terça-feira, 28 de maio de 2013

Pense Nisso !


... Quando algo não der certo na sua vida ou sair diferente daquilo que planejou, procure identificar a sua parcela de responsabilidade antes de sair à procura de um culpado.

Reflexão


A simples busca de fazer o bem

Certa vez, dois homens estavam seriamente doentes em um quarto de um grande hospital. O cômodo era bastante pequeno e nele havia uma janela que dava para o mundo.

Um dos homens tinha como parte de seu tratamento, permissão para sentar-se na cama por uma hora durante as tardes (algo a ver com a drenagem de fluido de seus pulmões). Sua cama ficava perto da janela. O outro, contudo, tinha de passar todo o seu tempo deitado de barriga para cima.

Todas as tardes, quando o homem cuja cama ficava próxima a janela, era colocado em posição sentada, ele passava o tempo descrevendo o que tinha lá fora.

A janela aparentemente dava para um parque onde havia um lago. Havia patos e cisnes no lado, e as crianças iam atirar-lhes pão e colocar na água barcos de brinquedo. Jovens namorados caminhavam de mãos dadas entre as árvores, e havia flores, gramados e jogos de bola. E ao fundo, por trás das fileiras de árvores, avistava-se o belo contorno dos prédios da cidade.

O homem deitado ouvia o sentado descrever tudo isso apreciando todos os minutos. Ouviu como uma criança quase caiu no lago e sobre como as garotas estavam bonitas em seus vestidos de verão. As descrições do seu amigo eventualmente o fizeram sentir que quase podia ver o que estava acontecendo lá fora...

Então, em uma bela tarde, ocorreu-lhe um pensamento:
Por que o homem que ficava perto da janela deveria ter todo o prazer de ver o que estava acontecendo?
Por que ele não poderia ter aquela chance?
Sentiu-se envergonhado, mas quanto mais tentava não pensar assim, mais queria uma mudança. Faria qualquer coisa!

Numa noite, enquanto olhava para o teto, o outro homem subitamente acordou tossindo e sufocado, suas mãos procurando o botão que faria a enfermeira vir correndo. Mas ele o observou sem se mover... mesmo quando o som da respiração parou. De manhã, a enfermeira encontrou o homem morto, e silenciosamente levou embora seu corpo. Logo que apareceu apropriado, o homem perguntou se poderia ser colocado na cama perto da janela. Então colocaram-no lá, aconchegaram-no sob as cobertas e fizeram com que se sentisse bastante confortável. No minuto em que saíram, ele apoiou-se sobre um cotovelo, com dificuldade e sentindo muita dor, ele olhou pela janela. Finalmente, ele poderia ver tudo por si mesmo. Ele se esticou ao máximo, lutando contra a dor para poder olhar através da janela e quando conseguiu faze-lo deparou-se com um muro todo branco. Ele então perguntou a enfermeira o que teria levado seu companheiro a descrever-lhe coisas tão belas, todos os dias se pela janela já que só dava pra ver um muro branco?

A enfermeira respondeu que aquele homem era cego e não poderia ver nada mesmo que quisesse. Talvez ele só estivesse pensando em distraí-lo e alegrá-lo um pouco mais com suas histórias... "A vida é, sempre foi e será aquilo que nós a tornamos".

Jovens que têm fácil acesso a bebida alcoólica, porta para outras drogas


ABCD Maior
Última reportagem da série mostra que adolescentes entre 14 e 17 anos respondem por 6% do consumo de álcool no País

O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) prevê pena de dois a quatro anos de cadeia e multa para adultos que fornecem bebida alcoólica, ou qualquer outra substância que cause dependência física ou psíquica, a menores de idade. A determinação, no entanto, não impede o consumo entre adolescentes e até crianças.

É o que comprova pesquisa da Abead (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas), que entrevistou cerca de três mil pessoas em todo o território nacional em 2010. O levantamento concluiu que o grupo de adolescentes entre 14 e 17 anos corresponde a 6% de todo o consumo de álcool anual no País.

Moradora de São Bernardo, Carla* está hoje com 18 anos e teve a primeira experiência com bebidas alcoólicas há três anos. “Foi nessas festinhas de adolescentes, tomava um golinho de cada uma para experimentar”. Já José Roberto*, de Santo André, experimentou o álcool aos 13 anos e tomou o primeiro “porre” aos 16. “O dia seguinte foi horrível”, lembra o jovem de 22 anos.

Risco - O contato precoce com álcool pode elevar o risco de uso abusivo, de acordo com estudo do Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) com alunos do ensino médio de escolas públicas e privadas. O consumo antes dos 12 anos pode aumentar em 60% as chances de desenvolver o hábito de abusar da bebida se comparado com os que deram o primeiro gole na adolescência.Para Fernanda Piotto Fralonardo, professora de Psiquiatria da Faculdade de Medicina do ABC, a facilidade de acesso de jovens a bebidas se dá pelo fato de o álcool ainda ser socialmente aceito.

A alteração no funcionamento dos neurônios causada pela bebida pode afetar a memória e capacidade de aprendizado.“Uma criança de 12 anos não tem o cérebro formado, o que acontece entre os 18 e 20 anos. Todo uso de álcool antes dessa idade é prejudicial. O paciente (com histórico de consumo) tem mais chances de desenvolver transtornos psicológicos do que a população em geral. Além disso, o jovem tende a fazer o uso mais abusivo que o adulto.”

Substâncias de entrada - Por conta da fase de experimentação e da necessidade de integração social, o público jovem não se torna mais suscetível apenas ao uso de bebidas. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que mais de 85% dos fumantes tiveram o primeiro contato com cigarro antes dos 19 anos. “O álcool e o tabaco são substâncias de entrada, é raro um usuário de maconha, cocaína ou crack que não tenha tido contato prévio com álcool”, afirmou Fernanda Piotto Fralonardo, professora de Psiquiatria da Faculdade de Medicina do ABC.

Campanhas de orientação nas escolas e o diálogo dentro no ambiente familiar são fundamentais para combater o uso precoce e abusivo de substâncias que causam dependência. “O jovem quer pertencer a algum grupo, por isso o modelo familiar é importante. A criança aprende imitando comportamentos, se ele tem um modelo de abuso dentro de casa, tem grandes chances de repetir (fora de casa)”, acrescentou.

Para especialistas, medidas como a restrição da propaganda de bebidas alcoólicas ajudaria a reduzir o número de consumidores adolescentes. Diversos projetos de lei foram discutidos na Câmara dos Deputados, mas nenhum foi aprovado até o momento. O último foi apresentado em 2012 e proibia comerciais em meios eletrônicos. A proposta foi retirada pelo autor no mês passado. Atualmente a lei permite a propagandas em emissoras de rádio e televisão entre 21h e 6h.

Mulheres estão bebendo mais



O Diário de Mogi
As mulheres estão bebendo mais e com mais frequência. Nos últimos seis anos, a proporção das que consomem álcool de forma excessiva aumentou 24%, passando de 14,9% para 18,5% das brasileiras. É o que revela o segundo levantamento nacional de álcool, divulgado em abril pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Foram entrevistadas 4.607 pessoas com 14 anos ou mais em 149 municípios brasileiros. Desse total, 1.157 eram adolescentes.

Segundo Ronaldo Laranjeira, professor titular de psiquiatria da Unifesp e coordenador do levantamento, o aumento do consumo de álcool por mulheres reflete a maior frequência do ato de beber socialmente, e não em casa. "Mulheres que socializam como homens estão bebendo tanto quanto eles."

Esse consumo excessivo de álcool é o que os especialistas chamam de "binge", isto é, a ingestão de quatro unidades ou mais de bebida, para mulheres, e cinco unidades ou mais, para homens, em um período curto de tempo (duas horas).

Na pesquisa, uma unidade de álcool equivale a uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de vodca. Entre 2006 e 2012, houve um aumento de 31% nessa forma de consumo entre os brasileiros que bebem.

Dentro desse universo, aumentou de 51% para 66% a parcela dos homens com consumo excessivo. Entre as mulheres que bebem, esse padrão de consumo cresceu de 36% para 49%. No mesmo período, entre as mulheres que bebem, o índice de consumo frequente cresceu 34,5%, passando de 29% (2006) para 39% (2012).

Os dados mostram que, no geral, houve um aumento de 20% na proporção de bebedores frequentes (uma vez por semana ou mais).

Encher a lata

Segundo Laranjeira, o brasileiro tem um comportamento diferente em relação à bebida do observado em outras partes do mundo. "Na Europa e nos EUA, temos uma taxa baixa de abstêmios e uma taxa alta de bebedores moderados. Aqui, há muitos abstêmios e, comparando com o levantamento de 2006, quem já bebia passou a beber mais e com maior frequência", disse o psiquiatra.

O levantamento mostra que quase um em cinco bebedores frequentes consome álcool de forma abusiva e tem um comportamento compatível com dependência.

Os dados também mostram que 32% dos adultos que bebem afirmaram já não terem sido capazes de conseguir parar de beber em alguma ocasião; 10% disseram que alguém já se machucou em consequência do seu consumo de álcool; 8% admitem que o uso de álcool já teve um efeito prejudicial no seu trabalho e 9% relataram que houve o prejuízo à família ou ao relacionamento.

Para Laranjeira, o aumento no consumo excessivo de álcool pela população brasileira reflete o aumento da renda nos últimos anos, principalmente entre as classes mais baixas. Enquanto na classe A o consumo "binge" se manteve o mesmo, nas classes C, D e E, houve, respectivamente, um aumento de 43%, 43% e 48% nesse tipo de consumo.

Os efeitos da "Lei Seca" também já podem ser percebidos: houve diminuição de 21% na proporção de pessoas que relatam terem dirigido após o consumo de álcool no último ano.

Segundo Ilana Pinsky, professor da da Unifesp que também participou do levantamento, entre as medidas que podem ajudar a reduzir o consumo estão o aumento de preços das bebidas e a restrição dos locais de venda e da publicidade. O professor da Unifesp vê omissão do Ministério da Saúde em relação ao problema do álcool. "Não há políticas públicas nem de tratamento nem de prevenção".

domingo, 26 de maio de 2013

Pense Nisso !

... "Vencer a si próprio é a maior das vitórias." (Platão)


Reflexão

A escolha




A história do norteamericano Jerry foi trazida a público por seu colega de trabalho, Paul Picchnoff Junior.

Conta ele que seu amigo sempre tinha algo positivo para dizer. Quando alguém perguntava: Como vai você?, ele prontamente respondia: Vou muito bem!

Jerry era gerente de uma cadeia de restaurantes. Todos os garçons seguiam seu exemplo porque ele era verdadeiramente motivador.

Seu lema era: Toda manhã, ao acordar, penso em que tenho duas escolhas. Viver muito bem o dia ou viver mal. Sempre que acontece algo desagradável, posso escolher ser vítima da situação ou aprender algo com isso. Sempre escolho aprender algo.

Certo dia, ele deixou a porta dos fundos aberta e foi rendido por três assaltantes armados.

Tentando abrir o cofre, sob a mira de armas, ele ficou nervoso e errou a combinação.

Os ladrões entraram em pânico, atiraram nele e fugiram.

Socorrido a tempo, depois de dezoito horas de cirurgia e algumas semanas de tratamento intensivo, Jerry foi liberado do hospital.

Um amigo foi visitá-lo e lhe perguntou o que é que passara por sua mente quando os ladrões invadiram o restaurante.

A primeira coisa que veio à minha cabeça foi que eu deveria ter trancado a porta dos fundos.

Depois, enquanto estava baleado no chão, lembro-me que tinha duas escolhas: eu podia escolher viver ou podia escolher morrer. Escolhi viver.

