quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Ex Paquita Morre


A quem possa interessar...

Relato da EX-PAQUITA PATRÍCIA do programa da XUXA Leia, e repasse

para quantas pessoas conseguir.........


Meu nome é Patrícia, e encontro-me no momento quase sem
forças, mas pedi para a enfermeira Dane minha amiga escrever esta carta que
será endereçada aos jovens de todo o Brasil, antes que seja tarde demais:

Eu era uma jovem 'sarada', criada em uma excelente família de classe média
alta Florianópolis. Meu pai é Engenheiro Eletrônico de uma grande estatal e
procurou sempre para mim e para meus dois irmãos dar tudo de bom e o que tem
e melhor,inclusive liberdade que eu nunca soube aproveitar.

Aos 13 anos participei e ganhei um concurso para modelo e manequim para a
Agência Kasting e fui até o final do concurso que selecionou as novas
Paquitas
do programa da Xuxa. Fui também selecionada para fazer um Book na Agência
Elite em São Paulo.

Sempre me destaquei pela minha beleza física, chamava a atenção por onde
passava. Estudava no melhor colégio de 'Floripa', Coração de Jesus. Tinha
todos os garotos do colégio aos meus pés.

Nos finais de semana freqüentava shopping, praias, cinema, curtia com minhas
amigas tudo o que a vida tinha de melhor a oferecer às pessoas saradas,
física e mentalmente.

Porém, como a vida nos prega algumas peças, o meu destino começou a mudar em
outubro de 2004. Fui com uma turma de amigos para a OKTOBERFEST em Blumenau.
Os meus pais confiavam em mim e me liberaram sem mais apego. Em Blumenau,
achei tudo legal, fizemos um esquenta no 'Bude', famoso barzinho na Rua XV.

À noite fomos ao 'PROEB' e no 'Pavilhão
Galego' tinha um show maneiro da Banda Cavalinho Branco. Aquela movimentação
de gente era "trimaneira''.

Eu já tinha experimentado algumas bebidas, tomava escondido da minha mãe o
Licor Amarula, mas nunca tinha ficado bêbada. Na quinta feira, primeiro dia
e OKTOBER, tomei o meu primeiro porre de CHOPP.

Que sensação legal curti a noite inteira
'doidona', beijei uns 10 carinhas, inclusive minhas amigas colocavam o CHOPP
numa mamadeira misturado com guaraná para enganar os 'meganha', porque menor
não podia beber; mas a gente bebeu a noite inteira e os otários' não
percebiam.

Lá pelas 4h da manhã, fui levada ao Posto Médico, quase em coma alcoólico,
numa maca dos Bombeiros.. Deram-me umas injeções de glicose para melhorar.
Quando fui ao apartamento quase 'vomitei as tripas', mas o meu grito de
liberdade estava dado. No dia seguinte aquela dor de cabeça horrível, um mal
estar daqueles como tensão pré-menstrual. No sábado conhecemos uma galera de
S. Paulo, que alugaram um ap' no mesmo prédio. Nem imaginava que naquele dia
eu estava sendo apresentada ao meu futuro assassino. Bebi um pouco no
sábado, a festa não estava legal, mas lá pelas 5:30 h da manhã fomos ao 'ap'
dos garotos para curtir o restante da noite. Rolou de tudo e fui apresentada
ao famoso baseado 'Cigarro de Maconha', que me ofereceram.

No começo resisti, mas chamaram a gente de 'Catarina careta', mexeram com
nossos brios e acabamos experimentando. Fiquei com uma sensação esquisita,
de baixo astral, mas no dia seguinte antes de ir embora experimentei
novamente.
O garoto mais velho da turma o 'Marcos', fazia carreirinho e cheirava um pó
branco que descobri ser cocaína. Ofereceram-me,mas não tive coragem naquele
dia.
Retornamos a 'Floripa' mas percebi que alguma coisa tinha mudado, eu sentia
a necessidade de buscar novas experiências, e não demorou muito para eu
novamente deparar-me com meu assassino 'DRUGS'.
Aos poucos, meus melhores amigos foram se afastando quando comecei a me
envolver com uma galera da pesada, e sem perceber, eu já era uma dependente
química, a partir do momento que a droga começou a fazer parte do meu
cotidiano.

Fiz viagens alucinantes, fumei maconha misturada com esterco de cavalo,
experimentei cocaína misturada com um
monte de porcaria.

Eu e a galera descobrimos que misturando cocaína com sangue o efeito dela
ficava mais forte, e aos poucos não compartilhávamos a seringa e sim, o
sangue que cada um cedia para diluir o pó.

No início a minha mesada cobria os meus custos com as malditas, porque a
galera repartia e o preço era acessível. Comecei a comprar a 'branca' a R$
10,00 o grama, mas não demorou muito para conseguir somente a R$ 20,00 a
boa, e eu precisava no minimo 5 doses diárias.

Saía na sexta-feira e retornava aos domingos com meus 'novos amigos'. Às
vezes a gente conseguia o 'extasy', dançávamos nos 'Points' a noite inteira
e depois... farra!

O meu comportamento tinha mudado em casa, meus pais perceberam, mas no
início eu disfarçava e dizia que eles não tinham nada a ver com a minha
vida...

Comecei a roubar em casa pequenas coisas para vender ou trocar por drogas...
Aos poucos o dinheiro foi faltando e para conseguir grana fazia programas
com uns velhos que pagavam bem.
Sentia nojo de vender o meu corpo, mas era necessário para conseguir
dinheiro. Aos poucos toda a minha família foi se desestruturando. Fui
internada diversas vezes em Clínicas de Recuperação.
Meus pais, sempre com muito amor, gastavam fortunas para tentar reverter o
quadro.
Quando eu saía da Clínica agüentava alguns dias, mas logo estava me picando
novamente. Abandonei tudo: escola, bons amigos e família.

Em dezembro de 2007 a minha sentença de morte foi decretada; descobri que
havia contraído o vírus da AIDS, não sei se me picando, ou através de
relações sexuais muitas vezes sem camisinha.

Devo ter passado o vírus a um montão de gente, porque os homens pagavam mais
para transar sem camisinha.

Aos poucos os meus valores, que só agora reconheço, foram acabando, família,
amigos, pais, religião, Deus, até Deus, tudo me parecia ridículo.

