegamos a esse ponto, parece que começamos a enxergar quem realmente somos, quem realmente são nossos amigos e que talvez nossos familiares só queiram nos ajudar.
Felizmente, chegamos até aqui. E agora? Como viveremos daqui para frente?
Precisamos nos lembrar de viver um dia de cada vez. Não resolveremos todos os problemas que causamos em nossas vidas em um dia.
Para levantar uma nova casa é preciso demolir a antiga; para nascer uma nova maneira de viver, é preciso que a antiga morra.
Não podemos nos enganar, precisamos mudar nossos hábitos, deixar de freqüentar certos lugares e nos desligar de muitas pessoas, sob pena de não o fazendo, voltarmos a usar drogas.
Este é um programa de total abstinência não só da droga de nossa preferência, mas também de qualquer uma que nos altere o humor. Por isso, haja o que houver, não use drogas. A primeira dose desencadeia a compulsão.
Se não mudarmos nossa antiga maneira de ser, pensar e agir, não teremos sucesso em nossa recuperação. É preciso que antigas idéias desapareçam para que novas possam florescer. Em copo cheio não cabe mais água, é preciso esvaziá-lo primeiro.
Temos grande facilidade de nos esquecer dos “maus momentos” relacionados ao uso de drogas. Nossa tendência é lembrar apenas das sensações de prazer que tivemos, a isso chamamos memória eufórica.
Os dependentes químicos temem o desconhecido e agarram-se ao que já conhecem. Infelizmente o que conhecemos até aqui não nos fez muito bem.
Tememos procurar emprego, relacionar com novas pessoas, conhecer outros lugares e abrirmos a mente para novas idéias. Por outro lado, não tememos usar drogas, andar em locais de risco, roubar, mentir, manipular e andar com pessoas perigosas.
Essa insanidade é uma característica dos adictos. Muda um pouquinho de um para outro, porém, as histórias são bem parecidas no final.
A rendição total, sem reservas, ou meias idéias, é a chave para abrirmos a porta da recuperação.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Tairine Sph

Bom Dia É fácil amar o outro na mesa do bar, quando o papo é leve, o riso é farto e o chopp gelado. É fácil amar o outro nas férias, no churrasco, nas festas ou quando se vê de vez em quando. Dificil é amar quando o outro desabafa, quando não acredita mais em nada e entende tudo errado. Quando paralisa, perde o charme, o prazo, a identidade e a coerência. Nessas horas que se vê o verdadeiro amor, aquele que quer o bem acima de tudo. É esse o amor que dura para sempre, na verdade, esse é o único tipo que pode ser chamado de amor !