Os paramédicos foram excelentes e ficaram me dizendo que tudo ia dar certo.

Mas, quando cheguei à sala de cirurgia, vi as expressões no rosto dos médicos e das enfermeiras. Em todos eu lia: "Ele é um homem morto."

Fiquei com medo e sabia que tinha que fazer alguma coisa.

Foi então que uma enfermeira perguntou se eu era alérgico.

"Sim", foi a resposta imediata.

Os médicos e enfermeiras pararam imediatamente esperando pela complementação da resposta.

Respirei fundo e falei: "Sou alérgico a balas."

Enquanto todos riam, eu lhes disse: "Eu estou escolhendo viver. Operem-me como se eu estivesse vivo, e não morto."

Meses depois, apresentando fragmentos de balas pelo corpo e muitas cicatrizes, ele continuava a ser a imagem do otimismo.

Ele sobreviveu, graças à habilidade dos médicos, mas também por sua atitude decidida.

* * *

A vida é a arte de bem escolher. A vida consiste em escolhas.

Quando tiramos todos os detalhes e enxugamos a situação, o que sobra são escolhas, decisões a serem tomadas.

Podemos escolher como reagir nas situações.

Podemos escolher estar felizes ou ficar tristes, calmos ou nervosos.

Podemos escolher como as pessoas irão ou não afetar o nosso dia, o nosso humor, a nossa disposição.

Em resumo, a escolha sempre é nossa. Podemos mergulhar em reclamações ou apontar o lado positivo da vida e viver melhor.

A melhor escolha é a de viver em plenitude, viver por completo, aproveitando as lições para crescer.

O Fenômeno da Dependência


Existe uma grande variedade de definições equivocadas que permeiam o assunto “drogas” e dificultam o entendimento da população, leiga, acarretando um agravamento dos preconceitos e dificultando a implantação de medidas preventivas.

O problema inicia-se na conceituação de droga e droga de abuso. Vários conceitos de droga podem ser encontrados na literatura. A Farmacopéia brasileira classifica droga como qualquer substância de origem mineral, vegetal ou animal. Este conceito é demasiadamente amplo não diferenciado a situação de uso e dependência. Outros conceitos também podem ser encontrados em livros básicos de farmacologia, dicionários e literatura especializada, como exemplificado abaixo:

* matéria prima de origem mineral, vegetal ou animal que contém um ou mais fármacos
* toda substância que introduzida no organismo vivo, pode modificar uma ou mais de suas funções
* é qualquer substância química ou mistura de substâncias, distintas das necessárias em condições normais para a conservação da saúde, cuja administração modifica as funções biológicas e a estrutura do organismo
* pode ser usada para tratar ou aliviar enfermidades ou com propósitos não terapêuticos (uso indevido)
* são “substâncias psicoativas” que modificam o estado de ânimo, o entendimento e o comportamento
* originam fenômenos de tolerância, comportamento de busca, neuroadaptação e generalização da resposta
* são substâncias que induzem a auto-administração, tem a propriedade de causar intensos efeitos de reforço e provocam efeitos prejudiciais à saúde ou à função social

De acordo com a OMS, droga de abuso é uma substância que age nos mecanismos de gratificação do cérebro, provocando efeitos estimulantes, euforizantes e/ou tranqüilizantes.

Com tamanha abrangência conceitual, torna-se necessário relacionar também alguns termos como farmacodependência, potencial de abuso, reforço, síndrome de abstinência e tolerância, os quais tem sido reavaliados a cada nova descoberta, ou seja, com a evolução dos conhecimentos e com o progresso da tecnologia de pesquisa.

Quando se pensa no fenômeno de dependência de drogas, deve-se considerar que a exposição dos indivíduos é constante e a longo prazo. As doses variam de acordo com o usuário que procura obter um efeito agudo da substância, relacionado ao seu bem-estar. Em função desse efeito desejado, é que o usuário de droga elege uma determinada substância e uma via de introdução adequada para o tempo de manifestação do efeito. Isso significa que, quanto maior é a necessidade, maior também a urgência de uso da droga, ou seja, quanto maior a compulsão, a via de administração escolhida será aquela de maior velocidade de distribuição pelo organismo. Deve-se considerar ainda que dependendo da via de introdução, a droga poderá ser administrada em maior concentração, aumentando a intensidade do efeito e reforçando a compulsão.

Como a variação destes fatores interfere na avaliação sobre a dependência, adota-se os critérios estabelecidos para diagnóstico, principalmente o critério do dsm-iv (diagnostic and statistical manual of mental disorders – sistema oficial de diagnóstico da associação americana de psiquiatria) e Cid-10 (código internacional de doenças) para uso nocivo de substâncias. Seus conteúdos possuem poucas diferenças.

Em 1981, a OMS publica um memorandum de experts adotando um modelo para determinação da dependência no qual procura inserir todas as variáveis que influenciam o uso problemático de drogas (edwards, 1981). Este modelo foi adaptado por stolerman (1992) para o “comportamento de busca da droga”. Desta forma, evidencia-se o caráter biopsicosocial deste fenômeno.

Qual a diferença entre o bebedor social e o bebedor-problema?


Criou-se a expressão “bebedor social” justamente para designar a pessoa que bebe só em festas, comemorações, circunstâncias especiais. Tirando essas ocasiões, ela mal se lembra da bebida, nem lhe passa pela cabeça entrar num bar ou numa padaria e pedir uma dose - o álcool não faz parte de seus pensamentos, dos seus costumes, de sua maneira de ser. Se está numa festa, dificilmente se embebeda, pois, quando sente que está um pouco ALTA, sabe que é hora de parar e pára. O bebedor social não bebe sozinho, só em companhia que lhe seja agradável.

A expressão “bebedor problema” nada mais é do que um outro nome para designar o alcoólatra. Este, logo nas fases iniciais da sua doença, mostra diferenças em relação ao bebedor social. Pela própria natureza do alcoolismo, o alcoólatra passa a dar importância demasiada à bebida - sentir por antecipação o prazer de beber, imaginar-se bebendo, pensar a que hora beber e onde beber ou, mesmo decidir se vai ou não beber são questões que lhe ocupam a mente de uma forma especial, disputando espaço e tempo com os assuntos SÉRIOS do dia-a-dia (trabalhar, estudar, produzir). O alcoólatra utiliza o álcool como alívio, para equilibrar as emoções. Bebe antes das festas e, durante elas, dificilmente deixa copos pela metade e não costuma rejeitar novos tragos que lhe ofereçam. Acha sem graça as reuniões em que não há bebida. Também gosta de beber, e bebe, sozinho. Embebeda-se com freqüência e aumenta o seu beber à medida que o tempo passa. Mais tarde, para combater os tremores e os outros sintomas da abstinência, beberá também pela manhã e estará caminhando para os estágios mais severos da dependência física. Nesse momento, só deixará de viver em função do álcool se parar definitivamente de beber.

Há um autêntico drama na questão bebedor social x bebedor-problema (alcoólatra). Mais uma vez confirmando que o alcoolismo é a DOENÇA DA NEGAÇÃO , a maioria daqueles que têm problemas como álcool, acredita que pode se comportar como um bebedor social, bastando para isso um pouco de atenção para controlar o número de goles que dá. A experiência mostra que não. A partir do primeiro gole, o alcoólatra não mais controla o seu beber e então, na verdade, dentro de sua lógica alcoólatra, já não lhe parece nem razoável nem necessário vigiar a quantidade que bebe. A bebida se encarrega de dar fim a qualquer dilema, a qualquer hesitação.
Infelizmente, só a partir do momento em que se admite ter problemas com o álcool é que surgem as primeiras e necessárias condições para o abandono da bebida. Beber socialmente é para quem pode, não para quem quer. O ALCOÓLATRA QUER, MAS NÃO PODE .

Do prazer à dor


As drogas ilegais não são as únicas substâncias a provocar dependência; existem também os loucos por sexo, chocolate, jogos e mesmo por compras



Quem nunca se divertiu ao consumir álcool ou tentou esquecer algum problema tomando um porre que atire a primeira pedra. Se não foi com álcool, pode ter sido com o cigarro, com drogas ilícitas e até mesmo com chocolate e café. Ou ainda, numa fúria consumista, no shopping ou em um sexo bem feito. O fato é: a busca pelo prazer nos move, tendemos a repetir ações agradáveis e às vezes é nesse prazer que encontramos uma forma de fugir das dificuldades. O problema é quando o "gostar muito" se transforma em dependência, e o prazer se transforma em dor.

Não são apenas os consumidores de drogas ilícitas (cocaína, heroína, maconha...) ou lícitas (cigarro e álcool) que estão sujeitos a isso. Sexo, jogo, compras e comida também podem ser alvo de compulsão e os seus dependentes apresentam os mesmos sintomas de quem se vicia em substâncias químicas. Os especialistas são categóricos ao dizer que não existe sociedade sem drogas - isso se estende, para todo tipo de substância psicoativa, ou seja, que afete o funcionamento do cérebro (o que inclui também a cafeína, presente no café, na Coca-Cola e no chocolate). Mas é possível ir além: talvez não exista sociedade sem vícios - sejam eles por drogas ou por comportamentos.

Faz parte da história da humanidade buscar substâncias psicotrópicas. Acredita-se que o consumo de ópio, álcool e Cannabis já ocorria de 3.000 a 4.000 anos antes de Cristo.

"O fenômeno de dependência de drogas é algo que se prende à condição humana com diversas finalidades, desde a de apaziguar as dores, as angústias, as tristezas, até o de elevar aos deuses", escrevem os psiquiatras Antônio Pacheco Palha e João Romildo Bueno no prefácio do livro "Dependência de Drogas", que compila textos de 54 especialistas no assunto. "Assim sendo", continuam eles, "é natural que, enquanto houver dor, angústia, frustração, abatimento e dúvidas o homem irá continuar o uso de drogas ".

Mas não é só a busca de um alívio que leva a esse consumo. "Existem dois tipos de vício: um que serve para alterar a percepção de uma realidade intolerável e outro que passa só pela questão do prazer", afirma o psiquiatra Dartiu Xavier, coordenador do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes), da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).



Tudo pela recompensa



É o prazer que explica por que é possível ficar dependente de coisas tão diferentes como drogas, chocolate, café, jogo, sexo ou compras. Análises de mapeamento mostram que há uma região no cérebro, conhecida como sistema de recompensa, que é ativada por substâncias presentes tanto nas drogas quanto no nosso próprio corpo (hormônios e neurotransmissores) e que são liberadas quando passamos por estresse, excitação, alegria etc.

"Tudo o que é bom a gente quer repetir. Isso porque o cérebro se lembra que gostou e pede mais", explica a neurocientista Suzana Herculano Houzel, autora do livro "Sexo, Drogas, Rock´n´roll e Chocolate - O cérebro e os prazeres da vida cotidiana". Esse comportamento do cérebro é que nos faz ter motivação para tocar a vida.

O que intriga é por qual razão uma boa parcela dos usuários se contenta com o consumo recreativo de drogas e a prática saudável de sexo, por exemplo, enquanto outros tantos caem na dependência. A explicação da neurociência é que, diante de certos comportamentos ou consumo excessivo de uma substância, o sistema de recompensa é ativado ao extremo e, por proteção, acaba se dessenbilizando. Fazendo uma comparação bem simples, é o mesmo que ocorre com o elástico esticado além do limite e que não volta mais ao normal.

"Na próxima vez, aquele mesmo comportamento vai resultar em uma ativação menor do sistema de recompensa, em um prazer menor, e, para conseguir o mesmo grau de prazer que se conseguia antes, vai ser preciso mais daquilo. Jogar mais, fazer mais sexo, usar mais droga, comer mais chocolate", diz Suzana.