Meu pai e minha mãe fizeram tudo, por isso nunca vou deixar de amá-los.

Eles me deram o bem mais precioso que é a vida e eu a joguei pelo ralo.
Estou internada, com 24 kg, horrível, não quero receber visitas porque não
podem me ver assim, não sei até quando sobrevivo, mas do fundo do coração
peço aos jovens que não entrem nessa viagem maluca...
Você com certeza vai se arrepender assim como eu, mas percebo que é tarde
demais pra mim.

OBS.: Patrícia encontrava-se internada no Hospital Universitário de
Florianópolis e a enfermeira Danelise, que cuidava de Patrícia, veio a
comunicar que Patrícia veio a falecer 14 horas mais tarde depois que
escreveram essa carta, de parada cardíaca respiratória em conseqüência da
AIDS.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013



Sobre drogas mais perigosas



Em minha pesquisa pela internet encontrei outras opiniões referente a droga mais perigosa, o artigo abaixo, colhido no site de campanha contra drogas, relaciona as 10 mais perigosas., a saber:







AS DEZ MAIS PERIGOSAS:


maio 9, 2009 por C.


1º. Heroína:


A heroína ou diacetilmorfina é uma droga opióide natural ou sintética, produzida e derivada do ópio, extraído da cápsula (fruto) de algumas espécies de papoula. Foi usada enquanto fármaco de 1898 até 1910, ironicamente (uma vez que é muito mais aditiva) como substituto não causador de dependência para a morfina e antitússico para crianças. A heroína foi proibida nos países ocidentais no início do século XX devido aos comportamentos violentos que estimulava nos seus consumidores. Em forma líquida, ela é usada com uma seringa, que injeta a droga direto nas veias, mas também pode ser inalada.





2º. Cocaína:


É classificada uma droga alcalóide, derivada do arbusto Erythroxylum coca Lamarck, estimulante com alto poder de causar dependência. Seu uso continuado, pode levar a dependência, hipertensão arterial e distúrbios psiquiátricos. Em forma de pó, a droga pode ser consumida de várias formas, mas o modo mais comum é pela aspiração. Em 1863, o químico Angelo Mariani desenvolveu o vinho Mariani, uma infusão alcoólica de folhas de coca, que chegou a ser muito apreciado pelo Papa Leão XIII, que inclusive premiou Mariani com uma medalha honorífica. A Coca-Cola seria inventada em parte como tentativa de competição dos comerciantes americanos com o vinho Mariani importado da Itália. Segundo rumores, o refrigerante continuaria desde a sua invenção até 1903 a incluír cocaína nos seus ingredientes, e os seus efeitos foram sem dúvida determinantes do poder atractivo inicial da bebida. Em 1885 a companhia americana Park Davis vendia livremente cocaína em cigarros, pó ou liquido injectável sob o lema de “substituir a comida; tornar os covardes corajosos, os silenciosos eloqüentes e os sofredores insensíveis à dor”. Apesar do entusiasmo, os efeitos negativos da cocaína acabaram por ser descobertos.





3º. Barbitúricos:


Barbitúricos são sedativos e calmantes. São usados em remédios para dor de cabeça, para hipnose, para epilepsia, controle de úlceras pépticas, pressão sanguínea alta, para dormir. Nos primeiros anos de uso dos barbitúricos não se sabia que poderia causar dependência, mas já havia inúmeras pessoas dependentes. Hoje há normas e leis que dificultam uma pessoa a obter esse composto. Os barbitúricos provocam dependência física e psicológica, diminuição em várias áreas do cérebro, depressão na respiração e no sistema nervoso central, depressão na medula, depressão do centro do hipotálamo, vertigem, redução da urina, espasmo da laringe, crise de soluço, sedação, alteração motora.





4º. Metadona (Ópio):


O ópio (do grego ópion, “suco de papoila”, pelo latim opiu) é um suco espesso que se extrai dos frutos imaturos (cápsulas) de várias espécies de papoilas soníferas (gênero Papaver), e que é utilizada como narcótico. O uso do ópio mascado ou fumado, que se espalhou no Oriente, provoca euforia, seguida de um sono onírico; o uso repetido conduz ao hábito, à dependência química, e a seguir a uma decadência física e intelectual, uma vez que é efetivamente uma droga destruidora do organismo. Para se fumar o ópio, utiliza-se um cachimbo especial, com uma haste de bambu e um fornilho de barro, e os seus adeptos seguem um verdadeiro ritual. Pode ser utilizado ainda, como comprimido, supositórios, etc.





5º. Álcool:


A bebida alcoólica pode ser considerada como a droga mais vendida no planeta, e o alcoolismo, dela decorrente, é um sério problema de saúde pública mundial. Pesquisas recentes sobre os efeitos do álcool no cérebro de adolescentes mostram que essa substância, consumida num padrão considerado nocivo, afeta as regiões responsáveis por habilidades como memória, aprendizado, autocontrole e principalmente a motivação. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estudos apontam que o “consumo baixo ou moderado de álcool” resulta em uma redução no risco de doenças coronárias. Porém, a OMS adverte que “outros riscos para a saúde e o coração associados ao álcool não favorecem uma recomendação geral de seu uso”. Foi comprovado que o consumo moderado de álcool está associado a um maior risco de doença de Alzheimer e outras doenças senis, angina no peito, fraturas e osteoporose, diabetes, úlcera duodenal, cálculo biliar, hepatite A, linfomas, pedras nos rins, síndrome metabólica, câncer no pâncreas, doença de Parkinson, artrite reumática e gastrite.





6º. Cetamina:


O cloridrato de cetamina é uma droga dissociativa usada para fins de anestesia, com efeito hipnótico e características analgésicas. Conhecido remédio para cavalo, é consumida por conter efeitos psicotrópicos, os quais vão de um estado de leve embriaguez até a sensação de desprendimento da alma em relação ao corpo. Pode ser inalada, engolida ou injetada direto nas veias sanguíneas. Essa droga aumenta a resistência vascular pulmonar que em pessoas com DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), comum em fumantes e bronquíticos, e se utilizado por essas pessoas pode precipitar uma insuficiência cardíaca direita. Também aumenta a pressão arterial e o consumo de oxigênio pelo coração, podendo levar a um infarto fulminante do miocárdio.





