Ironicamente uma adicção é uma busca de perfeição. O adicto busca na sua adicção uma plenitude que intui de experiências e compulsivamente procura esses momentos através da ou das adicções de eleição.
Relacionamos o termo adicção com alcool e droga, mas a adicção é uma doença de vida, muito mais alargada e que se confunde muitas vezes com a vida comum.
Quando o adicto procura essa sensação de perfeição, do mundo perfeito, de se sentir perfeito, de fuga perfeita; existe uma sofreguidão, ou necessidade, seguida de uma concretização, que leva a um pico satisfatório que imediatamente começa a caír para uma insatisfação profunda normalmente caracterizada por extrema vergonha ou sentimento de culpa.
Podemos estar a descrever a forma como lidamos com as compras, com as festas, com as relações, mas também com a arrumação da casa, com a forma como trabalhamos, com a forma como nos vivemos num sentido muito lato.
A adicção distingue-se da plenitude porque em lugar de uma tranquilidade duradoura, sistematicamente vai enterrar-nos numa falta de paz ainda maior, uma intranquilidade que não nos deixa parar.
A sociedade em que vivemos convida à compulsão. Na realidade valoriza a obstinação por ser em si mesma bastante obcessiva e compulsiva, alternando os aspectos depressivos de uma sociedade de consumo, com a euforia das compensações materiais, demasiadas vezes vazias de humanidade.
Se trabalharmos demais, ou formos obstinados com a limpeza, ou andarmos sempre a tentar ter o corpo perfeito, a roupa perfeita, as notas, as avaliações, as promoções, e tudo o que nos é transmitido como indicadores de sucesso e de realização pessoal; não iremos ser considerados adictos, e no entanto esta é uma atitude perante a vida com a tal intranquilidade, a ressaca, a insatisfação que não deixa parar.
A adicção define-se por tomar conta de toda a nossa vida como um câncro na identidade, que se espalha e multiplica em consequências e complexidade. O que começa por ser um hábito inconsequente ou um aspecto relativamente harmonioso da nossa personalidade, toma conta de tudo o resto e em algum tempo a vida torna-se um enredo tipo bola de neve na qual a felicidade tem de ser artificialmente conseguida com obstinação para logo nos deixar em profundo desânimo e carência.
É por isso que recuperação não passa por deixar de beber ou de tomar drogas. Se não se alterar o buraco negro dentro de nós, outra dependência tomará o lugar da que se deixou.
Nem há adicções mais graves que outras. Nem mais erradas.
Adicção é uma doença que toma muitas formas e todas causam dor ao adicto e a quem o rodeia e todas precisam de ser resolvidas de dentro para fora, com tenacidade, respeito e amor próprio.
Ninguém disse que era fácil, mas quem disse que era impossível MENTIU.
Relacionamos o termo adicção com alcool e droga, mas a adicção é uma doença de vida, muito mais alargada e que se confunde muitas vezes com a vida comum.
Quando o adicto procura essa sensação de perfeição, do mundo perfeito, de se sentir perfeito, de fuga perfeita; existe uma sofreguidão, ou necessidade, seguida de uma concretização, que leva a um pico satisfatório que imediatamente começa a caír para uma insatisfação profunda normalmente caracterizada por extrema vergonha ou sentimento de culpa.
Podemos estar a descrever a forma como lidamos com as compras, com as festas, com as relações, mas também com a arrumação da casa, com a forma como trabalhamos, com a forma como nos vivemos num sentido muito lato.
A adicção distingue-se da plenitude porque em lugar de uma tranquilidade duradoura, sistematicamente vai enterrar-nos numa falta de paz ainda maior, uma intranquilidade que não nos deixa parar.
A sociedade em que vivemos convida à compulsão. Na realidade valoriza a obstinação por ser em si mesma bastante obcessiva e compulsiva, alternando os aspectos depressivos de uma sociedade de consumo, com a euforia das compensações materiais, demasiadas vezes vazias de humanidade.
Se trabalharmos demais, ou formos obstinados com a limpeza, ou andarmos sempre a tentar ter o corpo perfeito, a roupa perfeita, as notas, as avaliações, as promoções, e tudo o que nos é transmitido como indicadores de sucesso e de realização pessoal; não iremos ser considerados adictos, e no entanto esta é uma atitude perante a vida com a tal intranquilidade, a ressaca, a insatisfação que não deixa parar.
A adicção define-se por tomar conta de toda a nossa vida como um câncro na identidade, que se espalha e multiplica em consequências e complexidade. O que começa por ser um hábito inconsequente ou um aspecto relativamente harmonioso da nossa personalidade, toma conta de tudo o resto e em algum tempo a vida torna-se um enredo tipo bola de neve na qual a felicidade tem de ser artificialmente conseguida com obstinação para logo nos deixar em profundo desânimo e carência.
É por isso que recuperação não passa por deixar de beber ou de tomar drogas. Se não se alterar o buraco negro dentro de nós, outra dependência tomará o lugar da que se deixou.
Nem há adicções mais graves que outras. Nem mais erradas.
Adicção é uma doença que toma muitas formas e todas causam dor ao adicto e a quem o rodeia e todas precisam de ser resolvidas de dentro para fora, com tenacidade, respeito e amor próprio.
Ninguém disse que era fácil, mas quem disse que era impossível MENTIU.
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