O problema é que essa dessensibilização do sistema de recompensa gera uma espécie de déficit de satisfação. Imagine que, no estado natural, todos temos um nível médio de ativação do sistema de recompensa. Entre os dependentes, o nível fica abaixo do normal. "É por isso que a vida da pessoa passa a orbitar ao redor do vício, que vira idéia fixa. Tudo o que a pessoa faz está centrado em como conseguir mais daquela coisa", explica a neurocientista. "E não faz diferença se é uma dependência química ou não-química. Todas passam pelo excesso de ativação e dessenbilização do sistema de recompensa."

Mas o que leva algumas pessoas à perda do controle independe de critérios simples, como a quantidade de droga ingerida. Para Xavier, um dos motivos pode ser a existência de problemas psíquicos e emocionais na vida do usuário. Em sua tese de doutorado, ele avaliou dependentes de álcool e de cocaína e descobriu que 80% apresentavam algum distúrbio nessa linha, sendo que 44% tinham depressão - a maioria adquirida antes do consumo de drogas. "É como se a droga servisse de alívio para os sintomas depressivos. Está aí a entrada para a dependência química", afirma. Segundo o pesquisador, problemas na família são outro fator de risco para a dependência. "Teoricamente não é possível que uma pessoa sem problemas acabe se viciando", diz. Claro que é preciso levar em conta qual droga está sendo consumida.



Dependência Psicológica



No caso da maconha, menos de 10% dos usuários ficam dependentes, número que sobe para 60% com a cocaína e para 80% com o crack e a heroína, de acordo com Xavier.

Além disso, o maior problema é a dependência psicológica. "A medicina evoluiu tanto que é facílimo tirar alguém de uma dependência física, mas o indivíduo recai por causa da psicológica".

Ele cita um estudo feito na década de 80, na Universidade Harvard, nos EUA, que descreveu pessoas que usavam heroína, uma das drogas que mais causa dependência, sem se viciar. Isso mostra que nem tudo pode ser atribuído à droga. "Ela é um fator necessário para causar dependência, mas não suficiente. É preciso ter a droga e mais um monte de coisas", diz.

As dependências químicas e não-químicas estão tão arraigadas que o tratamento acaba sendo bastante parecido. É nisso que aposta o Proad, que criou, ao lado do ambulatório de drogas e álcool, um local voltado para compulsivos por comida, sexo e jogo. "Uma das hipóteses é de que existe um mecanismo central por trás de tudo, independente de a pessoa ser dependente de jogo, droga, álcool ou sexo. As formas de tratar são as mesmas."

Os médicos e psicólogos perceberam também que muitos usuários tendem a transitar de uma droga para outra, e delas para um comportamento compulsivo. "O indivíduo vai trocando de dependência e mascara o problema dele independente do vício. O efeito é o mesmo. Em todos os casos está por trás a busca do prazer e a perda do controle", constata. Novamente a neurociência confirma: "A explicação é que todos os vícios passam pelo mesmo lugar do cérebro. Cada um escolhe, digamos, a sua droga de preferência, mas na falta dela, qualquer outra serve para ativar o sistema de recompensa", diz Suzana Herculano-Houzel. "Por isso, até os tratamentos pensam nesse todo. A recomendação dos Alcoólicos Anônimos e dos Narcóticos Anônimos é abstinência total, é a pessoa reconhecer que o vício se aplica a tudo".



Sociedade do Vício



Para Dartiu Xavier, essas múltiplas opções também são reflexo de uma sociedade voltada para os vícios. "Tendemos a estimular esses comportamentos, somos consumistas e de certo modo até hedonistas. Tudo é voltado para a obtenção do prazer". Para ele, o comportamento dos pais em exigir dos filhos desempenhos fantásticos em todos os aspectos da vida colabora para uma fuga para as drogas. "Esperamos que nossos filhos sejam muitos inteligentes, bonitos e satisfeitos sexualmente. Essas sensações todas são percebidas por quem usa cocaína. O modelo de mundo que a gente passa para as nossas crianças é o de intoxicação por cocaína. A gente não ensina o mundo de verdade. E depois eles ficam com a auto-estima lá em baixo, frustrados, e a droga aparece como uma saída", dispara.

Assim pensa também o médico sanitarista Fábio Mesquita, pioneiro na criação de programas pela redução de danos aos usuários de drogas. "O consumo de drogas hoje é uma epidemia e está relacionado a uma vulnerabilidade social que faz com que as pessoas se apeguem a todo tipo de coisa. As pessoas são bombardeadas com propaganda de cigarros, de álcool e até mesmo de drogas ilícitas, que não estão na TV, mas que chegam às pessoas. Por isso acredito que hoje seria praticamente impossível, nesse contexto social, uma sociedade sem drogas".

Ele lembra que em 1998, a ONU fez uma assembléia especial sobre drogas, quando foi proposto que até 2008 o mundo ficaria livre desse problema. Nesse ano foi feito o primeiro balanço e se constatou que cresceu o consumo. "Esse tipo de proposta é um delírio, completamente irreal". Mas, se isso é uma condição inerente ao ser humano, como ficam as pessoas totalmente proibidas de usar drogas - como ocorre nas sociedades islâmicas mais radicais?

Para Mesquita, a repressão e a religiosidade "seguram" as pessoas, mas na primeira oportunidade elas buscam outro tipo de prazer. "O Afeganistão. por exemplo, logo que se libertou do regime Taleban voltou a ter uma tremenda produção de ópio para exportação. Outro bom exemplo é a Rússia, onde praticamente não havia consumo de drogas durante o regime comunista e hoje é o país onde mais crescem os casos de Aids por uso de drogas injetáveis".

Na contramão estão os dependentes convertidos pelas religiões evangélicas que oferecem a Bíblia no lugar das drogas. "De certo modo, é como se elas se viciassem em religião", brinca Mesquita. Elas assumem um comprometimento emocional, psicológico de outra natureza, mas também passam a dedicar sua vida 24 horas àquilo, só falam desse assunto e só pensam nele".

Do mesmo modo que ocorre com as drogas.



Todos os caminhos levam ao sistema de recompensa



A palavra "vício" costuma ser aplicada só para os casos de dependência de drogas, mas o que se caracteriza por esse desejo obsessivo, tolerância e síndrome de abstinência também se aplica para comportamentos compulsivos. Em todos os casos é ativado o sistema de recompensa do cérebro e, em geral a quantidade de dopamina (neurotransmissor ligado ao prazer) aumenta no núcleo acumbente (NAc), que é o centro do sistema. Como resultado a dopamina circulante pode chegar a ser dez vezes maior que a produzida por prazeres cotidianos, levando a um verdadeiro êxtase.

Diante de tamanha ativação, o sistema de recompensa reage e diminui a sua sensibilidade. A partir daí, para conseguir o mesmo prazer inicial, o usuário tem de consumir cada vez mais. Veja abaixo como cada droga interfere no circuito de prazer do cérebro:



Opiáceos e Opióides - Ópio, morfina e heroína ativam diretamente os receptores das endorfinas (opióides do próprio corpo) no núcleo acumbente. A função delas normalmente é regular o teor final de dopamina no NAc. Com a ação das drogas, a produção de dopamina cresce, o que leva a sensações de euforia e bem-estar.



Ecstasy - É uma anfetamina modificada, mas não age como uma (liberando dopamina direto no NAc), e sim como a cocaína, impedindo a reabsorção da dopamina. Essa ação é tão duradoura que o prazer pode se prolongar por horas. A droga age também em vários outros lugares do sistema límbico, inclusive o hipotálamo, que regula funções vitais. É esse comportamento que pode desencadear problemas com hipertermia e desidratação que podem levar à morte.



Cocaína e Crack - Impede a reabsorção da dopamina liberada no núcleo acumbente em uma situação de prazer. A droga bloqueia o processo de reciclagem da dopamina pelos neurônios aumentando sua duração e seus efeitos nas sinapses, o que leva à sensação de euforia característica da droga. O uso continuado danifica os neurônios e pode levar à redução dos efeitos da dopamina, provocando depressão e agressividade.



Álcool - Seu efeito vem de mais longe: ele age na origem das fibras dopaminérgicas que chegam ao NAc, numa área no meio do cérebro chamada área tegmental ventral (começo do circuito de prazer). O álcool ativa diretamente os neurônios do VTA, que passam a liberar mais dopamina sobre o NAc. O resultado, mais uma vez, é o aumento da concentração de dopamina no NAc. O uso prolongado prejudica a estrutura dos neurônios e afeta a comunicação entre eles.



Guerra Global

Cocaína e heroína, as drogas que mais matam no mundo, movimentam bilhões de dólares, incentivam a guerrilha e controlam os países mais pobres

Entre todas as substâncias ilegais, duas são as que causam mais impacto econômico e social no planeta. As drogas em questão são a cocaína e a heroína: além de serem as que mais matam seus usuários, elas são também as que mais movimentam dinheiro na produção e no tráfico e, em conseqüência, no combate a ale. Além disso, são as que demandam mais gastos no tratamento de dependentes e, segundo especialistas, as que mais prejudicam os países produtores. Como se não bastassem essas más notícias, o combate ao consumo e à produção obteve poucos resultados nos últimos anos, indicando um futuro tenebroso.
O tráfico dessas substâncias envolve uma teia, uma "cadeia industrial" que começa nos agricultores pobres, sem incentivo para se dedicar a lavouras lícitas, e passa por uma série de empregos diretos, como gente de laboratórios clandestinos, transportadores e revendedores, e indiretos, como encarregados da lavagem de dinheiro e dos sistemas de corrupção. Em 2002, a produção mundial de cocaína foi de 800 toneladas; a de heroína, de cerca de 450 toneladas. Essa produção chega a um enorme público consumidor, espalhado por todo o mundo, e movimenta somas impressionantes de dinheiro.
Segundo estimativas da ONU, cerca de 14 milhões de pessoas usaram cocaína entre os anos de 2000 e 2001; a heroína teve um "público consumidor" de 9,5 milhões de usuários no mesmo período. Quando se fala de gastos, as somas envolvidas são contadas anualmente na casa dos bilhões de dólares. Estima-se que os usuários dos EUA e da Europa Ocidental, maiores consumidores mundiais de cocaína e heroína, tenham desembolsado US$80 bilhões para adquirir essas substâncias.

Lucros Desiguais

Com toda essa quantia em circulação, os lucros com o narcotráfico se tornam gigantescos. No entanto, muito pouco disso cai nas mãos dos plantadores empobrecidos. Na "porta da fazenda", a colheita de folha de coca (base para a cocaína) e de papoula (base para a heroína e para o ópio) em países como Colômbia, Peru, Bolívia, Afeganistão e Mianmar, gerou no ano passado apenas US$ 1,1 bilhão para os agricultores. Ou seja, menos de 1,5% do total dos lucros. A maior parte do valor restante engorda as contas bancárias dos grandes traficantes, no elo final da corrente.
Além de provocar um aumento na criminalidade comum, com a formação de quadrilhas de transportadores e de distribuidores, esse mercado ilegal traz conseqüências ainda mais profundas na sociedades em que atua. Nos países consumidores, o impacto na saúde pública pode ser medido pelos gastos com tratamento de dependentes. Só em 2000, eles chegaram a US$ 15 bilhões. "Há muito menos usuários de cocaína e heroína do que os de maconha (que são 163 milhões, segundo a ONU), mas eles representam um problema social muito mais grave e de tratamento muito mais complexo", comenta o psiquiatra Fernando Altério, especialista em tratamento de dependentes.
Além disso, os americanos estimam que a perda de produtividade de sua economia em conseqüência dessas drogas pode ter chegado a US$ 110 bilhões. As soluções para esse problema são difíceis. "Uma opção mais barata para o combate ao tráfico é subsidiar programas de incentivo à troca de cultivo da coca e da papoula por produtos legais", afirma Antonio Maria Costa, diretor-executivo do Escritório da ONU de Combate às Drogas e ao Crime (Unodc, na sigla em inglês).
Mas é nos países produtores que o narcotráfico mostra seu maior poder destruidor. "Com os lucros, os grupos criminosos vão adquirindo mais influência nas sociedades de seus países, interferindo até na condução da política econômica de alguns deles", afirma o economista Eduardo Brandão, estudioso das relações do narcotráfico. Segundo Brandão, essas redes criminosas ditam até mesmo os rumos das políticas púbicas de alguns países. "Havendo uma poderosa rede de submundo, dominando uma economia informal, fica realmente muito mais difícil para o Estado governar", conclui.