7º. Benzodiazepinas:


Pertencente ao grupo de fármacos ansiolíticos, esta droga é usada no tratamento sintomático da ansiedade e insônia. A benzodiazepina vem em forma de comprimido e seu uso causa dependência psicológica e física, dependente da dosagem e duração do tratamento. A dependência física estabelece-se após 6 semanas de uso, mesmo que moderado. Os problemas de dependência e abstinência são comparáveis aos de outras substâncias que causam depêndencia, tendo-se transformado, nos países aonde há um uso mais generalizado, num problema de saúde pública, que só agora começa a ser reconhecido na sua verdadeira escala.














8º. Anfetamina:


Em estado puro, as anfetaminas têm a forma de cristais amarelados, com sabor intragavelmente amargo. Geralmente ingeridas por via oral em cápsulas ou comprimidos de cinco miligramas, as anfetaminas também podem ser consumidas por via intravenosa (diluídas em água destilada) ou ainda aspiradas na forma de pó, igual a cocaína. Nas últimas décadas, a anfetamina tem sido usada em massa em tratamentos para emagrecer, já que a droga é temporariamente eficaz na supressão do apetite. No entanto, conforme o tempo passa, o organismo desenvolve tolerância à anfetamina e torna-se necessário aumentar cada vez mais as doses para se conseguir os mesmos efeitos, o que pode fazer com que o apetite desapareça e torne o usuário anoréxico. Ao contrário do que os médicos pensavam quando se começou a utilizar a anfetamina, a droga não causa dependência física, mas psicológica, podendo chegar a tal ponto em que o abandono de seu uso torna-se praticamente impossível.





9º. Tabaco:


O tabaco é nome comum dado às plantas do género Nicotiana L. (Solanaceae), em particular a N. tabacum, originárias da América do Sul da qual é extraída a substância chamada nicotina. O usuário da nicotina, presente no cigarro, charuto, cachimbo e rapé, aumenta a probabilidade de ocorrência de algumas doenças, como por exemplo infarto do miocárdio, bronquite crônica, infisema pulmonar, derrame cerebral , úlcera digestiva, etc. Após uma tragada, a nicotina é absorvida pelos pulmões chegando ao cérebro geralmente em 9 segundos. Os efeitos são uma leve estimulação do cérebro e diminuição do apetite. Não há, na realidade nenhum efeito mais intenso ou importante. No entanto, o cigarro tem um potencial muito grande de provocar câncer, já que o fumo contém cerca de 80 substâncias cancerígenas. Há também estudos mostrando que as pessoas que fumam entre um e dois maços de cigarros por dia vivem cerca de 8 anos menos do que aqueles que não fumam.





10º. Buprenorfina:


A droga é derivada da heroína e serve como substituta para os usuários de ópio e heroína que já estão viciados e completamente destruídos pela droga. Vem fazer com que o adicto não sinta a ressaca da abstinência tão violentamente e que, a médio prazo, lide de forma mais saudável com o fim do vício pelo ópio ou por heroína. Este medicamento de substituição tem revelado bons resultados e funciona da seguinte maneira: no começo usa-se uma dosagem de acordo com os consumos do viciado em heroína, que vai sendo vigiada e reduzida lentamente até 0 miligramas, conforme o paciente não sinta mais a necessidade dos opiácios (morfina e heroína)
Personalidades dos adictos as drogas!


Blog Psicologia para Todos
HELIANE R. DE FARIA


Alguns exemplos de personalidades ligadas as drogadições, mas claro isso não é uma regra para todos. trago aqui apenas alguns estudos e referencias de pesquisas que penso ajudar a esclarecer os problemas.
Os drogaditos, em regra geral, são personalidades dominadas por angustias e temores, cuja qualidade e intensidade os convertem como portadores de sentimentos insuportáveis para o seu ego, a insegurança em si mesmo, a baixa estima e a desorganização de seus valores no ser, estar e agir criam uma enorme insegurança, e o medo de ser destruído cria uma forma paranóica violenta que domina este tipo de personalidade, daí a estrutura volúvel do adicto que possui uma resistência psicológica muito fraca.
Não existe uma estrutura definida de personalidade que conduza a adicção desde que o próprio conceito de personalidade é complexo:
Existem centenas de definições. De forma geral podemos dizer que é um conjunto de padrões de comportamentos tais como pensamentos, sentimentos e crenças características de um indivíduo
De forma ilustrativa pode ser comparada como se fosse a "impressão digital da mente’ de uma pessoa, daí não encontrarmos duas pessoas com personalidades idênticas mesmo entre os irmãos gêmeos univitelinos.
A psicodinâmica só se explica tendo em conta a constelação psíquica que apresenta em cada caso, cada pessoa e cada situação particular.
Com generalizações se traça um perfil errôneo descritivo do adicto.
As teorias são como um mapa, que sem o mesmo não sabemos para onde vamos e nem onde estamos porem o mapa é um referencial genérico.
O que é importante é antes de efetuar tratamentos ou fazer uma avaliação da conduta, é necessário saber-se a estrutura da personalidade e situação geral dos pontos instáveis, mal estruturados.
Qualquer pessoa pode deteriorar-se numa tentativa mal elaborada de regulação e controle de seus conflitos interno mediante adicções.
O adicto é em suma portador de sintoma de disfunção familiar que fica mascarada em razão das conseqüências da adicção. Sob o efeito a sensação de fragilidade é disfarçada por um sentimento de poder (Sindrome de Popeye e de Asterix).
É a ilusão de haver vencido o fracasso inexistente que por suas características, constitui um "triunfo maníaco".
A angustia cede seu lugar a um "clima de paz" sentido a vezes como paradisíaco. Tudo adquire una serena relevância: sons, cores, gestos, paisagens. O tempo para no êxtase da gratificação plena e aparentemente não existe pelo pseudopoder sobrenatural que adquire não evitando nem a própria morte no horizonte excepcional destas vivências, daí o drogadicto enfrentar os mais sérios riscos (praticar arrojados assaltos, sequestros, enfrentar polícia, etc.), atitudes que em estado normal jamais seria capaz de praticar.
A droga funciona como objeto externo a serviço de um "equilíbrio" que intenta restabelecer a homeóstase para que possa lidar com a ansiedade e a angustia.
A fantasia onipotente que se busca a través da droga tende a transformar as pessoas do sexo feminino em "Mulher Maravilha", e os do sexo masculino em Super-Homem.




