quinta-feira, 16 de maio de 2013


Faltam policiais para patrulhar fronteira do Brasil com países produtores de cocaína


“Infelizmente, o Brasil faz fronteira com os três maiores produtores de cocaína do mundo: Colômbia, Peru e Bolívia”, afirmou o diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal (PF), Oslain Campos Santana, único convidado da subcomissão do Senado a falar sobre a repressão à produção e ao tráfico de drogas. Para ele, porém, o maior problema é o ingresso de cocaína boliviana e colombiana através do Paraguai, que também produz e vende maconha ao Brasil.


Oslain Santana acusa que efetivo é pequeno para grande fronteira com produtores de cocaína. Foto: José Cruz

Diante dessa realidade, o delegado informou que a PF decidiu priorizar a região de fronteira do Brasil. No entanto, para patrulhar os 16.886 km de fronteiras terrestres e os 7.408 km de costa marítima, o efetivo da PF é de apenas 982 policiais. Para se ter uma idéia, a fronteira dos Estados Unidos com o México, intensamente vigiada e ainda assim permeável às drogas, tem apenas 3.141 km.

Outros projetos da PF em andamento são a integração, inclusive com acesso às informações, com outras forças de segurança, brasileiras e dos países vizinhos; a criação de cinco bases de fronteira dotadas de um avião de patrulhamento não tripulado; o projeto Perfil Químico das Drogas, para identificar a fonte produtora de cada lote de droga apreendido; e a identificação, por meio de impressão digital, de todos os que forem pegos transportando.

Ainda assim, os esforços estão longe de ser suficientes, afirmam os participantes do ciclo de debates sobre drogas, muitos deles assombrados com a falta de repressão policial e a tolerância às cracolândias e ao tráfico.

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