Guerrilha e o tráfico

O tráfico também floresce quando o Estado está mais desestabilizado. É o que ocorre no caso de uma guerra civil. Os exemplos de Colômbia e Mianmar são característicos: grupos rebeldes tiram proveito do narcotráfico como uma maneira de sustentar a luta revolucionária.
E não há tendência política que escape. Na Colômbia, maior produtor mundial de cocaína, tanto grupos guerrilheiros de esquerda, como as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o ELN (Exército de Libertação Nacional), quanto de direita, como as AUC (Autodefesas Unidas da Colômbia), mantêm vínculos com plantações de coca e com o refino da matéria-prima. Em troca de proteção, as Farc chegam a cobrar dos traficantes o que chamam de "imposto revolucionário", que acaba se tornando uma das maiores fontes de renda do grupo.

Luta Americana

O conflito colombiano tende a se internacionalizar cada vez mais: o países de fronteira, como o Brasil, tornaram-se áreas de comércio de produtos químicos usados na fabricação da cocaína, além de corredores para a exportação da droga. Outro importante ator nesse cenário são os EUA, maior consumidor de cocaína do mundo. Washington aplica US$ 2 bilhões no Plano Colômbia, um projeto de ajuda militar para que Bogotá combata o tráfico - e, de tabela, a guerrilha.
Parece uma "guerra" sem grandes avanços para Washington: mesmo a intervenção militar americana não impediu que o Afeganistão, na Ásia Central, voltasse a ser o maior produtor mundial de papoula. Os afegãos plantaram em 2002 uma área de 74 mil hectares para a papoula. Já na Colômbia, a área de plantio de coca caiu de 145 mil hectares em novembro de 2001 para 102 mil hectares em dezembro passado. Entretanto, o aumento da produtividade agrícola e da tecnologia de fabricação fez com que a produção de cocaína não caísse mais do que 3,3%. Ao que tudo indica, os danos causados por essas drogas ainda devem assombrar o mundo nos próximos anos.



Cocaína

A situação mundial

A área mundial de cultivo cai 18%...
- 2001 - 211 mil hectares
- 2002 - 173 mil hectares
...mas a produção só diminui 3,3%
- 2001 - 82 toneladas
- 2002 - 80 toneladas
Isso ocorre principalmente pelo incremento de técnicas de produção

Os grandes produtores

Colômbia
- 72% da produção mundial
Apesar de a área cultivada cair pelo segundo ano consecutivo (de 145 mil hectares em 2001 para 102 mil hectares em 2002), o páis continua responsável pela maior produção mundial de cocaína

Peru
- 20% da produção mundial
Responsável pela segunda maior produção de coca no ano passado, o país andino vem mostrando uma relativa estabilidade na área cultivada (52.500 hectares em 2002)

Bolívia
- 8% da produção mundial
Apesar do declínio contínuo na área cultivada entre 1996 (48.100 hectares) e 2000 (14.600 hectares), o plantio cresceu 23% no ano passado, mostrando um aumento pelo segundo ano consecutivo

Os grandes consumidores

EUA
É o país de maior consumo de cocaína. Em 2000, forma gastos US$ 36 bilhões para comprar cocaína e US$ 12 bilhões para a heroína. Essas drogas respondem por 76% do gasto dos americanos com substâncias ilícitas

Reino Unido
O país tem 20% dos consumidores de heroína e 29% dos consumidores de cocaína da Europa Ocidental. As duas drogas respondem por 68% dos gastos dos britânicos com substâncias ilícitas

Europa Ocidental
A região é a maior consumidora de heroína no mundo. Em 2000, os europeus ocidentais gastaram US$ 20 bilhões para adquirir heroína e US$ 12 bilhões para adquirir cocaína


Heroína

A situação mundial
O cultivo de papoula volta a crescer no mundo

Total de plantações:

2000 - 222 mil hectares

2001 - 144 mil hectares

2002 - 180 mil hectares

Heroína e Ópio

2000 - 470 toneladas

2001 - 160 toneladas

2002 - 450 toneladas

Os grandes consumidores*

Usuários de drogas ilícitas no mundo - 200 milhões
Maconha - 163 milhões
Anfetaminas - 34 milhões
Cocaína - 14 milhões
Opiáceos - 15 milhões
*O uso de uma substância não elimina o de outra

As rotas do tráfico

Brasil
O país é uma das principais rotas do tráfico da cocaína vinda da região andina, servindo de corredor para os EUA e para a Europa Ocidental. Mas não é só de corredor que o Brasil serve nessa rede internacional: os grandes produtores compram no país os produtos químicos necessários para a transformação da folha de coca em cocaína

México
Principal rota de entrada de maconha para os EUA, tem papel fundamental como corredor para a cocaína. Sua fronteira terrestre com o país facilita a criação de mais corredores.

Leste Europeu e Bálcãs
Porta de entrada da heroína e do ópio vindos da Ásia

O triângulo dourado (Mianmar, Laos e Tailândia) e a crescente dourada (Afeganistão e Paquistão)

A pouca fiscalização de fronteiras nessas principais regiões produtoras de heroína e ópio auxilia muito o tráfico

Afeganistão
- 76% da produção mundial
O fim do regime islâmico do Taleban, em 2002, liberou o plantio de papoula, antes reprimido. A falta de um poder central forte facilita o tráfico

Laos
- 2% da produção mundial
Cerca de 40 mil famílias tiram a maior parte de seu sustento desse plantio ilegal, que ocupa 12 mil hectares no país

Mianmar
- 18% da produção mundial
A produção da papoula no país teve uma redução de 26%. Grande parte disso graças a políticas do governo de substituição do cultivo




Oficiais colombianos analisam papoula de plantação ilegal durante
repressão à produção de heroína no país

Espermatozóides de homens que fumam maconha são mais lentos e dificultam concepção


LONDRES - Os espermatozóides de homens que fumam maconha com freqüência perdem histamina e entram em combustão, o que pode impedir a fecundação. A afirmação foi feita por estudo publicado nesta segunda-feira pela Universidade Estadual de Nova York em Buffalo. Trata-se do primeiro estudo dos padrões de "nado" do espermatozóide de homens que fumam maconha. "O esperma de pessoas que fumam marijuana se move rápido demais antes da hora", disse Lani Burkman, principal autor do estudo, em declaração.

"Para se acoplar ao óvulo, o espermatozóide tem que nadar como louco - isso se chama hiperativação - e tem que ser vigoroso na hora certa. Fumar maconha bagunça o sistema natural regulatório", afirma ele. "Tudo acontece no tempo errado. Esses espermatozóides entrarão em combustão antes de chegarem ao óvulo e não serão capazes de completar a fertilização".

O estudo, divulgado na conferência anual da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva de San Antonio, descobriu que homens que fumam maconha têm menos espermatozóides devido à quantidade menor de fluido seminal.

Um dos ingredientes da maconha, tetrahidrocanabinol, ou THC, é a substância psicoativa que causa o efeito da droga.

"Não sabemos exatamente o que está acontecendo para mudar o padrão de funcionamento de esperma, mas achamos que é uma dessas duas coisas: o THC pode desarranjar o funcionamento do tempo do esperma por estímulo direto ou pode passar mecanismos de inibição naturais. Seja qual for a causa, os espermatozóides estão nadando muito rápido, cedo demais".

Um estudo anterior mostrou que a cápsula de enzima do espermatozóide humano muda quando exposta a altos níveis de THC. Como resultado, o espermatozóide tem dificuldades de se acoplar ao óvulo antes da fecundação.

sábado, 25 de maio de 2013

Uma Pergunta, Uma Resposta

Como o crack influencia no apetite, no sono e na vida sexual?


O uso de crack pode diminuir a necessidade de comer e dormir. Muitas vezes os usuários saem em “jornadas” em que consomem a droga durante dias seguidos. Podem ocorrer redução do apetite, náusea e dor abdominal. Frequentemente, a alimentação e o sono ficam prejudicados, levando ao emagrecimento e esgotamento físico. Os hábitos básicos de higiene também podem ficar comprometidos. O crack pode aumentar o desejo sexual no início; porém, com o uso continuado da droga, o interesse e a potência sexual diminuem. A pessoa sob efeito de crack aumenta o risco de praticar sexo inseguro, aumentando as chances de gravidez indesejada e as possibilidades de contrair doenças sexualmente transmissíveis.
Fonte:Crack, é possível vencer
. "Construí amigos, enfrentei derrotas, venci obstáculos, bati na porta da vida e disse-lhe: Não tenho medo de vivê-la." (Augusto Cury)

Nova droga é fabricada em ´Fundo de Quintal


A investigação do caso indica que o pó branco adicionado ao vinho das adolescente foi a "love drop", ou "gotas de amor". Trata-se de mais uma das drogas novas que aparecem todos os dias e assustam os médicos. Esse grupo de entorpecentes também é conhecido como "street drugs" ou "rave drugs".

"Temos notado o aparecimento da love drop no último ano, mas ainda não temos um trabalho estatístico", explicou o psiquiatra Danilo Antonio Baltieri que atua no setor de prevenção do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas (Grea), da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo ele, a love drop pertence ao grupo do GHB (gama-hidroxibutirato). "É oferecida como se fosse ecstasy líquido, mas é só propaganda, porque não tem nada a ver com o original", explicou o psiquiatra. O ecstasy verdadeiro é chamado de droga do amor.

Como as drogas do GHB, a love drop atua como depressora do sistema nervoso central. Tem uma função similar a de um neurotransmissor do cérebro. A droga combinada com o álcool faz com que a pessoa perca as defesas, o senso crítico e o corpo fica sem controle. O usuário pode ter um transtorno amnéstico e não lembrar do que aconteceu.

O psiquiatra afirmou que estudos internacionais da psiquiatria forense apontam que entre 30% a 70% das mulheres que foram vítimas de estupro tinham utilizado álcool ou drogas ilícitas ou por vontade própria ou obrigadas pelos agressores. "A possibilidade de defesa fica reduzida", salientou o especialista, que trabalha em um setor de emergência psiquiátrica e recebe pessoas vítimas de várias drogas, inclusive a love drop.

O médico explicou que a droga pode causar danos cerebrais e sociais com uso prolongado. Entretanto, ingerida em uma grande quantidade de uma só vez, também pode trazer sérias conseqüências, provocando até mesmo coma temporário e perda da consciência.

Um dos problemas da love drop, de acordo com o especialista, é que ela é fácil de ser obtida.

"Pode ser fabricada em fundo de quintal", disse. Um dos princípios é encontrado em remédios usados em academias para se ganhar massa muscular.