Adicto e manipulação
Para ler diretamente na FONTE: 12 Passos de Vida




Manipular é tentador, é um jogo que se cria entre adictos e co-dependentes ou pessoas mais próximas. Um jogo em que todos perdem. Enquanto existir manipulação.
Mentir, torcer um pouco a verdade, dizer só uma parte da verdade, inventar, omitir, vale tudo para adictos e co-adictos. Nesse baile de máscaras a mentira em si torna-se um vício, difícil de escapar, parte da bola de neve descontrolada que enrola todos.
Quem quer ajudar o adicto considera que os fins justificam os meios e não compreende que cada jogo, cada enredo, cada pequena ou grande mentira, apenas reforça o quando o adicto se sente estúpido, boicotado, enrolado, manipulado. Perde-se a confiança, perde-se o respeito, perde-se a noção da fronteira entre o certo e o errado quando adicto e co-adicto usam os mesmo métodos.
Recuperação passa por lidar com a verdade de forma amorosa. Amorosa não significa complacente. Ajudar não é tratar o adicto como se fosse uma criança se não é, nem como um retardado mental. Ajudar significa respeitar e exigir respeito com amor. O tipo de amor que não manipula, não contorna.
É importante que todos se confrontem com a necessidade de entrar em recuperaçao, não só o adicto como todos os que o rodeiam. Não há certos e errados quando um adicto está em adicção activa. Há uma doença conjunta que se manifesta nele de forma mais ostensiva mas que afecta todos.
Não serve de nada culpar, apontar o dedo, seja para os outros, seja para nós mesmos.
Adicção não pode continuar a envolver mais culpa ou vergonha do que as outras doenças. Não tem a ver com errar, com ser estúpido ou mau carácter. Tem a ver com sofrimento e necessidade de ajuda. Para adictos e familiares.


A ESSÊNCIA DA DROGADIÇÃO








Alan I. Leshner, PhD.,Diretor do NIDA






A palavra “adicção” traz em si mesma uma variedade de interpretações e fortes emoções. E como nós reagimos? É possível que focalizemos algum aspecto errado nesse prisma de visões e emoções, e então, o nosso empenho ao tratar desse complexo assunto poderá ser incorretamente orientado.
Qualquer discussão sobre drogas psicoativas, particularmente sobre drogas como a nicotina e a maconha leva à questão: “ela realmente traz dependência?”. A conversa converge então para os “tipos de dependência”, como nós nos habituamos a ouvir: se a dependência é física ou psicológica, assunto que gira em torno da síndrome de abstinência, a dramática sintomatologia que ocorre pela interrupção do uso de drogas no capítulo que denominamos de dependência física. Segue-se daí o momentoso assunto dos sintomas clínicos da abstinência, o mais sério e perigoso problema clínico que as drogas ocasionam. Realmente, em relação às drogas como tabaco e maconha, as pessoas parecem aliviadas ao ouvir que tais substâncias “só” produzem dependência psicológica ou quando muito, sintomas mínimos de dependência física, minimizando estes perigos. Elas estão erradas e a maconha é um bom exemplo, sobre o qual discutiremos adiante.


DEFININDO A ADICÇÃO

Vinte anos de pesquisa científica e uma experiência clínica até mais longa, nos ensinaram que essa discussão sobre dependência física ou psicológica em relação à determinada droga é fora de propósito, assemelhando-se a uma fuga de enfoque realmente importante. Para ambas as perspectivas, clínicas ou políticas, não importa muito a quantificação da sintomatologia da abstinência, de vez que outros aspectos da adicção são mais importantes. Vejamos:
Em primeiro lugar, até os exuberantes sintomas da abstinência por heroína ou álcool podem ser convenientemente tratados por medicamentos apropriados, portanto tais sintomas de abstinência não merecem constituir o centro das preocupações sobre a dependência dessas substâncias.
Segundo, e mais importante: muitas das mais adictivantes e mais poderosas drogas não produzem sintomas muito alarmantes de abstinência. Crack e metanfetaminas são exemplos disso. Ambas possuem elevado potencial de adicção mas a interrupção do seu uso ocasiona poucos sintomas de dependência física, certamente nada que se compare aos da heroína e do álcool.
O que importa muito mesmo saber é se a droga causa o que nós entendemos constituir a essência da drogadição, ou seja, a falta de controle, o desejo e o uso compulsivo, mesmo o adicto estando ciente das suas conseqüências negativas para a sua saúde e para a sociedade.
Esse é o ponto crucial com que muitas organizações profissionais definem a drogadependência e que deveria ser considerado por todos nós.
Essa é realmente a expressão da dependência: compulsividade (fissura), obtenção e uso da droga.É o que interessa ao adicto, aos seus familiares e o que deveria importar para a sociedade como um todo.
Esses são os elementos responsáveis pelos problemas sociais e de saúde causados pela drogadição.


ESSÊNCIA DA ADICÇÃO
A “fissura” pela droga e os outros comportamentos compulsivos constituem a essência da adicção. Esses sim, são os fatores difíceis de controlar, muito mais problemáticos do que quaisquer outros elementos da dependência física, constituindo a principal meta da maioria dos programas de tratamento.
Para o adicto a sua “fissura” detém o máximo poder de motivação para os seus atos. Como bem representada no filme “Transpotting”, toda a vida do adicto é direcionada à busca, obtenção e uso da droga. Virtualmente, nada parece superar o valor da “fissura” como motivadora de atitudes: cometem-se crimes e abandonam-se crianças, apenas para obtenção e uso de drogas.


