Para entender esse problema, tão frequente em nossos dias, a Juntos conversou com o médico psiquiatra Carlos Salgado, que também é presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (ABEAD). Confira os detalhes em nossa matéria.
Todo mundo já ouviu falar do risco que as drogas oferecem à saúde das pessoas. Porém é comum, especialmente entre os jovens, achar que usar drogas uma vez ou outra não causa danos sérios nem dependência. Na verdade, não há consumo de drogas sem risco e todas as substâncias químicas podem produzir dependência, em qualquer fase da vida. Mas é na juventude que boa parte das pessoas tornar-se dependente crônico.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Estudos do Alcool e Outras Drogas (ABEAD), o médico psiquiatra Carlos Salgado, quanto mais jovem uma pessoa começa a usar a droga, maior o risco de dependência. "Do ponto de vista orgânico, as substâncias químicas atuam no cérebro propiciando uma sensação de prazer. Quanto mais se utiliza, mais registro de prazer. Desta forma, os jovens expostos à droga desde cedo têm uma tendência maior a fixar o hábito de consumo", explica.
O médico destaca os jovens, normalmente, começam a utilizar substâncias químicas como álcool, tabaco, medicamentos, colas e solventes (voláteis). "O álcool e o tabaco são drogas ilícitas para menores de 18 anos, mas há casos em que eles consomem essas substâncias em casa até com o conhecimentos dos pais", afirma. Muitos começam a consumir por insistência dos amigos ou ainda para serem aceitos por colegas de escolas ou do trabalho. "Eu não quero ser o único que nunca experimentou", alegam muito deles.
Como ainda não sentem os efeitos do uso prolongado das drogas, os jovens são mais resistentes em procurar ajuda. "De modo geral, eles chegam ao consultório obrigados pelos pais porque estão causando problemas, apresentam mudanças de comportamento, não conseguem acompanhar as atividades na escola ou no trabalho", revela o médico.
Estudos internacionais mostram que campanhas de combate às drogas para mobilizar a sociedade não são muito eficientes para o público jovem. E, embora eles tenham muito acesso a informação, o diálogo de jovens com os pais e professores ainda é a melhor alternativa.
Você sabia que esteróides anabolizantes também são drogas?
Quando alguém diz que tomou "bomba" para ganhar musculatura, está se referindo a estereóides anabolizantes, que são drogas sintéticas utilizadas para substituir ou repor eventuais déficits do hormônio masculino testoterona. Seu uso leva ao desenvolvimento de características sexuais masculinas. Há relatos de que os anabolizantes aumentam a massa muscular, porém não há estudos científicos que comprovem qualquer melhoria na capacidade cadiovascular, agilidade, destreza ou desempenho físico de pessoas.
Fique Atento
Alguns dos principais efeitos do uso dos esteróides anabolizantes são: nervosismo, irritação, agressividade, problemas hepáticos, acne grave (em geral ocorre nas costas e no peito, ocasionando um problema estético sério). problemas sexuais e cardiovasculares, aumento do HDL (forma boa do colesterol), diminuição da imunidade. Este e outros efeitos ainda mais graves podem ocorrer em caso de uso destas substâncias. Será que vale mesmo sacrificar saúde para ficar mais bonito?
Riscos
Além desses problemas, os usuários que injetam esteróides anabolizantes com técnicas inadequadas e não estéreis (livre de contaminação), ou dividem agulhas contaminadas com outros usuários, correm o risco de contrair infecções, como HIV, hepatite Be C. Há ainda o problema com preparações ilegais dessas drogas, as quais são elaboradas em condições, não estéreis colocando em risco os que as utilizam.
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