Para ele, o mais importante é investir em prevenção, principalmente diante do grande número de drogas novas que aparecem todos os dias.


Escola da droga


Pesquisa feita pela Unesco com 14 capitais mostra que iniciação a entorpecentes começa no colégio

Era para ser um dia como outro qualquer. O carioca A.E. acordou cedo e iniciou sua rotina matinal. Vestiu-se para ir à escola, tomou café e despediu-se da avó, com quem morava na zona sul do Rio de Janeiro. Ao sair, checou se o cigarro de maconha que costumava esconder na mochila estava lá. Antes de ir para a sala de aula de um dos colégios religiosos mais tradicionais da cidade, foi ao banheiro. Ali, deixou o baseado cair. Foi denunciado e expulso. O episódio ocorreu há três anos, quando A.E. tinha 12 anos. Hoje, ele faz parte de uma dupla estatística, ambas alarmantes. É um dos 92 mil jovens que fazem uso regular de drogas e um dos cerca de um milhão de estudantes brasileiros que admitem a existência de entorpecentes nas escolas. Os números estão no recente levantamento da Unesco, que mostra em detalhes estarrecedores essa triste realidade apresentada na pesquisa Drogas nas Escolas.

Foram recolhidas informações de 50.049 alunos da 5ª à 8ª série e do ensino médio de 14 capitais. Num total de 9.270 colégios públicos e privados, a pesquisa usou uma técnica conhecida como probabilística,
o que permitiu aos pesquisadores projetar o universo originalmente pesquisado para 3,7 milhões de alunos. Foram ouvidos ainda 3.099 professores e 10.225 pais de alunos. Com mais de 700 horas de entrevistas, o estudo gerou um calhamaço de 500 páginas e é o primeiro trabalho dessa natureza feito pela Unesco na América Latina. “Ilusão pensar que é o traficante quem oferece drogas nas escolas. São os próprios amigos do colégio que fazem esse papel”, analisa uma das coordenadoras da pesquisa, a socióloga carioca Mary Castro.

Foi exatamente isso o que aconteceu com A.E. Um colega da escola
de seu primo foi quem apertou o primeiro baseado para ele fumar. Do primeiro cigarro de maconha, aos 11 anos, o jovem evoluiu para o skank – uma espécie de maconha turbinada –, lança-perfume e cocaína. Esctasy, uma droga sintética que caiu no gosto de uma parcela considerável da juventude endinheirada, ele dispensa. Álcool e cigarros não o seduzem. Ao galgar a posição de usuário regular, A.E. começou a ficar sem dinheiro. Com a mesada curta, passou a roubar celulares na escola.
Não é incomum que o uso de drogas gere distúrbios de comportamento como o de A.E.: 92% dos alunos pesquisados afirmaram já ter cometido algum tipo de transgressão.

É no entorno dos colégios, mais do que dentro deles, que se constata a presença do tráfico e do consumo de drogas. “Não é o aluno quem vai atrás das drogas, é a droga que vai ao encontro dele”, analisa o psiquiatra paulista José Antônio Ribeiro da Silva. A Unesco confirma essa tese ao apontar os bares como os lugares onde, com maior frequência, são vendidas as drogas aos menores. Dentro das escolas, o banheiro é o lugar preferido para usar entorpecentes no horário de aulas. A maconha é disparadamente a droga ilícita mais consumida pelos estudantes. Tirando uma média das 14 capitais pesquisadas, concluiu-se que cerca de 92 mil alunos, de ambos os sexos, fumam maconha. Muitos dos usuários de hoje tiveram seu primeiro contato com os entorpecentes na sala de aula. A paulista A.P.O. fumou pela primeira vez aos 12 anos; um ano depois, usou cocaína e aos 14 anos já estava dependente. “Parei de estudar, já que era na escola que sempre voltava a usar drogas”, lembra ela, hoje com 24 anos.


Porto Alegre lidera o ranking do consumo de drogas. Enquanto o consumo médio nacional de maconha é de 2%, na capital gaúcha é de 4,7%. Esses jovens são também os maiores consumidores de cocaína e inalantes. Só perdem para Brasília quando o assunto é merla (uma espécie de pasta de cocaína misturada a querosene e gasolina). Em relação às drogas injetáveis, os estudantes gaúchos seguem a média nacional. “Demorei a aceitar essa realidade”, admite o psicanalista gaúcho José Outeiral. Autor de uma dezena de livros sobre o tema, o médico tenta explicar o fenômeno no sul do País. Seria o alto poder aquisitivo local e a proximidade das fronteiras. “Costumo dizer que a droga se matriculou na escola.”

Não importa a classe ou o sexo. A droga vem se aproximando mesmo da infância. Num passado recente, o jovem debutava no mundo das drogas aos 14 anos; hoje, aos 11 anos. Isso não significa que todos esses jovens evoluam para a dependência, assim como nem todo adolescente que usa drogas está envolvido com o tráfico. “Os mais vulneráveis são aqueles oriundos de famílias cujos limites não são claros”, analisa o psicanalista carioca Luiz Alberto Pinheiro de Freitas. A ausência do “não” na vida desses jovens cria uma espécie de ideal maníaco pela felicidade eterna e ininterrupta. A Unesco confirma esse diagnóstico: 63,7% dos alunos ouvidos pela pesquisa responderam que usam drogas para anestesiar as dificuldades.

“Acho ridículo minha mãe me chamar de maconheira. Meu pai é alcóolatra. Se ele pode, por que eu não posso?”, questiona a jovem T.H., 15 anos. “Fumo baseado desde os 12 anos. Já cheirei lança-perfume, mas não sou dependente.” Segundo a pesquisa da Unesco, o consumo de drogas entre as meninas é 30% inferior ao dos meninos estudantes. A exceção fica por conta de Belém – lá o consumo de drogas entre meninos e meninas é igual. Além de problemas familiares, o modismo e a necessidade de auto-afirmação são apontados pelos jovens como motivações importantes para iniciarem-se nas drogas.

No caso de T.H., o uso regular das drogas já está interferindo na vida escolar. Aluna de uma escola pública do Rio, ela sempre tirou boas notas. Mas, desde que passou a fumar diariamente, seu rendimento escolar despencou. Ela não associa as notas baixas ao uso regular de drogas.
“É uma fase da minha vida. Era boa aluna, hoje não sou mais.” Segundo
a pesquisa, o porcentual de reprovação entre os usuários de drogas
é duas vezes maior do que entre os alunos que não fazem uso dela: 31,3% contra 16,2%.

“As drogas, sobretudo a maconha, provocam prejuízo cognitivo. Elas atuam no lobo frontal”, comenta o médico Jorge Jaber, dono de uma clínica de recuperação de dependentes químicos. Cerca de 30% dos
seus pacientes são meninos e meninas menores de 18 anos. Por terem ainda o sistema nervoso imaturo, as drogas nessa faixa etária podem causar danos irreparáveis. Só que, ao contrário do que se pensa, não
é a maconha a porta de entrada para o mundo das drogas ilícitas, mas
o álcool e o cigarro. L.S., por exemplo, é a personificação dos números
da Unesco. Ele iniciou nas drogas pelo álcool. Hoje, aos 18 anos, ele
já repetiu de ano algumas vezes e cursa a 8ª série. As agressões passaram a fazer parte de sua vida quando começou a fumar maconha diariamente. Já agrediu a mãe e costuma roubar: “Meus alvos preferidos são velhinhas indefesas.”

As escolas públicas, sobretudo as localizadas em áreas de risco, são as que sofrem a maior pressão do poder coercitivo dos traficantes. “Até a Igreja e os postos de saúde estão sendo obrigados a abandonar esses locais”, comenta a diretora do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Maria Thereza de Aquino. Em muitas dessas escolas impera mesmo é a lei do silêncio, que vem acompanhada do medo e da ameaça, o que demonstra as tênues fronteiras entre a droga e a violência nas escolas. “O assunto drogas dentro da sala de aula é praticamente um tema proibido. Temos que falar sobre ele com muito cuidado”, admite uma professora de um Ciep da zona norte do Rio, localizado numa área conflagrada e dominada pelo tráfico.

Cair da escada


- Ai! Caí da escada....
- Nossa! Você arrebentou a cabeça!
- Pois é...
- Não deu tempo de se apoiar com as mãos?
- Não. Eu estava com as mãos nos bolsos...
- Peraí! Você, de cabelos brancos, não sabia que a gente não sobe nem desce escadas de mão no bolso?!
- Sabia...
- Sabia, né? E não adiantou nada!

Esse caiu da escada. O outro caiu em adultério. Com a vizinha. Magra e feia. Mas ela "provocou". Ele percebeu. Continuou olhando. Sabia que não se deve olhar comprido para a mulher do vizinho? Sabia! Pois é: sabia mas ... fez como se não soubesse...

E aquele? Foi à festa. Bebeu. Bebeu todas. Madrugada, pega o volante. Mulher e filhos vão juntos. Escuro, neblina, reflexos amortecidos. Quando acordou ... estava morto. Sabia que não se deve dirigir quando o tanque (não o do carro!) está cheio? Sabia! E adiantou saber? Claro que não...

O jovem sabia que não devia usar drogas. Ouviu dos pais, dos professores, leu em revistas, viu na TV quanto as drogas são devassadoras. Mas experimentou só maconha...Gostou e repetiu o uso. "Vou usar mais uma vez e paro quando quero". Caiu no vício, perdeu o emprego e a escola e prejudicou a família. Adiantou avisar?..

A adolescente engravidou com 16 anos. A jovem de 21 anos pegou Aids. Elas sabiam que se quisessem transar deveriam usar camisinha. Elas sabiam... mas não usaram. Moral da história? Vivemos uma permanente esquizofrenia. Uma ruptura entre conhecimento e ação. Inclusive você, que me lê! Você ainda tem idade e músculos para jogar bola no fim-de-semana? Não? Mas joga, né?

Os outros bichos são diferentes. Se você soltar um foguete, o cachorro sai de perto. Ele não é burro: é cão. Mas você vai a festas, bailes, formaturas (até a templos!), onde a música é altíssima, o volume amplificado acima de 100 decibéis. Você sabe que seus ouvidos estão sendo lesados? Saaabe! E por que não saio de perto? Porque eu não sou cão: sou burro! Os outros bichos, inclusive o burro (o legítimo!), obedecem a seus instintos, o que lhes garante segurança, proteção e sobrevida. Nós os racionais, abrimos mão dos instintos e jogamos no lixo a sabedoria dos avós. Azar o nosso! Modernos e sabidinhos, vivemos a estrepar-nos. Em depois, achamos graça no português...

Ah! Em tempo: em Lisboa, no cemitério municipal, lia-se em uma lápide: "Aqui jaz o Manuel, que acendeu um fósforo para ver se tinha gasolina.... e tinha".

Jovens ficam bêbados tomando álcool pelo ânus e vagina



Médicos em todo mundo têm se assustado com o aumento da incidência de pessoas que procuram os serviços de saúde após se embebedarem de uma maneira nada ortodoxa: inserindo a bebida alcoólica no canal vaginal ou no reto. Há pouco tempo, outra mania perigosa - pingar vodka nos olhos - já foi alvo de notícias, revelando casos de jovens que ficaram cegos com a prática.

Uma das maneiras de se embebedar sem ingerir a bebida pelo método tradicional é encharcar um absorvente com o drink favorito e introduzí-lo na vagina.

Já o método utilizado pelos jovens que se embriagam pelo ânus é inserir um cano e despejar a bebida diretamente no reto.

As mucosas do intestino e da vagina absorvem rapidamente o álcool e o usuário fica embriagado em questão de minutos.