RECONSIDERAÇÕES SOBRE ADICÇÃO
O foco na compulsibilidade e incontrolabilidade ao uso de drogas nas dependências químicas leva qualquer um a uma melhor percepção da natureza da adicção e da potencialidade das drogas adictivantes.
Tanto para o adicto quanto para o clínico esta definição mais acurada força o foco do tratamento para além dos simples procedimentos relacionados aos sintomas de abstinência física, para cuidar da conceituação mais importante e de maior peso na dependência, que é a da incontrolabilidade da obtenção e uso da droga.
A meta do tratamento será então a recuperação do controle sobre a “fissura”, busca e uso da droga.
As reconsiderações sobre dependências químicas abrangem também o discernimento das drogas que nos preocupam e a natureza das nossas preocupações.
Para processamento da ciência moderna em decidir quais as drogas adictivantes que requerem um tipo de atenção da sociedade, nós apontaríamos primeiramente aquelas que levam a uma incontrolável procura e um incontrolável uso.
Um exemplo importante é o uso de opiáceos como a morfina, para o tratamento das dores do câncer.
Em geral os opiáceos têm poderes adictivos, mas quando usados para tratar dores, muito embora a morfina cause dependência física (que atualmente pode ser controlada eficientemente após a interrupção do seu uso), ela não causa a compulsividade da busca e uso como aqui definida para a adicção. É por esse motivo que os cancerologistas julgam razoável o uso de opiáceos para minimizar as dores do câncer.
Um exemplo oposto é a maconha, se ela causa dependência ou não. Existem alguns sinais de dependência física ou de abstinência em usuários pesados, como também foram detectados sinais de abstinência em estudos com animais, mas o que importa é que todos os anos mais de cem mil pessoas, a maior parte delas formada por adolescentes, procura tratamento pela incapacidade de controle sobre o seu uso. Essas pessoas são atingidas pela compulsão incontrolável pela maconha, busca, obtenção e uso.
Para um grande número de pessoas isso certamente as caracterizará como adictas.

TRATAMENTO DA ADICÇÃO SEGUNDO A CIÊNCIA
É importante salientar aqui que, da forma como as estamos definindo, as dependências químicas podem ter tratamento comportamental e, em alguns casos, medicamentoso, mas isto não é simples.
Nós contamos com uma variedade de tratamentos efetivos para as dependências em nossa bagagem clínica, muito embora admitamos que não sejam suficientes. É por isso que continuamos investindo em pesquisas, tanto para aperfeiçoar os tratamentos já existentes quanto para desenvolver novas perspectivas de abordagem para o uso compulsivo de drogas.
Nossas posturas nacionais e as formas com que tratamos as dependências químicas e as drogas a elas relacionadas deveriam seguir a ciência e orientar-se pela nova e moderna compreensão no que se refere à drogadição.
Certamente nós realizaremos um melhor trabalho de servir a todos os afetados pela drogadição – os adictos, suas famílias e as suas comunidades – se focalizarmos o que realmente importa para eles.
Para a Sociedade, o sucesso de nossos esforços ao tratar o problema das drogas irá depender de uma acurada compreensão do problema.


Você é viciado em internet ? Ciência e Vida

SAIBA SE VOCÊ É VICIADO NA INTERNET
Cláudio Bandeira

Você é viciado em internet? Pois o Núcleo de Pesquisas em Psicologia e Informática da PUC (SP) reuniu algumas características comuns aos pacientes com mania de navegar pela web. A lista foi organizada a partir da experiência no atendimento de casos desde 1995.

Preocupação

O viciado fica constantemente preocupado com a internet quando está off-line e mal consegue pensar em outra coisa.

Necessidade

O indivíduo tem a necessidade contínua e crescente de utilizar a internet como forma de obter a excitação desejada.

Irritabilidade

Quando tentam reduzir seu tempo na internet, o adicto apresenta reação irritada e grande dificuldade de aceitação.
Fuga

Utilização da internet como forma de fugir de problemas, ou de aliviar sentimentos de impotência, culpa, ansiedade ou depressão é o modo como o viciado se relaciona com ela.
Mentira

O viciado tem o hábito de mentir para familiares e pessoas próximas com o intuito de encobrir a extensão do seu envolvimento com as atividades on-line.
Prejuízos

Com o excesso de tempo na internet, o adicto compromete sua vida social e profissional, evitando compromissos off-line.
Lesões

O uso prolongado do computador causa problemas nas articulações motoras utilizadas na digitação, o que causa lesões por esforços repetitivos (LER).
Apatia

O viciado em internet tem falta de interesse em atividades que sejam realizadas fora da rede ou longe do mundo digital.
Sonho

Sensação de estar vivendo um sonho, durante um período prolongado na internet, é comum no dia-a-dia da pessoa com compulsão ao acesso.
Tempo

Tempo exagerado de conexão, aliado à má qualidade do uso da internet, é uma constante na vida do viciado. A forma da utilização da internet é o elemento determinante para definir se o indivíduo é viciado ou não.
Temas

Os temas abordados normalmente pelo indivíduo são relacionados, de forma direta ou indireta, com a própria internet.