Uma das razões que os adeptos do método apresentam para justificar a ingestão de bebida pelo ânus ou vagina é que dessa maneira se evita a ingestão de calorias, engordando menos. Outro ponto é que o método faz com que o usuário não tenha o tradicional "bafo de bêbado".

Entretanto, especialistas alertam que nenhum dos motivos resiste a uma análise mais apurada. As calorias serão ingeridas, seja pela boca ou por outro lugar, juntamente com o álcool. E o álcool será expelido em forma de vapor pelos pulmões, gerando o "bafo" do mesmo jeito.

Além disso, essas práticas podem provocar hemorroidas, diminuir o PH da vagina (abrindo a porta para infecções), favorecer o aparecimento de dolorosas fissuras, entre outros problemas.

Reflexão


As Atitudes Tudo ou Nada

Percebo que as pessoas que decidem transformar sua vida
desenvolvem um tipo especial de atitude.

Elas se empenham em cada ação como se a vida inteira dependesse desse esforço.

Elas vêem a construção do futuro como a única forma de viver como fazem os oficiais com seus soldados em situações desfavoráveis de batalha.

Em outras palavras, decidem queimar as pontes que permitem retroceder.

Nessas decisões radicais, é importante assumir, também, um comportamento radical.

Nos grupos de Alcoólicos Anônimos fala-se muito sobre o perigo de tomar um único copo de bebida, pois a decisão de parar de beber tem que vir acompanhada de uma atitude do tipo tudo ou nada.

Uma pessoa que dependente dos pais e resolve morar sozinha não pode mais chegar atrasada ao emprego porque perdeu a hora.

Terá, pelo menos, de comprar um despertador eficaz porque não haverá ninguém para acordá-la toda manhã.

Um empresário que está à beira da falência não pode continuar gastando sem nenhum controle.

A decisão de partir para o tudo ou nada é somente o primeiro passo.

Depois da decisão, precisa haver atitude. Há pessoas que se casam, mas querem levar a vida de solteiras.
Resultado: o casamento fracassa.

Há pessoas que decidem ter filhos, mas querem continuar a viver como se os filhos não existissem.
Resultado: teremos crianças órfãs de pais vivos.

Lembre-se, há dois tipos de atitudes: as atitudes tudo ou nada e as atitudes mais ou menos.

Uma atitude mais ou menos sempre leva a um resultado medíocre.

É importante entender com toda clareza que, durante um processo de transformação radical, a atitude de fazer um pouco de cada vez nos trará resultados muito parecidos aos que teríamos se não fizéssemos nada.

Quem quer fazer uma revolução na vida precisa tomar uma atitude radical.

E, quando se toma uma decisão radical, é preciso continuar caminhando pela estrada que escolhemos com comprometimento, determinação e fé.

Nossas atitudes devem ter a mesma intensidade das decisões que tomamos.

Uma atitude tudo ou nada é mergulhar em um novo amor como se sua respiração dependesse da respiração do seu companheiro.

É sair da casa dos pais e cuidar de suas responsabilidades como se houvesse apenas você no mundo para pagar suas contas.

É aprender uma nova profissão como se sua vida dependesse dessa empreitada.

É abraçar o novo emprego como se essa fosse a última oportunidade de sua vida.

Porque é preciso correr atrás de nossos objetivos com a determinação de um faminto que anseia por um prato de comida.

Buscar a água como um homem perdido no deserto.
Dançar a música da vida como se seu corpo e sua alma fossem os instrumentos dessa música!

Afinal, se você romper as grades da gaiola, mas não bater as asas para valer, jamais poderá voar de verdade!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

O vício toma conta e escraviza


Jornal do Brasil
A Praça Sete é desígnio de liberdade. É trilha para refletir sobre a emancipação. E no encontro marcado do Café Nice a polêmica sempre prospera. Em um desses repertórios, ouvi no calor do debate: “Pitei, mas não traguei droga nenhuma”. Nesta droga de vida repleta de conflitos — violência urbana, truculência cotidiana, trabalho repetitivo, sexo fugaz, barulho estridente, descarrego, ladainhas e pregação— muitos seres humanos não encontram silêncio e tranquilidade da alma. Lentamente vão sucumbindo, perambulam e tornam-se zumbis urbanos.

Nesse contexto, o alívio de muitos vira o tormento para outros. O vício toma conta e escraviza. A droga é assunto complexo. Está repleto de adoecimento, delírios, violência, morte, preconceito e paixão. Não sou especialista, mas pago tributos e sou um cidadão que reflete sobre os valores das coisas e o insondável do psiquismo. Nunca gostei muito de fumo ou chumaço de cigarro. Fumaça somente da velha locomotiva, do trem de ferro ou de um bom churrasco. De excessos, permito-me o chope ou a cerveja gelada, de preferência no bar do Marcinho, com um bom tira-gosto.

Na juventude, nos idos da década de 70, confesso que pitei, mas não traguei. Nunca fui apreciador da cannabis. Não faço apologia às drogas ou qualquer vício. A sociedade carece de novos paradigmas para tratar desse grande problema. Neste turbilhão que envolve guerra de traficantes, viciados em crack, violência banalizada, excessos policiais, moralismo em ascensão e famílias destruídas, o debate é tão necessário quanto urgente.

Os EUA gastam bilhões e não conseguem dar conta deste bilionário mercado. A indústria multinacional da droga gera excessos de toda ordem. De acordo com a enciclopédia online Wikipédia, “algumas estimativas do comércio global puseram o valor das drogas ilegais em cerca de US$ 400 bilhões no ano 2000, o que, somado ao mesmo tempo ao valor do comércio global de drogas legalizadas (tais como o tabaco e o álcool), corresponde a uma quantidade superior ao dinheiro gasto para a alimentação no mesmo período de tempo. Em 2005, o Relatório mundial sobre drogas das Nações Unidas informou que o valor do mercado ilícito de drogas foi estimado em 13 bilhões de dólares ao nível de produção, 94 bilhões ao nível de preço de mercado e a mais de 1 trilhão baseado nos preços de cultura, levando em conta inclusive as perdas”. Precisamos deixar de ser hipócritas e tratar desse assunto com toda a sociedade de forma ampla e madura. A descriminalização da droga, o mapeamento dos produtores e consumidores, o gasto público com saúde e segurança pública na repressão e todo o aparato que as drogas ilícitas demandam, carece de ser debatido considerando a possibilidade de algum nível de legalização. É necessário reescrever o Estatuto da droga convocando todos os especialistas, autoridades públicas, usuários, produtores, familiares, religiosos, educadores e todos que podem colaborar para desatar este nó da sociedade. Do contrário, continuaremos sofrendo com as drogas da hipocrisia e da indiferença.

Sou da geração que fumou cigarro de chuchu, palha, papel de jornal e depois evoluiu para a “maldita” ou “bendita” maconha. Frequentemente ouço comentários que fulano continua pitando, desde o tempo da faculdade, e vive bem. Dá conta dos seus compromissos familiares e profissionais. Esses pitaram, tragaram e não piraram. Muitos sucumbiram ao desatino.

Precisamos de muita ousadia para encarar o problema, promover debates, seminários sobre política de reparação de danos, aprofundamento da descriminalização de drogas “leves” e permitir a manifestação da marcha da maconha. Para esse tema, não há uma resposta pronta e acabada, mas é necessário coragem para assumir um problema que inferniza nos
sa sociedade.

Explosão das drogas sintéticas preocupa Europa


A União Europeia (UE) alertou na última quinta-feira para o forte aumento da demanda pelas chamadas drogas "de design", sintetizadas na China e que podem ser compradas pela internet, enquanto a cocaína perde popularidade, embora se mantenha, atrás da maconha, como segunda droga ilegal mais consumida.

"Na Europa e em todo o mundo presta-se atenção (...) nas novas drogas e nas novas pautas de consumo", destacou um relatório elaborado pelo Centro de Controle Europeu de Dependência à Droga e a Europol.

"Esta atenção se vê alimentada pelas mudanças produzidas na tecnologia das comunicações", já que em muitos casos as drogas podem ser compradas como "euforizantes legais" na internet ou "em lojas especializadas".

O termo "droga de design" é usado, desde os anos 1980, para designar os compostos do "ecstasy" (MDMA e outros, como os canabinoides sintéticos) e se aplica a substâncias "destinadas a imitar os efeitos das drogas controladas, porém modificando sutilmente sua estrutura química para escapar dos controles existentes", destacou o informe.

A maioria destas novas "substâncias psicotrópicas que se negocia no mercado europeu de drogas ilegais" se fabrica na China e, em menor medida, na Índia.

Mortes por overdose de analgésicos crescem nos EUA


Mortes por overdose de drogas subiram pelo 11º ano consecutivo, segundo dados do governo americano. A maioria delas foram acidentes envolvendo analgésicos que causam dependência, apesar da atenção crescente para os riscos desses medicamentos.

"O quadro geral é que esse é um grande problema que piorou rapidamente", disse Thomas Frieden, diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, que reuniu e analisou os dados.

Em 2010, segundo Frieden, houve 38.329 mortes por overdose de drogas em todo o país. Medicamentos, em sua maioria drogas prescritas, estavam envolvidos em quase 60% de mortes por overdose deste ano, ofuscando as mortes por drogas ilícitas. O relatório foi publicado nesta terça-feira (19) na revista científica "Journal of the American Medical Association".

Ele detalha quais drogas estavam envolvidas na maior parte das fatalidades. Como em anos anteriores recentes, as drogas opioides --que incluem OxyContin e Vicodin-- foram o maior problema, contribuindo para 3 de cada 4 mortes por overdose de medicamentos.

Frieden disse que muitos médicos e pacientes não percebem o quão viciante essas drogas podem ser, e que elas estão muitas vezes sendo prescritas para casos de dores que podem ser controladas com medicamentos menos arriscados.

Os remédios são úteis para casos de câncer, "mas, se você tem dores agudas nas costas ou enxaquecas terríveis, usar essas drogas que causam dependência pode ser perigoso", disse ele.

Foram contabilizadas 22.134 mortes por overdose por medicamentos em 2010. Ansiolíticos, incluindo Valium, estavam entre as causas mais comuns de mortes relacionadas com medicação, envolvidos em quase 30% dos casos. Entre os óbitos relacionados com o medicamento, 17% foram suicídios.

Os dados do relatório vieram de certidões de óbito, que nem sempre são claras sobre se a morte foi um suicídio ou uma tentativa trágica de uso recreativo. Mas parece que a maioria das overdoses por analgésico foi acidental, disse Rich Zane, professor de emergência médica da Escola de Medicina da Universidade de Colorado.

As conclusões do estudo não são surpresa, acrescentou Zane. "Os resultados são consistentes com o que vemos cotidianamente nas emergências", disse ele, acrescentando que as estatísticas sem dúvida têm piorado desde 2010.

Alguns especialistas acreditam que os números dessas mortes vão se estabilizar. "Atualmente, há uma crença geral de que, porque são drogas farmacêuticas, elas são mais seguras do que drogas ilícitas como a heroína de rua", disse Don Des Jarlais, diretor do Instituto de Dependência Química no Centro Médico Beth Israel em Nova York. "Cedo ou tarde, as pessoas que utilizam esses medicamentos vão se tornar mais conscientes dos perigos", disse ele.

Frieden disse que os dados mostram a necessidade de mais programas de monitoramento de prescrição de drogas ao nível estadual, e mais leis para fechar "vertedouros de pílulas" -- consultórios médicos e farmácias que receitam em excesso remédios que causam dependência.