Recado de um drogado

Se as lágrimas escorrem apagando o brilho do seu olhar, não as deixe apagar o seu sorriso, pois existem momentos na vida que nos tornam felizes.
Sabe mãe, não pense que é fácil escrever tudo isso agora, neste momento. Está me mostrando por palavras, esse eu que tanto escondi de você e de todos...
Às vezes a vida prega peças na gente que até Deus duvida.
Eu não queria, é sério, não queria ter tido a vida que tive. Não queria ter conhecido ou me envolvido com as pessoas que me envolvi. Mas quem pede, não é verdade, quem pede? Tantos conselhos, tanto investimento da senhora em minha pessoa e eu me transformei nessa grande quantidade de lixo que sou hoje.
Sei que não é esse o momento, mas desculpa mãe. Desculpa. Peço agora porque nunca teria coragem de pedir olhando nos seus olhos. Jamais gostaria de ter a imagem de seus belos olhos lacrimejados por mim, não. Nunca faça isso, eu não mereço. Não mereço suas lágrimas...
Ninguém ao certo sabe a dor da vida de um viciado, ninguém. Falar, dar conselhos, querer imaginar, é muito fácil... O que sei é que não entrei nessa por vontade, foram as conseqüências da vida. Um amigo, se é que posso chamá-lo assim, certo dia me ofereceu um treco que fez de mim um ser diferente daquilo que eu era. Confesso que gostei e quis experimentar outras vezes e dessas outras vezes fui encontrando outras pessoas que também curtiam esses trecos e outros trecos e quando vi, nossa, já não tinha mais força para voltar... Olhava-me no espelho e o rosto que via já não era mais o meu. Meu corpo, minhas roupas... A escola, o gosto de ontem, tudo havia mudado.
Começou a falta de dinheiro, tudo despencou.
Quantas vezes tive de ir para cama com pessoas que eu nem conhecia, quantas bocas tive de beijar, quantos corpos roçaram no meu sem eu nem querer e tudo isso por causa da droga, por ela, só por ela.
Fiquei sujo, estou sujo, eu sou sujo...
Não sou mais aquele filho que tanto te deu prazer, não sou...
Minhas mãos estão sujas. Matei, roubei, agredi pessoas inocentes...
Neste momento são só alucinações. Vejo bichos e monstros me atormentando o juízo. Se fecho os olhos, eles aparecem, se abro os olhos eles estão logo ali. Se grito eles batem palmas eufóricos, se silencio eles fazem caretas, me beliscam...
E meus amigos onde estão?
Estou só. Na sarjeta e uma vontade de viajar torna amargo o doce de minha boca, agride-me o estômago. É como se para mim não houvesse outra saída.
É tarde e vejo que lá fora o céu está estrelado.
Como gostaria de gritar aqui de cima para tantos outros jovens seguirem outro caminho, outra estrada, curtir outros gostos.
Mãe, minha amada mãe, sua criança inocente foi morta por homens cruéis e impiedosos. Mesmo que agora queira sair daqui, eles me apagam...
Neste momento estou muito louco par ter coragem de fazer o que me tira os nervos. Só lamento a minha alma ficar vagando pelo tempo, a bater na porta do céu e sempre questionar: "São Pedro veio, tem lugar aí no céu pra um drogado?".
Valeu mãe, que um dia a gente possa se encontrar, na eternidade. No momento em que faço essa despedida, deixo a janela aberta, sinto o vento bater em meu rosto, às lágrimas escorrerem de meus olhos, vejo seu rosto e as cordas que pendurei para laçarem meu pescoço...













Sozinho não consigo








Eu me abraço a você 
E uno meu coração ao seu 
Para que juntos possamos fazer 
Tudo aquilo que sozinho eu não consigo 
Tudo estará bem 
Enquanto os laços que nos unem 
Forem mais fortes 
Do que aqueles que nos afastariam












quinta-feira, 24 de janeiro de 2013


Quem é um adicto?

A maioria de nós não precisa pensar duas vezes sobre esta pergunta. NÓS SABEMOS! Toda a
nossa vida e nossos pensamentos estavam centrados em drogas, de uma forma ou de outra —
obtendo, usando e encontrando maneiras e meios de conseguir mais. Vivíamos para usar e
usávamos para viver. Um adicto é simplesmente um homem ou uma mulher cuja vida é
controlada pelas drogas. Estamos nas garras de uma doença progressiva, que termina sempre da
mesma maneira: prisões, instituições e morte.

O que é o Programa de Narcóticos Anônimos?

NA é uma Irmandade ou sociedade sem fins lucrativos, de homens e mulheres para quem as
drogas se tornaram um problema maior. Somos adictos em recuperação, que nos reunimos
regularmente para ajudarmos uns aos outros a nos mantermos limpos. Este é um programa de
total abstinência de todas as drogas. Há somente um requisito para ser membro, o desejo de
parar de usar. Sugerimos que você mantenha a mente aberta e dê a si mesmo uma oportunidade.
Nosso programa é um conjunto de princípios escritos de uma maneira tão simples que podemos
segui‐los nas nossas vidas diárias. O mais importante é que eles funcionam.
NA não tem subterfúgios. Não somos filiados a nenhuma outra organização, não temos
matrícula nem taxas, não há compromissos escritos, nem promessas a fazer a ninguém. Não
estamos ligados a nenhum grupo político, religioso ou policial e, em nenhum momento, estamos
sob vigilância. Qualquer pessoa pode juntar‐se a nós, independente da idade, raça, identidade
sexual, crença, religião ou falta de religião.
Não estamos interessados no que ou quanto você usou, quais eram os seus contatos, no que
fez no passado, no quanto você tem ou deixa de ter; só nos interessa o que você quer fazer a
respeito do seu problema e como podemos ajudar. O recém‐chegado é a pessoa mais importante
em qualquer reunião, porque só dando podemos manter o que temos. Aprendemos com nossa
experiência coletiva que aqueles que continuam vindo regularmente às nossas reuniões
mantêm‐se limpos.

Por que estamos aqui?

Antes de chegarmos à Irmandade de NA, não podíamos controlar nossas próprias vidas. Não
podíamos viver e apreciar a vida como as outras pessoas. Tínhamos que ter algo diferente e
pensamos que havíamos encontrado isso nas drogas. Colocamos o uso de drogas acima do
bem‐estar de nossas famílias, esposas, maridos e filhos. Tínhamos que ter drogas a qualquer
custo. Prejudicamos muitas pessoas, mas, principalmente, prejudicamos a nós mesmos. Através
da nossa inabilidade de aceitar responsabilidades pessoais, estávamos realmente criando nossos
próprios problemas. Parecíamos incapazes de encarar a vida como ela é.A maioria de nós percebeu que, em nossa adicção, estávamos lentamente cometendo suicídio;
mas a adicção é um inimigo tão traiçoeiro da vida, que tínhamos perdido o poder de fazer
qualquer coisa. Muitos de nós acabaram na prisão, ou procuraram ajuda através da medicina,
religião ou psiquiatria. Nenhum destes métodos foi suficiente para nós. Nossa doença sempre
ressurgia ou continuava progredindo até que, em desespero, buscamos ajuda entre nós em
Narcóticos Anônimos.
Depois de chegarmos a NA, descobrimos que éramos doentes. Sofríamos de uma doença da
qual não se conhece a cura. Mas que pode ser detida em algum ponto, e a recuperação então é
possível.

Como funciona?