No mês passado, um conjunto de especialistas federais em segurança de medicamentos recomendou que o remédio Vicodin e dezenas de outros medicamentos sejam submetidos às mesmas restrições que os outros entorpecentes como oxicodona e morfina têm. Enquanto isso, cada vez mais hospitais têm estabelecido restrições mais duras em prescrições de analgésicos.

Um exemplo: o hospital da Universidade de Colorado em Aurora, EUA, está considerando uma regra que proíbe os médicos de emergência de prescrever medicamentos aos pacientes que afirmarem que perderam seus remédios para dor, disse Zane.

Reflexão



O Pedreiro

                                                                                                               
Um velho pedreiro que construía casas estava pronto para se aposentar. 

Ele informou o chefe, do seu desejo de se aposentar e passar mais tempo com sua família.

Ele ainda disse que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar.

A empresa não seria muito afetada pela saída do pedreiro, mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo e ele pediu ao pedreiro para trabalhar em mais um projeto, como um favor.

O pedreiro não gostou mas acabou concordando. Foi fácil ver que ele não estava entusiasmado com a idéia. Assim ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados.

Quando o pedreiro acabou, o chefe veio fazer a inspeção da casa construída. Depois de inspecioná-la, deu a chave da casa ao pedreiro e disse:

- "Esta é a sua casa. Ela é o meu presente para você".

Depois, com surpresa, nós descobrimos que precisamos viver na casa que nós construímos. Se pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente. Mas não podemos voltar atrás. Tu és o pedreiro. Todo dia martelas pregos, ajustas tábuas e constróis paredes. Alguém já disse que: "A vida é um projeto que você mesmo constrói".

Tuas atitudes e escolhas de hoje estão construindo a "casa" em que vai morar amanhã. Portanto construa com sabedoria!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Primeiro levantamento nacional aponta maior risco de sexo inseguro entre jovens que abusam do álcool 


Dados do Cebrid mostram que, entre os jovens que tinham feito sexo sem camisinha, 41% haviam consumido álcool em excesso.

O consumo de bebidas alcoólicas e o uso de drogas estão diretamente associados ao sexo de risco entre adolescentes brasileiros. É o que aponta o primeiro levantamento nacional a analisar a relação entre sexo e álcool em jovens, realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas (Cebrid), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). De acordo com o estudo, publicado na edição deste mês do periódico brasileiro Clinics, entre os jovens que praticaram sexo inseguro, 41% haviam consumido bebidas alcoólicas em excesso no período correspondente ao estudo.

Para o levantamento foram analisados dados de 17.371 adolescentes do ensino médio, de 789 escolas públicas e privadas das 27 capitais brasileiras. Eles responderam a questionários sobre uso de drogas, consumo de álcool e prática sexual referentes ao período de um mês antes da realização do estudo. As entrevistas foram feitas em 2010, e são uma amostra representativa da população jovem do Brasil.

Sexo e álcool — Cerca de um terço dos jovens entrevistados havia tido relação sexual no mês anterior à pesquisa. Destes, quase metade (48%) não havia usado camisinha. Embora a prática sexual tenha sido mais prevalente entre os meninos, foram as meninas que mais fizeram sexo inseguro. "Essa diferença, talvez, esteja associada ao fato de que, geralmente, as meninas saem com garotos mais velhos, que não participaram do estudo", diz Zila M. Sanchez, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp, pesquisadora do Cebrid e coordenadora do estudo.

O levantamento descobriu ainda que cerca de um terço dos adolescentes que eram sexualmente ativos tinham usado drogas recentemente — destes, 37,2% tinham praticado o binge (termo em inglês usado para designar o consumo acima de cinco doses alcoólicas, para homens, e de quatro, para a mulher, em apenas duas horas); 16,5% tinham fumado; e 14,5% haviam usado drogas ilegais. Segundo o estudo, idade (jovens mais velhos) e condições socioeconômicas mais baixas estão diretamente relacionadas ao sexo inseguro. O aumento em um ano na idade do adolescente representa um aumento nos riscos de sexo inseguro em 17%.

Quando cruzaram os dados, os pesquisadores descobriram que entre os jovens que haviam praticado sexo sem camisinha no mês anterior à pesquisa, 40,9% tinham feito binge. "Os resultados não foram, na verdade, uma surpresa", diz Zila. Segundo a pesquisadora, a inclusão do comportamento sexual na pesquisa do Cebrid visa acrescentar o comportamento de risco na prevenção de drogas. "Doenças sexualmente transmissíveis, aids, o sexo inseguro: tudo isso é questão de saúde pública e deve ser considerado no levantamento."

Crack produz geração de dependentes em lavouras brasileira


Na área da saúde pública, é sempre mais fácil diminuir os danos de uma doença antes que ela se transforme em epidemia. Porque depois que a contaminação se espalha entre milhares de vítimas, toda ação de controle se torna muito mais complexa. E é mais ou menos isso que o Brasil está vendo acontecer, hoje, com o crack.

Na segunda reportagem de uma série especial, o Jornal Nacional mostra que o crack também está presente no campo. E fazendo vítimas entre os trabalhadores das lavouras.

Uma situação cada vez mais comum na lavoura. Um homem diz que não tem mais nada a perder. Família, dinheiro, dignidade. Tudo foi consumido pelo crack. “E eu durmo no meio da rua. Faz muito tempo que eu não tomo um banho”, conta.

A praga do crack se alastra pelas plantações do país. Um homem trabalha como capataz. Comanda um grupo de 300 trabalhadores no corte da cana. E já viu muitas vezes a droga ser consumida durante o serviço.

“Você não pode nem acabar repreendendo ele. Ele acaba vindo em cima da gente com facão, essas coisas”, diz o homem.

“Eu fiquei trabalhando em troca do crack dez anos, na lavoura de café. Totalmente escravo. Sem futuro”, afirma outro homem.

Visitamos pequenas cidades em Mato Grosso do Sul, a cerca de 300 quilômetros da capital, Campo Grande. A região produz milho, soja e algodão.

O senhor que hoje revira a terra sozinho não pode mais contar com o filho, dependente de crack. “Eu comprei isso aqui para ele morar comigo”, se emociona. Ele conta que tem 20 dias que não vê o filho.

Para chegar em muitas fazenda e sítios, é preciso atravessar quilômetros de estradas de terra batida, passar por muitos buracos. O crack é deixado na porta de casa. Vendedores da droga usam motos e carros para fazer o serviço.

“Na hora do almoço, para o serviço, no meio, faz a rodinha, os traficantes vão até levar hoje nas propriedades rurais. Tá fácil hoje”, conta um homem.

Os dois filhos de uma senhora - trabalhadores rurais - são dependentes da droga. “Isso daí tinha que fazer um meio deles não conseguir. Entendeu? Não conseguir”, desabafa a mãe.

“Eu estou tendo muito trabalho para ter funcionário que não seja usuário”, afirma um homem.

Uma jovem tenta se livrar do vício, antes do nascimento da primeira filha. Está na fase final da gestação e só conseguiu se afastar do crack no sétimo mês.

“Eu trabalhava na lavoura. E o dinheiro que eu ganhava, a maioria, tudo para droga”, confessa. “Meu medo é recair e minha filha catar este exemplo e seguir a mesma coisa. Eu não queria nem que ela nem conhecesse, mas eu sei que um dia ela vai conhecer a droga. Mas espero que ela não chegue a usar”, completa.

“O Governo Federal demorou muito tempo para reconhecer a situação de epidemia, hoje já é uma pandemia. Ou nós enfrentamos a questão do consumo e do tráfico de drogas com seriedade no país, ou então nós vamos viver o caos que já se apresenta como agora até a zona rural, índios, quilombolas, já estão a mercê do tráfico de drogas”, ressalta Sérgio Harfouche, presidente do Conselho Antidrogas - MS.

Reflexão


Lave sua vidraça...


Um casal, recém-casados, mudou-se para um bairro muito tranqüilo.

Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou através da janela em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:

- Que lençóis sujos ela está pendurando no varal! - Está precisando de um sabão novo.

Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas! O marido observou calado.

Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:

- Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas! E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal. Passado um tempo a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos, e empolgada foi dizer ao marido: - Veja, ela aprendeu a lavar as roupas, Será que outra vizinha ensinou??? Porque eu não fiz nada. O marido calmamente respondeu: - Não, hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela! E assim é.

Tudo depende da janela, através da qual observamos os fatos.

Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir, verifique seus próprios defeitos e limitações. Olhe antes de tudo, para sua própria casa, para dentro de você mesmo.

"Só assim poderemos ter noção do real valor de nossos amigos. Lave sua vidraça. Abra sua janela".

História das Drogas


Breve história das drogas
A longa trajetória das substâncias psicotrópicas com o passar dos milênios

5400 - 5000 A.C.
Um jarro de cerâmica descoberto no norte do Irã, com resíduos de vinho resinado, é considerado a mais antiga evidência da produção de bebida alcoólica

4000 A.C.
Os chineses são, provavelmente um dos primeiros povos a usar a maconha. Fibras de cânhamo descobertas no país datam dessa época

3500 A.C.
Os sumérios, na Mesopotâmia, são considerados o primeiro povo a usar ópio. O nome dado por eles à papoula pode ser traduzido como "flor do prazer"

3000 A.C.
A folha de coca é costumeiramente mastigada na América do Sul. A coca é tida como um presente dos deuses

2100 A.C.
Médicos sumérios receitam a cerveja para a cura de diversos males, segundo inscrições em tabuletas de argila

2000 A.C.
Hindus, mesopotâmios e gregos usam o cânhamo como planta medicinal. Na Índia, a maconha é considerada um presente dos deuses, uma fonte de prazer e coragem

100 A.C.
Depois de séculos, o cânhamo cai em desuso na China e é empregado apenas como matéria-prima para a produção de papel

Século 11
Hassan Bin Sabah funda a Ordem dos Haximxim, uma horda de guerreiros que recebia, em sua iniciação, uma grande quantidade de haxixe, a resina da Cannabis

1492
O navegador Cristóvão Colombo descobre os índios usando tabaco durante suas viagens ao Caribe

Século 16
Américo Vespúcio faz na Europa os primeiros relatos sobre o uso da coca. Com a conquista das Américas, os espanhóis passam a taxar as plantações

Século 16
Durante a expansão marítima para o Oriente, os portugueses adotam a prática de fumar ópio

1550
Jean Nicot, embaixador francês em Portugal, envia sementes de tabaco para Paris

Século 17
O gim é inventado na Holanda e sua popularização na Inglaterra no século 18 cria um grave problema social de alcoolismo

Século 18
O cânhamo volta a ser usado no Ocidente, como planta medicinal. Alguns médicos passam a usá-lo no tratamento da asma, tosse e doenças nervosas

Século 19
Surgem os charutos e cigarros. Até então, o tabaco era fumado principalmente em cachimbos e aspirado na forma de rapé

1845
O pesquisador francês Moreau de Tours publica o primeiro estudo sobre drogas alucinógenas, descrevendo seus efeitos sobre a percepção humana

1850-1855
A coca passa a ser usada como uma forma de anestesia em operações de garganta. A cocaína é extraída da planta pela primeira vez.