Se você quer o que nós temos a oferecer e está disposto a fazer um esforço para obtê‐lo, então
está preparado para dar certos passos. Estes são os princípios que possibilitaram nossa
recuperação.
1. Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se
tornado incontroláveis.
2. Viemos a acreditar que um Poder maior do que nós poderia devolver‐nos à sanidade.
3. Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira como nós
O compreendíamos.
4. Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos.
5. Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas.
6. Prontificamo‐nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.
7. Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos.
8. Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado, e dispusemo‐nos a fazer
reparações a todas elas.
9. Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê‐lo
pudesse prejudicá‐las ou a outras.
10. Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos
prontamente.
11. Procuramos, através de prece e meditação, melhorar o nosso contato consciente com Deus,
da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da Sua vontade em
relação a nós, e o poder de realizar essa vontade.
12. Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos
levar esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas as nossas
atividades.
Isto parece ser uma grande tarefa e não podemos fazer tudo de uma só vez. Não nos tornamos
adictos num dia, lembre‐se — vá com calma.
Mais do que qualquer outra coisa, uma atitude de indiferença ou intolerância com os
princípios espirituais irá derrotar nossa recuperação. Três destes princípios são indispensáveis:
honestidade, mente aberta e boa vontade. Com estes princípios estamos bem no caminho da
recuperação.
Sentimos que abordamos a doença da adicção de maneira completamente realista, já que o
valor terapêutico da ajuda de um adicto a outro não tem paralelo. Sentimos que o nosso método
é prático, porque um adicto pode melhor compreender e ajudar outro adicto. Acreditamos que,quanto mais rapidamente encaramos nossos problemas na sociedade, no dia‐a‐dia, mais
rapidamente nos tornamos membros aceitáveis, responsáveis e produtivos dessa sociedade.
A única maneira de não voltar à adicção ativa é não tomar aquela primeira droga. Se você é
como nós, então sabe que uma é demais e mil não bastam. Colocamos grande ênfase nisto, pois
sabemos que, quando usamos qualquer droga, ou substituímos uma por outra, liberamos nossa
adicção novamente.
Pensar que o álcool é diferente das outras drogas fez muitos adictos recaírem. Antes de chegar
a NA, muitos de nós encaravam o álcool separadamente. Não podemos nos enganar. O álcool é
uma droga. Sofremos de uma doença chamada adicção e temos que nos abster de todas as
drogas para podermos nos recuperar.

As Doze Tradições de Narcóticos Anônimos

Só conservamos o que temos com vigilância. Assim como a liberdade do indivíduo vem dos
Doze Passos, a liberdade coletiva tem origem nas nossas Tradições.
Tudo estará bem enquanto os laços que nos unem forem mais fortes do que aqueles que nos
afastariam.

1. O nosso bem‐estar comum deve vir em primeiro lugar; a recuperação individual depende da
unidade de NA.
2. Para o nosso propósito comum existe apenas uma única autoridade — um Deus amoroso
que pode se expressar na nossa consciência coletiva. Nossos líderes são apenas servidores de
confiança; eles não governam.
3. O único requisito para ser membro é o desejo de parar de usar.
4. Cada grupo deve ser autônomo, exceto em assuntos que afetem outros grupos ou NA como
um todo.
5. Cada grupo tem apenas um único propósito primordial — levar a mensagem ao adicto que
ainda sofre.
6. Um grupo de NA nunca deverá endossar, financiar ou emprestar o nome de NA a nenhuma
sociedade relacionada ou empreendimento alheio, para evitar que problemas de dinheiro,
propriedade ou prestígio nos desviem do nosso propósito primordial.
7. Todo grupo de NA deverá ser totalmente auto‐sustentado, recusando contribuições de fora.
8. Narcóticos Anônimos deverá manter‐se sempre não profissional, mas nossos centros de
serviço podem contratar trabalhadores especializados.
9. NA nunca deverá organizar‐se como tal; mas podemos criar quadros de serviço ou comitês
diretamente responsáveis perante aqueles a quem servem.
10. Narcóticos Anônimos não tem opinião sobre questões alheias; portanto o nome de NA
nunca deverá aparecer em controvérsias públicas.
11. Nossa política de relações públicas baseia‐se na atração, não em promoção; na imprensa,
rádio e filmes precisamos sempre manter o anonimato pessoal.
12. O anonimato é o alicerce espiritual de todas as nossas Tradições, lembrando‐nos sempre de
colocar princípios acima de personalidades.
Os Doze Passos e as Doze Tradições reimpressos e adaptados
com autorização de AA World Services, Inc.

HOJE AMANHA A DEUS PERTENCE


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Companheiro limpo é companheiro partilhando....só por hoje.

   Gabi entrevista a ex-viciada em droga e ex-menina de rua ,que agora escreveu seu livro ,Esmeralda Ortiz. tvuol
http://tvuol.tv/bgc6SN

Funciona so hoje


                              Só Por Hoje Funciona

Muitos de nós tiveram o primeiro contato com a mensagem de recuperação de Narcóticos
Anônimos enquanto estavam num hospital ou em algum tipo de instituição. A transição desses
lugares para o mundo exterior não é fácil em quaisquer circunstâncias, especialmente quando
somos desafiados pelas mudanças que a recuperação traz. O início da recuperação foi difícil para
muitos de nós. Pode ser bastante assustador encarar a perspectiva de uma vida sem drogas. Mas
aqueles de nós que superaram os primeiros dias encontraram uma vida digna de se viver. Este
folheto é oferecido como uma mensagem de esperança para quem está num hospital ou outra
instituição: você também pode se recuperar e viver livremente. Muitos de nós estiveram onde
você está hoje. Escrevemos este folheto para partilhar com você o que nós descobrimos que
funciona. Tentamos outros meios e muitos de nós recaíram, alguns para nunca mais terem outra
oportunidade de recuperação.
Se você tem a possibilidade de freqüentar reuniões, enquanto estiver numa instituição, você já
pode começar a desenvolver bons hábitos a partir de agora. Chegue cedo e fique até tarde nas
reuniões. Comece a estabelecer contato com adictos em recuperação o mais rápido possível. Se
houver membros de outros grupos de NA assistindo às suas reuniões, peça seus números de
telefone e use‐os. Usar esses números de telefone, a princípio, pode parecer estranho ou até
mesmo tolo. Mas como o isolamento é o núcleo da doença da adicção, este primeiro telefonema é
um grande passo à frente. Não é necessário esperar que se desenvolva um problema maior para
ligar para alguém de NA. A maioria dos companheiros está mais do que disposta a ajudar de
todas as maneiras possíveis. É também uma boa oportunidade para combinar um encontro com
um membro de NA, assim que você sair. Já conhecer algumas das pessoas que encontrará nas
reuniões, quando sair, ajudará você a se sentir parte da Irmandade de NA. Não podemos nos dar
ao luxo de estarmos ou de nos sentirmos alienados.
Manter‐se limpo na rua significa agir. Quando você sair, vá a uma reunião logo no primeiro
dia. É importante criar o hábito da freqüência regular. A confusão e a excitação de estar
“acabando de sair” fez com que alguns de nós pensassem em tirar umas férias de suas
responsabilidades, antes de se estabelecerem nas atividades cotidianas. Este tipo de
racionalização levou muitos de nós a voltarem a usar. A adicção é uma doença que não tira férias
em sua progressão. Se não for detida, ela só piora. O que nós fazemos por nossa recuperação hoje
não garante a nossa recuperação amanhã. É um erro presumir que só a boa intenção de se
aproximar de NA depois de um tempo será suficiente. Temos que apoiar nossas intenções na
ação, quanto mais cedo melhor.
Se você for morar em outra cidade depois que sair, peça aos membros de NA uma lista de
reuniões e o número do telefone de NA na sua nova área. Eles poderão ajudá‐lo a entrar em
contato com grupos e companheiros de NA no lugar onde você irá morar. Você também pode
obter informações sobre reuniões em outras partes do mundo, escrevendo para:World Service Office
PO Box 9999
Van Nuys, CA 91409 USA
O apadrinhamento é uma parte vital do Programa de recuperação de NA. É um dos principais
canais para os recém‐chegados aproveitarem a experiência de membros de NA que estão
vivendo o programa. Padrinhos e madrinhas podem combinar um interesse verdadeiro pelo
nosso bem‐estar e a experiência compartilhada da adicção, com sólido conhecimento da
recuperação em NA. Descobrimos que funciona melhor se você escolher um padrinho/madrinha
do mesmo sexo que o seu. Escolha um padrinho ou madrinha, mesmo que temporário, o mais
rápido possível. O padrinho ou madrinha ajudam você a trabalhar os Doze Passos e Doze
Tradições de Narcóticos Anônimos. O padrinho/madrinha também pode apresentá‐lo a outros
membros de NA, levá‐lo a reuniões e ajudá‐lo a se sentir mais à vontade em recuperação. O
nosso folheto Apadrinhamento contém mais informações sobre o assunto.
Para receber os benefícios do Programa de NA, temos que trabalhar os Doze Passos. Junto
com a freqüência regular de reuniões, os passos são a base do nosso programa de recuperação da
adicção. Descobrimos que, trabalhando os passos na sua ordem, e retrabalhando‐os
continuamente, nós evitamos recair na adicção ativa e na miséria que ela traz.
Existe uma variedade de literatura de recuperação de NA disponível. O Livreto Branco e o
nosso Texto Básico, Narcóticos Anônimos, contêm princípios de recuperação na nossa Irmandade.
Familiarize‐se com o programa através da nossa literatura. A leitura sobre recuperação é uma
parte importante do nosso programa, especialmente quando não houver uma reunião ou outro
membro de NA disponível. Muitos de nós descobriram que a leitura diária da literatura de NA
ajuda a manter uma atitude positiva e o foco na recuperação.
Quando você começar a ir às reuniões, envolva‐se com os grupos que você freqüentar.
Esvaziar cinzeiros, ajudar na arrumação, fazer café, limpar a sala após a reunião — todas estas
tarefas precisam ser feitas para que o grupo funcione. Mostre que você está disposto a ajudar e
torne‐se parte do seu grupo. Assumir tais responsabilidades é uma parte necessária da
recuperação e ajuda a neutralizar os sentimentos de alienação que podem nos assaltar. Esses
compromissos, por menores que possam parecer, podem ajudar a manter a freqüência às
reuniões quando o desejo de assistir a uma reunião for menor do que a necessidade.
Nunca é cedo demais para determinar seu próprio programa diário de ação. Agir diariamente
é a nossa maneira de assumir a responsabilidade pela nossa recuperação. Ao invés de pegar
aquela primeira droga, nós fazemos o seguinte:
+ Não use, haja o que houver
+ Vá a uma reunião de NA
+ Peça ao seu Poder Superior para mantê‐lo limpo hoje
+ Ligue para seu padrinho/madrinha
+ Leia a literatura de NA
+ Fale com outros adictos em recuperação
+ Trabalhe os Doze Passos de Narcóticos Anônimos
Já falamos sobre algumas coisas que devemos fazer para nos mantermos limpos. Deveríamos
também falar sobre algumas coisas que devemos evitar. Nas reuniões de NA, freqüentemente
ouvimos que temos que mudar a nossa antiga maneira de viver. Isto significa que não usamos
drogas, haja o que houver! Descobrimos também que não temos condições de freqüentar baresou casas noturnas, ou de nos relacionar com pessoas que usam drogas. Quando nos permitimos
aproximar de velhos conhecidos e lugares, estamos nos preparando para recair. Em relação à
doença da adicção, somos impotentes. Estas pessoas e lugares nunca nos ajudaram a nos
mantermos limpos. Seria tolice pensar que as coisas pudessem ser diferentes agora.
Para um adicto, nada substitui o companheirismo de pessoas ativamente engajadas na
recuperação. É importante dar um tempo a nós mesmos e uma chance à nossa recuperação.
Temos muitos novos amigos nos esperando em Narcóticos Anônimos e um mundo de novas
experiências diante de nós.
Alguns de nós tiveram que ajustar suas expectativas de encontrar um mundo completamente
diferente ao sair. Narcóticos Anônimos não pode miraculosamente mudar o mundo à nossa
volta. Mas nos oferece esperança, liberdade e uma maneira diferente de viver no mundo,
modificando a nós mesmos. Podemos nos deparar com situações que não estejam diferentes do
que eram antes, mas, através do Programa de Narcóticos Anônimos, podemos modificar a
maneira como reagimos a elas. Modificando‐nos, modificamos nossas vidas.
Queremos que você saiba que é bem‐vindo a Narcóticos Anônimos. NA tem ajudado centenas
de milhares de adictos a viverem limpos, a aceitarem a vida como ela é, e a desenvolverem uma
vida que realmente vale a pena viver.