1852
O botânico Richard Spruce identifica o cipó Banisteriopsis caapi como a matéria-prima de onde é extraída a ayahuasca

1874
Com a mistura de morfina e um ácido fraco semelhante ao vinagre, a heroína é inventada na Inglaterra por C.R.A. Wright

1874
A prática de fumar ópio é proibida em San Francisco (EUA). A Sociedade para a Supressão do Comércio do Ópio é fundada na Inglaterra, e só quatro anos depois as primeiras leis contra o uso de ópio são adotadas

1884
O uso anestésico da cocaína é popularizado na Europa. Dois anos depois, John Pemberton lança nos EUA uma beberagem contendo xarope de cocaína e cafeína: a Coca-Cola. A cocaína só seria retirada da fórmula em 1901

1896
A mescalina, princípio ativo do peyote, é isolada em laboratório

1898
A empresa farmacêutica Bayer começa a produção comercial de heroína, usada contra a tosse

1905
Cheirar cocaína torna-se popular. Os primeiros casos médicos de danos nasais por uso de cocaína são relatados em 1910. Em 1942, o governo dos EUA estima em 5.000 as mortes relacionadas ao uso abusivo da droga

1912
A indústria farmacêutica alemã Merck registra o MDMA (princípio ativo do ecstasy) como redutor de apetite. A substância, porém, não chega a ser comercializada.

1914
A cocaína é banida dos EUA

1930
Num movimento que começa nos Estados Unidos, a proibição da maconha alcança praticamente todos os países do Ocidente

1943
O químico suíço Albert Hofmann ingere, por acidente, uma dose de LSD-25, substância que havia descoberto em 1938. Com isso, ele descobre os efeitos da mais potente droga alucinógena

1950-1960
Cientistas fazem as primeiras descobertas da relação do fumo com o câncer do pulmão

1953
O exército norte-americano realiza testes com ecstasy em animais. O objetivo era investigar a utilidade do agente em uma guerra química

1956
Os EUA banem todo e qualquer uso de heroína

1965
O LSD é proibido nos EUA. Seus maiores defensores, como os americanos Timothy Leary e Ken Kesey, começam a ser perseguidos

1965
Alexander Shulgin sintetiza o MDMA em seu laboratório. Ao mastigá-lo, sente "leveza de espírito" e apresenta a droga a psicoterapeutas

Anos 70
O uso da cocaína torna-se popular e passa a ser glamourizado. Nos anos 80, o preço de 1 Kg de cocaína cai de US$ 55 mil (1981) para US$ 25 mil (1984), o que contribui para sua disseminação

1977
Início da "Era de Ouro" do ecstasy. Terapeutas experimentais fazem pesquisas em segredo para não chamar a atenção do governo

Década de 80
Surge o crack , a cocaína na forma de pedra. A droga, acessível às camadas mais pobres da população tem um alto poder de de pendência

1984
A Holanda libera a venda e consumo da maconha em estabelecimentos específicos - os coffee shops

1984
O uso recreativo do MDMA ganha as ruas. Um ano depois, a droga é proibida nos EUA e inserida na categoria dos psicotrópicos mais perigosos

2001
Os EUA dão apoio financeiro de mais de US$ 2 bilhões ao combate ao tráfico e à produção de cocaína na Colômbia

2003
O governo canadense anuncia que vai vender maconha para doentes em estado terminal. É a primeira vez que um governo admite o plantio e comercialização da droga


Reflexão


Pegadas na areia


Uma noite eu tive um sonho...

Sonhei que estava andando na praia com o Senhor, e através do céu, passavam cenas da minha vida.

Para cada cena que passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia.
Um era o meu, e o outro era do Senhor.

Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás para as pegadas na areia, e notei que muitas vezes no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia.

Notei, também, que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos do meu viver.
Isso aborreceu-me deveras, e perguntei:

- Senhor, me dissestes que uma vez que eu resolvi Te seguir,
Tu andarias sempre comigo todo o caminho; mas notei que durante as maiores atribulações do meu viver havia na areia dos caminhos da vida, apenas um par de pegadas.
Não compreendo porque nas horas que eu mais necessitava de Ti, Tu me deixastes.

O Senhor respondeu:

"Meu precioso filho, Eu te amo e jamais te deixaria nas horas da tua prova e do teu sofrimento.
Quando viste na areia apenas um par de pegadas, foi exatamente aí que Eu te carreguei nos braços."

Pense Nisso !

... "Defeitos não fazem mal, quando há vontade e poder de os corrigir." (Machado de Assis)

Relatos



Persista e Resista

Você procurou a sua alegria num copo de bebida, depois na maconha, na cocaína e até na pedra de crack, e o que aconteceu?
Mais um dependente com a vida arruinada. Está perdendo tudo; não serve pra nada. Caminha para morte, diz que não tem sorte, nem se lembra de Deus.
Jesus te chama, pois ele te ama, mas o que te salva é o criador. Mesmo que o homem não te dê valor, pois o homem é falho sendo criatura, Jesus te chama, pois ele te ama.
No meio dos amigos, altas gargalhadas, tapinhas nas costas e até menininha tem para incrementar.
Tudo isso tem, mas quando volta a depressão danada, encosta a cabeça no travesseiro e começa a chorar.
Persista e resista.
Jesus te ama, pois te chama, mesmo que o homem não te dê valor...

Relatos



Sou dependente química em recuperação há três anos e quatro meses. Fiz tratamento no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) Natal - RN.
Gostaria de ajudar a outros dependentes químicos a saírem do cárcere das drogas. Para isso fiz uma poesia, onde mostro a minha trajetória:

MEU CAMINHO

Ao longo do meu caminho...
Procurei me camuflar
Usando um "brinquedo estranho"
Que de cara me encantou,
Com jeito, me acorrentou
Pra depois me escravizar.

Me deu o mel, depois... o fel.
Feriu mais do que me alegrou.
Confinou meus pensamentos,
Emoções, sentimentos...
E a liberdade chorou!

De repente um grito
Rasgado no ar...
Um gesto que espanta!
Pois nunca se ouvira
Partindo de mim
Uma frase assim:
"Vou me libertar!"

Do grito, o eco.
No eco, o CAPS
No CAPS, compreensão...
Cara a cara com a verdade,
Exercício da humildade
Há muito tempo esquecida!

Momentos bons, e de dores.
Reformulando valores
E conceitos distorcidos.

Foi muita reflexão,
Tempo de renovação,
Início de uma investida:

No CAPS eu me senti forte!
E o meu projeto de morte,
Transformei-o num de vida!

Ao longo do meu caminho...
CRISTO comigo cavalga
Me abastecendo de PAZ.

E bem a minha maneira,
Levo da VIDA... A Bandeira!
Que numa espécie de magia
Se transforma em Poesia
Pra fortalecer minh´alma!

Relatos



Eu era uma garota de 15 anos

"Eu era uma garota. Uma garota que, aos 15 anos de existência, deixou de viver, mas que agradece a Deus a felicidade que um dia possuiu.
Eu era como você, autêntica, amiga, feliz e o mais importante era que eu vivia.
Nessa etapa, nessa época, eu saía da escola abraçada com os meus amigos, trocávamos mensagens de fé, carinho e amor. Saíamos todos juntos sem distinção de cor, raça, sexo ou religião. Nós nos divertíamos ao máximo.
Quando íamos à igreja, rezávamos todos juntos com uma chama de esperança nos olhos, de um mundo melhor.
Naquela época eu tinha amigos. Sempre que precisavam de mim, eu estava disposta a ajudar, fazia o que podia para tirar você da angústia. Um dia fiquei angustiada e fui falar com você. Pedi uma palavra de fé, esperança, conforto, e você mostrou-me algo que chamou minha atenção, um algo que parecia com um cigarro comum.
Você ofereceu-me e disse que aquilo ia me fazer bem, iria me ajudar. Fumei aquele cigarro sem medir as consequências, pois acreditava em você.
Enquanto estava sob efeito do tóxico tudo estava bem. Passando o efeito, procurei-o novamente, e novamente você me ofereceu a famosa ´maconha´.
Passou muito tempo e minha vida foi se resumindo em procurá-lo, ou melhor, procurar a maconha que você me oferecia. Na realidade eu já era uma morta-viva, porque a única coisa que me mantinha viva era o meu coração, que não havia parado de bater.
Resolvi então procurar alguém que pudesse me ajudar a deixar a maldita droga. Fui ao médico.
No dia seguinte, fui buscar um dos vários resultados dos exames que o médico havia pedido, justo no dia do meu aniversário, no dia em que completaria 15 anos. No resultado, constava uma doença grave em alto adiantamento, pouco tempo de vida. Morri antecipadamente, morri porque você foi um dos culpados, também responsável pela minha morte. Na realidade você foi um dos principais, pois quando lhe pedi vida você me ofereceu a morte."

Reflexão


Em Busca da Escalada

Era uma vez uma corrida... de sapinhos!

O objetivo era atingir o ponto mais alto de uma grande torre.
Havia no local uma multidão assistindo.

Muita gente para torcer e vibrar por eles.
Começou a competição.

Mas como a multidão não acreditava que os sapinhos pudessem alcançar o alto daquela torre, o que mais se ouvia era:

"Que pena!!Esses sapinhos não vão conseguir. Não vão conseguir."

E os sapinhos começaram a desistir.

Mas havia um que persistia e continuava a subida em busca do topo.

A multidão continuava gritando:

"...que pena!!! - Vocês não vão conseguir!"

E os sapinhos estavam mesmo desistindo um por um, menos aquele sapinho que ficava tranqüilo... embora cada vez mais arfante. Já ao final da competição, todos desistiram , menos ele.

E não é que ele CONSEGUIU!!!!!

A curiosidade tomou conta de todos.

Queriam saber o que tinha acontecido...

E assim, quando foram perguntar como ele havia conseguido concluir a prova, descobriram.... que ele era surdo!

Não permita que as pessoas com o péssimo hábito de serem negativas, derrubem as melhores e mais sábias esperanças de nosso coração.

Lembre-se sempre:

Dez fatos sobre o uso de drogas




Dez fatos que pais e escolas devem saber sobre o uso de drogas:


- Dependência de droga é definida como doença progressiva, incurável e fatal pela Organização Mundial da Saúde;

- no Brasil,dependência de droga já é definida por médicos e políticos como grave problema de saúde pública ; apesar de epidemia, a rede pública de hospitais ainda ignora a doença, sendo raríssimas as vagas para internar usuários de drogas, para desintoxicação;

- na primeira vez, quem oferece droga é colega ou parente, relatam em Jovem Pan Pela Vida, Contra as Drogas, dependentes químicos em recuperação;

- na maioria das histórias, a primeira droga foi bebida alcoólica na infância ou na adolescência; depois, veio a maconha;

- maconha é causa de internação em São Paulo ,ao desencadear surtos psicóticos ou esquizofrenia, alertam clínicas que participam de Jovem Pan Pela Vida, Contra as Drogas (Greenwood, Reviva, Conviver,Intervir , Caminho de Luz e o Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas);

- além da dependência, maconha pode causar câncer de cabeça, pescoço e pulmão, além de uma série de outras complicações, define o presidente da Abead-Associação Brasileira de Álcool e Outras Drogas, psiquiatra Carlos Salgado.”Maconha não é droga benigna.Não está isenta de riscos”,afirma o especialista;

- mesclado é cigarro de maconha misturado com crack, droga que vem sendo utilizada por adolescentes em São Paulo , Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Também chamada pitico, a maconha com crack é montada pelos próprios usuários, tem constatado a polícia . A mistura provoca alucinações, perda de percepção, podendo levar a quadros depressivos , neurológicos, respiratórios e cardíacos;

- para tratar, afirmam especialistas, é preciso desintoxicar, ou seja tirar toda a droga do corpo; depois, é preciso tempo e dedicação para ensinar ao usuário viver sem drogas;

- mas no Brasil, nem acorrentando os próprios filhos, mães conseguem sensibilizar políticos e autoridades de saúde pública para o sofrimento que marca suas famílias;

- prevenção continua sendo, portanto, a vacina mais eficaz contra as drogas , sendo famílias e escolas fundamentais nessa luta pela vida.